Away: The Survival Series
Away: The Survival Series, desenvolvido pelo estúdio Breaking Walls que conta com veteranos da indústria de videojogos, é um titulo que à primeira vista parece bastante promissor. A ideia de explorar uma ilha lindíssima enquanto se paira no ar, personificando um Petauro-do-açúcar (Sugar glider), uma espécie que se encontra em certas partes da Austrália, aguça os sentidos dos mais aventureiros. No entanto, e como o próprio nome indica "Away", é o mote mais sentido no decorrer desta experiência.
A história passa-se num ambiente pós apocalíptico, onde todos os humanos estão extintos, e começa bastante promissora com a introdução do nosso peculiar personagem chamado Joey, e a sua família, que conta com a sua mãe e a sua irmã que ainda se encontra bastante conectada com a mãe. Para os mais desatentos, quando as crias ainda são bastante pequenas costumam permanecer agarradas às progenitoras, por se deslocarem mais rapidamente, evitando assim ataques de outros animais.
A família encontra-se em deslocação para uma nova área da floresta. Pelo meio encontram alguns desafios e mesmo com todos os cuidados o inesperado acontece e um abutre captura a sua família. Cabe assim ao jogador salvar a sua mãe e irmã das garras do inimigo.
Este título está dividido entre o modo história e o modo exploração. O modo história conta a história anteriormente apresentada com a duração de cerca de quatro horas no seu total. Podia ter sido uma experiência bastante gratificante, quer dizer, quem é que não quer salvar a sua família controlando um ser bastante fofo e com mecânicas de vôo planado? Mas... os controlos são terríveis. O controlo da câmara deixa muitas das vezes o jogador completamente desnorteado, a mecânica de salto "livre" é bastante estranha e o modo como o personagem se mexe enquanto plana é extremamente imprecisa. Existe uma pequena ajuda no que toca ao salto, já que o jogo permite fazer "lock" nas plataformas onde é suposto saltar.
Durante as quatro horas de jogo deparei-me com bastantes problemas tanto nível gráfico como mecânico. O foco da câmara está sempre a focar e a desfocar o personagem, podendo provocar uma sensação de enjoo, glitches onde o personagem cai para o infinito enquanto salta para novas plataformas. O mapa pode por vezes ser confuso, ainda que não sendo muito grande por vezes é difícil vislumbrar que caminho seguir. Neste sentido existe a opção de foco, que permite ao jogador entrar neste modo de quase reflexão, aguçando todos os seus sentidos e assim conseguir descobrir a linha que indica a localização de caminho a seguir, animais e/ou plantas que pode capturar para recuperar vida e inimigos. Todos estes são apresentados por cores diferentes para se distinguir mais facilmente.
Alguém falou em combate num jogo deste estilo? É verdade, existe confrontos contra outros animais. E é novamente um festival de mecânicas mal otimizadas. Neste sentido o pequeno Sugar Glider pode esquivar-se pressionando o botão R1 e L1 e um botão de ataque. A comida serve apenas para o propósito de recuperar vida e consequentemente a barra de fome. Se não existir barra de comida a barra de vida começa a descer.
Relativamente ao modo de exploração, permite ao jogador possuir diferentes animais por meio de um pequeno esporo cintilante libertado por uma árvore. Este modo é quase que uma espécie de "pokémon" onde o objectivo é o de colecionar todos os animais presentes no glossário.
.png)
