Labyrinth Legend

Pela mão da conhecida NIS America e do estúdio Shinobi Games chega-nos Labyrinth Legend, um roguelike com uma vertente de fast pacing que o torna engraçado de se jogar.

Em termos de introdução, podemos dizer que todo este título apela ao nível do visual no seu âmbito, ataques rápidos que o protagonista realiza e efeitos visuais cativantes ao olhar. Como jogador somos abraçados por uma ideia que há muito parecia ser procurada num jogo deste género, como por exemplo uma variedade de ambientes e inimigos, algumas batalhas épicas com bosses e inclusive equipamento poderoso para obter e equipar. O que numa primeira visão poderia ser uma excelente combinação para um belo título, mas acabou por não ir muito bem. Mas vamos avançar com a análise do jogo.


Logo após iniciarmos o jogo, somos presenteados com um breve e simples tutorial que nos ensina a como usar todas as nossas habilidades e como equipar os diferentes equipamentos, assim como funcionam algumas das mecânicas de combate.

Depois deste somos apresentados à aldeia ,que funciona como o HUB principal do jogo, onde poderemos adquirir equipamento, quer seja comprando-o ou recebendo-o como recompensa, melhorar esses mesmos equipamentos, aprimorar o nosso personagem num nível geral e iniciar uma nova aventura. Existe também uma componente de mudança nos NPC, mais concretamente nos habitantes desta aldeia, sendo que a cada nível de dungeon que for concluído estes irão ter algo novo a dizer, ou até algum equipamento novo ou até algum ouro.

Para além desta dungeon existe também uma ilha onde poderemos convocar os monstros mais fracos como ajudantes em lutas.


Falando mais concretamente sobre esta dungeon (ou labirinto, como é chamado neste título), todos os níveis apresentados aos jogadores são gerados aleatoriamente como tem sido habitual neste estilo de jogos. Em cada um destes níveis irá sempre existir um portal que permite ao jogador avançar para o seguinte nível, sendo que a única forma de como jogador termos acesso a este portal é encontrar e matar o inimigo que tenha a chave de acesso.

Neste caso o jogador não pode simplesmente avançar ou saltar partes do nível para chegar à saída, sendo necessário explorar e combater os vários inimigo que forem aparecendo ao longo deste caminho, para além de inimigos vão existir vários baús espalhados pelo nível que podem conter equipamento melhor que o nosso personagem tem ou outro tipo de recompensas.

Na dungeon, existe um fator que acaba por ser importante sendo que neste caso falamos da arma que o nosso personagem utiliza, para a qual existem várias possíveis combinações. Entre armas primárias e secundárias, cada uma delas poderá depender do tipo de combate que o jogador em si preferir, mas será necessário experimentar um pouco de todas elas até conseguirmos entender qual a melhor combinação que se encaixa melhor com o nosso estilo de jogo.


Fugindo um pouco da parte de gameplay, mas não muito, podemos falar de comandos e neste caso Labyrinth Legend não foge muito da esquemática do estilo em que se encontra, sendo que neste temos comandos simples e de certa forma fáceis de aprender, que tornam este jogo numa espécie de fast pacer no que toca a movimentação e esquemática de comandos. 

Neste caso é disponibilizada uma configuração standard e bastante funcional, apesar de que no desenrolar de um combate com um ou vários inimigos, pode por vezes tornar-se um pouco desajeitado. Um exemplo desta questão é o facto de ao mantermos um botão premido causaremos maior dano a um inimigo, mas teremos de o libertar suficientemente cedo para se preparar para o contra-ataque deste.

Uma vez que este título não é apenas feito de dungeons e comandos vamos falar um pouco de todo o enredo sobre o qual este jogo está construído. Neste caso somos apresentados ao reino de Katana, o qual alberga um estranho labirinto que ao invés de afugentar os habitantes, atrai aventureiros desconhecidos com promessas de fortuna e glória, tal e como somos presenteados com um protagonista mudo sobre o qual não temos contexto, razão ou motivo para estar naquele lugar.


O local mencionado é nada mais nada menos do que a aldeia mencionada anteriormente que é o HUB principal deste jogo, mas o qual esconde um segredo de uma maldição antiga lançada pela rainha, que impede todo e qualquer aventureiro que entre na aldeia de sair da mesma, o que torna a única possível escapatória aventurarmo-nos neste labirinto de modo a desvendarmos os mistérios do mesmo.

Para além disso, é necessário falarmos também a nível de gráficos e banda sonora, o que neste caso temos a dizer que não existe nada muito exuberante. Todo o joga é feito num entorno de 16-bits, aparte disso não existe muito a dizer pois em termos gráficos todo este título é simples, com desenhos dos monstros reconhecíveis, os ambientes têm bastante cor mas não apresentam muito detalhe ou variedade e alguns itens parecem planos ou sem brilho.


Um bom exemplo desta situação são os itens quando apresentados no inventário, mas em contrapartida existem alguns elementos como certos ataques são bastante visuais e chamativos mas nada de muito espantoso.

Por outro lado em termos de áudio, podemos contar com algo que apresenta ter sido feito com alguma audácia pois todo este aspeto apresenta uma qualidade de som clara e nítida e incorpora uma boa mistura de instrumentos para facilitar a apreciação das músicas. Apesar de por vezes podemos achar que são um pouco curtas, o que pode causar ao jogador por vezes uma sensação de repetição. Existe ainda a impressão de que alguns dos efeitos sonoros parecem um pouco planos, mas no geral toda a banda sonora é satisfatória.


Num plano geral, este jogo pode despertar um maior interesse a qualquer jogador que não tenha jogado muitos jogos roguelike, mas não oferece muito a alguém que tenha alguma experiência neste estilo. Em geral é um título bastante simples, com uma construção algo básica que pode por vezes tornar-se muito sistemática e repetitiva.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Nintendo Switch, gentilmente cedido pela NIS America, Inc.

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