Rigid Force Redux
Uma adição ao género side scroller shooter, também conhecido como bullet hell, com algumas melhorias modernas. Destinado acima de tudo a amantes do género, Rigid Force Redux é um boa entrada mas sem grandes factores de destaque.
Rigid Force Redux abre com uma intro apresentado a nossa AI companheira Psye (que acaba por ser a única personagem do jogo) para além do nosso generic Captain. A Psye tem um excelente voice acting e as animações do desenho dela estão bastante bem conseguidas. As interacções com o que vai decorrendo no jogo são todas através dela, juntamente com os briefings das missões.
O tutorial é-nos dado através dela também, é bastante simples tal como os controlos, com 3 tipos de armas principais e 3 armas secundárias (que apanhamos aleatoriamente nas missões) e consequentes upgrades. É possível recolher energia dos inimigos tanto com contacto, como usando uma função de absorção (que desacelera a nave e pode ser prática para navegação também). A energia pode ser usada para carregar um ataque especial (diferente para cada arma principal) ou para usar uma habilidade que destrói as balas ao redor da nossa nave protegendo a mesma de dano. Podemos ainda recolocar as armas extra (que vão aparecendo com os upgrades coleccionados) ao redor da nave e até orientados para trás de maneira a atacar inimigos nessas direcções ou providenciar cobertura de danos. Sempre que a nave é destruída os upgrades são perdidos e temos oportunidade de recolher alguns deles. Caso todas as nossas naves sejam destruídas temos créditos para recomeçar que vão diminuindo em número conforme a dificuldade escolhida.
Tem 3 modos de jogo distintos com 3 dificuldades, a dificuldade mudando acima de tudo a quantidade e a resiliência dos inimigos. O modo de história clássico onde vamos avançando por entre os 6 níveis (todos diferentes nos backgrounds e tipos de inimigos) com bosses finais em cada um. Sempre que avançamos um nível é possível continuar do último nível que passamos. À medida que vamos avançando a dificuldade aumenta com padrões mais difíceis e inimigos mais ardilosos. A história em si é bastante simples e linear e acaba por ser uma justificação para a acção no ecrã.
O modo arcade permite-nos competir pela maior pontuação tendo alguns desafios acrescidos como salvar certos tripulantes perdidos e rebentar bombas que aumentam a pontuação final. Os 3 modos de dificuldade também existem aqui e quanto maior a dificuldade maior a pontuação obtida (a qual podemos comparar nos leaderboards). O último modo é o clássico Boss Rush começa com um espécie de bónus level para coleccionarmos upgrades, passando para o combate com os bosses seguidamente. Entre bosses leva-nos novamente ao nível bónus para dar a possibilidade de alterar as armas ou recuperar upgrades perdidos.
Não é um jogo muito extenso, mas oferece bastante diversão e oportunidade de extender o tempo ao aliciar com as pontuações do arcade ou o desafio de ter o melhor tempo no Boss Rush.
A banda sonora tem um estilo retro que encaixa como uma luva no jogo e está muito bem conseguida. Os efeitos demonstram também alguma tridimensionalidade, não sendo nada de fantástico, mas dão um feel retro e ao mesmo tempo claro do que está a acontecer. De notar que existem troféus e que sempre que adquirimos um, ao verificar a lista, é possível ver imagens icónicas do jogo (tanto dos bossses como dos mapas e até da nave). Tem tradução numa multitude de línguas em legendas (incluindo Português) sendo as vozes ligeiramente mais limitadas, estando apenas 4 disponíveis.
Uma boa adição ao género do shoot em up, mas sem grandes factores de destaque do que já existe. Óptimo para quem é fã do género com uma nota muito positiva para a banda sonora, Rigid Force Redux é uma boa opção para uma diversão simples, orientado acima de tudo para fãs do género.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Headup Games.