Outbreak: Endless Nightmares


Outbreak: Endless Nightmares apresenta-se como um novo ponto de partida para uma série de terror que, após seis títulos no catálogo, agora introduz uma mistura do género roguelike com o objetivo de o tornar mais intenso a cada nova jornada. Mas será este um conjunto de pesadelos irresistível?

Infelizmente não.

Podemos começar com os poucos pontos positivos que este jogo tem para oferecer e um deles é o grafismo polido, a apresentação não está má, mas também nada de especial, os próprios zombies estão razoáveis. O que até pode entreter os jogadores é a opção de jogar em co-op em ecrã dividido, fora estes dois aspetos, é realmente algo que irá frustrar qualquer jogador nos primeiros minutos de jogo.

Do momento em que iniciamos o jogo até o jogador decidir (provavelmente após uma hora), o jogo irá deixar um sabor extremamente amargo. Assim que se começa, os menus são horríveis, posso afirmar que são dos piores que vi num jogo, estando em 2021 exigia-se um pequeno esforço na sua apresentação, nenhum dos menus consegue ser intuitivo e só aí, já irá deixar uma má impressão.

Existem 6 personagens à escolha, cada uma delas com uma história por detrás, estatísticas e habilidades. Apesar dessas opções, não há nada que possa salvar daquilo que o jogador irá enfrentar assim que pegar no jogo e a ação comece, no entanto, antes disso, o jogador encontra-se no que resta dum Hospital de nome Artz Memorial, é aqui que tudo se passa e nesta primeira seção é aquilo que se pode chamar de base, onde se encontram armas, munições, se realizam os upgrades da personagem etc…



Sem grande explicação, nesta secção vão encontrar fantasmas que pouco ou nada nos informam e são realmente inúteis para auxiliar o jogador sendo facilmente ignorado sem perder tempo em interagir sequer. O jogador deve explorar os cantos dos corredores para obter mais munições e as famosas ervas para restaurar a saúde tal como acontece em Resident Evil.

A jogabilidade é horrorosa, tal como em Dawn of Fear, os controlos tanque estão de volta e piores que nunca, sempre que a câmara muda de perspetiva, acabamos por caminhar para o lado oposto mas felizmente podem mudar para a primeira pessoa ou até na terceira pessoa e isso pode facilitar a jogabilidade pois com o estilo clássico, vão apenas atravessar zonas em que a câmara estando fixa, não vai apanhar metade do corpo do vosso personagem e não vão sequer saber onde estão, com sorte, podem caminhar seguindo a sombra, se conseguirem.

O objetivo deste jogo é colecionar moedas para desbloquear zonas do Hospital, mais ou menos como sucede no modo Zombies de Call of Duty em que temos de eliminar zombies para depois ou comprar armas ou desbloquear passagens, neste caso é colecionar moedas para realizar as aberturas das portas.

Falando nos níveis, estes até estão preenchidos de armadilhas e zombies, no entanto estas armadilhas são do mais básico que assistir num videojogo, desde espetos no chão, gás a sair do chão e claro, zombies espalhados pelas salas. Como a jogabilidade apenas prejudica, vão morrer várias vezes e algo de muito negativo são os pontos de respawn, que acontecem mesmo no meio de salas repletas de zombies, como é possível? Compreendo que seja um rogue like mas há situações imperdoáveis e a localização dos respawns é uma de muitas.


Na nossa opinião, se este já é o sexto título e contém tantos aspetos negativos, não queremos mesmo sequer olhar para os títulos anteriores, este é de longe um dos piores jogos do ano e com tanto jogo bom do género, seja ele indie ou não, há jogos que devem ser evitados a todo o custo por serem uma perda de tempo e dinheiro.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox, gentilmente cedido pela Novy Unlimited.

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