Azure Striker Gunvolt 3


Da criação da mente brilhante que nos trouxe Mega Man, Keiji Inafune traz-nos agora o terceiro capítulo de Azure Striker Gunvolt, uma série de jogos em 2D com muita ação e que requer muita reação, pode-se dizer que este jogo é direcionado para os veteranos que gostam de desafios.

Neste novo capítulo os jogadores vão ter uma nova personagem sob controlo, Kirin, que é a personagem principal substituindo desta vez Gunvolt. Assim sendo, a jogabilidade de ambos muda imenso, as habilidades e o controlo da personagem em si acaba por ser uma diferença notável e isso vai provavelmente deixar os jogadores confusos, especialmente adaptarem-se a Kirin, existem muitos botões de ação e os primeiros níveis vão ser complicados devido á quantidade de movimentos para efetuar, desde saltar em velocidade, fazer parkour, disparar e atacar com a espada até ao botão para executar o ataque especial ou mesmo substituir de personagem para jogar com Gunvolt, tudo parece estar a acontecer ao mesmo tempo e a ação não tem qualquer paragem.


A Kirin tem na sua posse talismãs que servem para atirar aos inimigos e enfraquece-los para depois atacar com a sua espada com apenas um movimento, mas estes talismãs também vão servir para serem disparados contra candeeiros ou inimigos que estejam espalhados em pleno ar onde o jogador não tem como fazer parkour, assim sendo, terá de atingir estes inimigos com o talismã e então pressionar um botão em específico para não só atingir este inimigo suspenso como também atravessar para uma outra plataforma para avançar no jogo. O botão para a execução do ataque especial irá chamar Gunvolt para uma destruição no que é apresentado no ecrã, no entanto este ataque contra os bosses deve ser usado num frente a frente.
 
Com Gunvolt tudo é mais fácil e simples mas não sendo o protagonista principal deste terceiro jogo, existem várias limitações e que devem contar com elas. Gunvolt utiliza a sua pistola e os raios como acontecia antes, no entanto a substituição/troca de personagem depende de uma barra que deverá de estar preenchida até 100 por cento, assim que esta barra esteja preenchida, o jogador poderá trocar para o Gunvolt e usar a personagem até que a barra termine e volta à estaca 0, o que vale é a barra não ser propriamente lenta a aumentar e não necessita de qualquer item para que isso aconteça. Se jogarem com Gunvolt, não precisam de se preocupar com rigorosamente nada visto que ele é praticamente imbatível.


O jogo é viciante e desafia os veteranos, o que seria de se esperar para um jogo em 2D vindo do lendário Keiji Inafune, pode-se dizer que é novamente perceptível pelo design dos níveis e inimigos que é um jogo da sua autoria. Graficamente bonito e com sprites únicos, o jogo inclui imagens fixas em anime das personagens para certas cutscenes, fora isso sucedem-se diálogos apenas com as caras das personagens, no entanto e tocando neste assunto, há algo que está extremamente desagradável e que é obrigatório apontar o dedo, o facto de estarmos num boss a combater e as personagens terem um diálogo enquanto lutam, o problema aqui é que as legendas usam os rostos das personagens e tapam um quarto do ecrã, por vezes é literalmente impossível de ver onde está o boss e isso, é um erro imperdoável.

Embora tenha a sua dificuldade, o jogo conta com vários checkpoints e isso torna o jogo ligeiramente mais fácil, além de que não estamos perante nenhum Mega Man e isso é um facto. Existem vários bosses que tornam-se aliados e até serão úteis para auxiliar Kirin, isto porque cada um destes bosses terá algo para oferecer, uns atacam inimigos outros servem para atirar objetos como saúde e afins, podem usar até quatro personagens para vos acompanhar, são basicamente personagens suporte. E podem também fazer upgrade às vossas habilidades num sistema simples e básico como em qualquer outro jogo.


Azure Striker Gunvolt é um jogo que tem uma narrativa como pretexto para toda a ação, embora esteja interligada com os títulos anteriores, no entanto, pode-se dizer que é um jogo para um certo nicho de jogadores, aqueles que já jogaram os primeiros dois jogos e aqueles que realmente gostam deste género de jogo, neste caso, é um jogo até para quem gosta de realizar speed runs, mas não é um jogo para todos especialmente com a curva de aprendizagem que este exige inicialmente.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Inti Creates

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