Oddworld: Munch's Oddysee


A estreia de Abe foi há mais de 20 anos, que na altura contou com uma sequela. Mais tarde, já em 2001, Oddworld: Munch’s Oddysee chegou em exclusivo para a Xbox, mas pelo facto de se encontrar em 3D, não foi muito recebido pelos jogadores. Agora, remasterizado, este último chegou à Nintendo Switch. Mas será que após 19 anos ainda vale a pena jogar?

Para quem nunca jogou, existe um resumo dos dois primeiros jogos antes de começar Munch’s Oddysee, que diga-se já, convém visualizar, ou o jogo não fará muito sentido. Como eu apenas finalizei o primeiro título, tive de visualizar os acontecimentos do segundo, acabando por visualizar igualmente o sucedido no primeiro capítulo para refrescar a memória. A aventura de Abe continua no terceiro com o mesmo objetivo, salvar a sua raça denominada de Mudokons do extermínio total mas, desta vez o velho protagonista da série Oddworld tem a companhia de Munch, o último membro de uma das espécies bizarras que podem encontrar nesta série.


Sendo este o primeiro jogo 3D da série, a passagem foi um tanto estranha e isso senti na pele assim que comecei a controlar Abe. Achei bastante esquisito, o hábito dos dois primeiros serem em 2D estava no cérebro alojado, até que após uma hora, comecei a habituar-me à ideia e por fim, acabar por apreciar este Oddworld em 3D. Já quando se controla Munch, é totalmente indiferente pois esta personagem é jogável pela primeira vez e não há qualquer sentimento nostálgico, sendo uma experiência completamente nova.

Tendo duas personagens jogáveis, após os níveis iniciais, Abe e Munch encontram-se e juntos, terão de ultrapassar os obstáculos que os aguardam, resolvendo puzzles com as suas habilidades particulares. Nesta jornada, Abe irá salvar Mudokons, já Munch, terá de salvar os fuzzles. Cada raça tem também as suas habilidades e vão ajudar Abe e Munch a enfrentar os perigos e igualmente abrir portas outrora bloqueadas, dando acesso à porta final de cada nível.

Apesar de este capítulo estar em 3D, ainda há muita coisa que foi retirada dos jogos anteriores. Abe continua a ter de recrutar os Mudokons através da fala e dando ordens para trabalharem, ficarem quietos no lugar ou seguirem-no, como também a habilidade de possuir os inimigos e controlá-los à sua mercê. Munch não tem a habilidade de falar, nem os pequenos fuzzles, no entanto, estes pequenos seres podem ser comandados para atacar inimigos trincando-os até à morte pois Munch não tem qualquer forma de lutar contra os seus inimigos, já ao contrário de Abe, pode nadar sem afogar. Se um dos protagonistas perder a vida, este pode ser ressuscitado em zonas específicas, o mesmo vale para os Mudokons. Para tal, Abe terá de recolher spooch que servirá para ressuscitar os falecidos como também para abrir certas portas.


No que diz respeito às novidades, é possível beber uns sucos que dão habilidades temporárias tanto a Abe como a Munch. Estes sucos podem dar a habilidade de saltos altos como a habilidade de correr de forma mais acelerada ou até de electrocutar inimigos. Tudo depende da personagem que estiverem a controlar. As personagens podem ser trocadas de forma instantânea e cada uma delas terá de arranjar a melhor forma de progredir em conjunto.

O pior do jogo é o manuseamento da câmara, às vezes queremos virar para um lado e ela vai para o oposto, embora se controle com o analógico direito como sempre, este é de facto um pormenor que podia ter sido melhorado visto que já no original acontecia o mesmo, o que dá a entender que a única transformação sofrida é o HD neste port vindo da Xbox. O próprio botão de ação/interação é usado para quase todas as funções, este botão serve para saltar, para agarrar e interagir, por vezes queremos apenas saltar ou interagir com algo e acabamos por fazer algo completamente diferente, querendo dizer com isto que com a quantidade de botões disponíveis no comando, este seria um detalhe a ter em conta e que apenas atrapalha na jogabilidade.


Nota-se algum peso dos seus 19 anos, no entanto, para o preço que se encontra e para quem nunca jogou devido à sua exclusividade, é um bom jogo a ter em conta para os fãs de Abe, que podem contar com uma nova odisseia.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Microids.

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