The Company Man
Quantos de nós não desejam um lugar no topo da carreira? De júnior para sénior, de sénior para Team Leader e por aí adiante, este é igualmente o sonho do protagonista deste divertido “The Company Man”. Chegar a CEO da empresa e ser claro, bem sucedido na vida, não é nada fácil na vida real, mas como será neste jogo?
Jogamos com uma personagem humilde mas ambiciosa, que se quer tornar no CEO da empresa onde trabalha. The Company Man tem uma jogabilidade que não é de todo original ou revolucionária, nem mesmo os inimigos nem tão pouco o design dos níveis, nada disso é fascinante, diria que é algo básico até. O maravilhoso deste jogo é o conceito em si, o facto de percorrermos os departamentos de uma empresa, e aí assim dar de caras com a realidade transmitida neste jogo daquilo que se passa nas empresas de todo o mundo.Já sabemos que o objetivo é simples, tornarem-se CEO da empresa, no entanto até lá, o nosso protagonista terá de conquistar todos os pisos nos quais se encontram os respetivos departamentos. A começar com o departamento no qual ninguém quer trabalhar, o apoio ao cliente, que conta com os inimigos sentados em secretárias ao telefone aos gritos e a cuspir fogo para os lados que causam, claro, dano ao nosso personagem. Quem trabalha nesta área sabe o quão horrível é e que realmente ficamos a arder por todos os lados.
Se começamos por baixo com o departamento de Apoio ao Cliente, seguem-se os departamentos de Marketing, Recursos Humanos e Contabilidade entre outros, cada qual com a sua originalidade no que diz respeito aos inimigos e cenários, que representam na perfeição os departamentos nos quais trabalham. Nesse aspeto, o jogo é incrível e surpreendente, está aqui um trabalho de excelência e quem trabalha em empresas vai certamente identificar-se com The Company Man.
Falando na jogabilidade, o jogador terá na sua posse um teclado que será usado como uma espada, os botões básicos de atacar, realizar um dash, saltar e disparar mails (através do teclado) são os únicos botões, é extremamente simples e qualquer pessoa não terá dificuldade em se adaptar, enquanto que a dificuldade é um pouco abaixo do normal, sendo fácil ao ponto de apenas ter algumas dificuldades nos dois últimos níveis e o próprio boss final não mete “respeito”.
Para além da originalidade na representação daquilo que é uma empresa nos dias de hoje, há também dois factores bastante positivos, são esses a banda sonora e o grafismo animado. As animações dos níveis são muito boas, não me refiro ao design dos níveis mas o ambiente em si, o pano de fundo para ser mais preciso, incluindo também as secções em que o jogador tem de se enfiar num elevador cheio de gente onde se encontra apertadíssimo, uma realidade dura da nossa vida. Já o pormenor de ter de beber café que servem para restaurar a saúde e de serem os locais dos checkpoints estão incríveis, como os monólogos que o nosso protagonista vai tendo ao longo da sua jornada até chegar ao topo do prédio.
É possível fazer pequenos upgrades já que o jogo é tão curto e apenas pequenos detalhes como a saúde e o restauro dos poderes e pouco mais se pode realizar esse upgrade, no entanto não é assim tão fácil pois é necessário derrotar inimigos e bosses para obter créditos e realizar esses upgrades. Os bosses são os que dão a maior fatia do salário, no entanto não são assim tão difíceis quanto isso, excepto um dos bosses que pode dar mais dores de cabeça.
Para resumir, é um pouco complicado recomendar um jogo tão curto e simples, mas ao mesmo tempo é uma boa experiência por aquilo que representa. A verdade é que é possível experienciar o poder das empresas neste jogo a olho nu, isso foi de longe o aspeto mais interessante e aquilo que fez terminar o jogo com mais prazer do que aquilo que esperava. The Company Man é um jogo pequeno, mas bom e divertido. Além disso, após terminar, pode ser jogado no modo impossível.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Leoful.