The Tale of Bistun
The Tale of Bistun deixou-me intrigado pela sua aparência bastante chamativa e pelo facto de no trailer, ser possível ouvir-se a voz da atriz Shohreh Aghdashloo, Chrisjen Avasarala na série The Expanse, a narrar os acontecimentos pintados no ecrã.
Sim, as primeiras aparências podem ter algum peso na decisão final de jogar um título. Este, para mim, foi sem dúvida um desses casos.
Existem diversos casos de títulos que abordam acontecimentos históricos ou estórias mitológicas, mas poucos abordaram algo relativo às terras da Pérsia. The Tale of Bistun é baseado no romance/poema trágico Persa “Khosrow e Shirin”, uma estória fictícia sobre um rei chamado Khosrow que se apaixonou por uma princesa armêna, conhecida por Shirin. Não tendo qualquer tipo de conhecimento pela obra em questão, não me é possível fazer qualquer tipo de comparação entre a obra literária e este título em questão.
O jogador entra na pele de um escultor de pedra que se encontra sem qualquer tipo de memória. A sua missão passa por descobrir a sua identidade e a origem de um sussurro que lhe é estranhamente familiar e que lhe faz companhia durante a sua aventura por terras devastadas e corrompidas. A única fonte de orientação é um pássaro misterioso que lhe vai indicando o caminho a seguir. Este pássaro é da raça "Hoopoe", ou por outras palavras Poupas, que após um pouco de pesquisa, é o símbolo de um guia sábio na literatura iraniana. Desta maneira o jogador nunca se sentirá perdido no mundo um tanto ou quanto pequeno.
Ao longo das 2/3 horas de jogo a revelação da identidade do homem misterioso é revelada, entre duas realidades diferentes. Uma dessas realidades é o mundo real, que está a ser corrompido pela escuridão. Ao ajudar a libertar as árvores afetadas pelas forças do mal, é-lhe oferecido em retorno, romãs que o ajudam com o seu problema de amnésia. No outro espetro encontra-se o "Revelations World" que ainda que seja um local super interessante a nível visual, com um aspeto de multiverso bem ao estilo da Marvel, esta incursão acaba por saber a pouco. Existe de facto muito pouco para explorar, dando até a ideia que este é um walking simulator com uma pitada de ação e combate. O que de facto me manteu agarrado foi a história interessante com alguns twists.
A ação desenrola-se com um ângulo semi isométrico onde a câmera se encontra fixa, ou seja, não é possível de maneira nenhuma mexer este ângulo. O combate deixa um pouco a desejar. Farhad encontrará 3 armas corpo a corpo diferentes, com aos suas próprios tipos de ataque e ataques especiais com um tempo de cooldown. No entanto, não existe nenhum sistema de combos, apenas o pressionar do botão para a personagem disferir o combo completo. É simples, sem grande profundidade e os ataques especiais são de tal maneira "overpowered" que o mais indicado será juntar todos inimigos e pressionar no gatilho para disferir este ataque. Aliás, todas as diferentes fases de combate são manifestamente simples de se ultrapassarem. Apenas tive um percalço contra o boss final, porque o jogador é obrigado a usar o martelo gigante que apesar de infligir bastante dano, é lento e imprevisível na sua distância de ataque. Uns momentos frustrantes que não me afastaram da conclusão desta aventura.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC via Steam, gentilmente cedido pela IMGN.PRO