FOBIA: St. Dinfna Hotel


Vindo diretamente dos nossos irmãos do outro lado do Oceano em bom português, chega-nos Fobia: St. Dinfna Hotel. Claramente baseado no clássico Resident Evil mas com a jogabilidade de sétimo jogo da famosa série de terror, este é uma verdadeira surpresa que vai deixar os fãs de jogos deste género bastante interessados.

Este é um survival horror na primeira pessoa e jogamos com o protagonista Roberto, um jornalista que foi convidado a realizar um documentário acerca deste misterioso hotel e que acaba, como seria de esperar, num inferno autêntico.

Pouco a pouco, Roberto irá descobrir o que se passa e enfrentará monstros e um hotel totalmente destruído, tentando assim, arranjar uma escapatória deste inferno. No entanto é preciso referir que a ação não é muita, os sustos são vários, mas o jogo é sem dúvida algo com um ritmo mais lento, carregado de puzzles para poder então progredir até ao objetivo que é, nada mais nada menos que escapar. A performance do jogo é boa, a jogabilidade lenta propositadamente porque foca-se na exploração, e isso é algo que o jogador terá de ter em conta pois é RE à moda antiga, é necessário vasculhar bem os cantos da mansão, procurando notas, abrindo cofres e usando, o objeto que faz toda a diferença, a câmara fotográfica, esta irá no fundo, abrir “portas” para progredir, isto porque esta camara serve precisamente para entrar noutra dimensão, então isto significa que o jogador terá de alternar entre o uso da câmara e os seus olhos, pois qualquer parede ou quadro, poderá ser uma saída ou mesmo ser uma resposta para o jogador avançar no jogo.



Aqui não haverá facilitismo, será necessário atenção redobrada, o jogador não tem mapa à mão, terá de verificar o mesmo a cada momento a beira dos elevadores de cada piso, aqui há algo que está a nosso favor, é precisamente a língua, isto porque o jogo tem todos os detalhes na nossa língua, claro que ao premir o botão para ler, se estiverem com o jogo em inglês, as notas estarão na língua inglesa, mas detalhes que se encontram na parede, no chão etc, estão em português e não é todos os dias que se joga algo em que se encontra tudo na nossa língua.

Tudo se passa no Hotel, então quanto aos cenários, sem querer revelar muito, embora sendo um hotel, os quartos estão detalhados para um indie deste género e não há realmente nada de negativo a apontar. Aqui, tudo teve de ser duplicado, por exemplo, cada quarto tem duas versões, a do tempo real e da outra dimensão no passado, e por isso mesmo houve bastante trabalho e esforço em alterar devidamente cada local que explorarem.



 
Os inimigos podiam criar mais tensão, não se pode dizer que existem muitos e muito menos eles apareçam assim que começarem a jogar, como dito anteriormente, é um jogo que tem um ritmo bastante lento e exige ao jogador exploração para progredir, irá levar tempo até obter uma arma e combater monstros a sério, por isso este é um dos pontos mais importantes para quem tiver realmente interesse em jogar. Pequenos detalhes que podem chatear o jogador é quem estiver a jogar num comando, onde por vezes queremos abri uma gaveta e Roberto mexe-se fora dos sítio por apenas se estar a posicionar, fazendo com que a mira que é usada para interagir, se mexa para o lugar errado, pode ser um pouco frustrante.


Fobia: St. Dinfna Hotel não é um jogo para toda a gente, pode-se dizer que a experiência é mesmo direcionada para fãs da série RE à moda antiga. Focando mais exploração e menos na ação, a narrativa no final, fará sentido mesmo sem ser muito surpreendente, por isso é um jogo fácil de recomendar aos apreciadores do género.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Xbox Series X, gentilmente cedido pela Dead Good Media.

Latest in Sports