Disintegration


Há jogos que podem ser sempre uma surpresa e até trazer de volta um género que estava morto e enterrado, como este Disintegration, que relembra o clássico Forsaken geração das consolas de 32 bits. Este é um jogo em primeira pessoa com pequenos toques de RPG e RTS, que oferece umas boas horas de entretenimento.

Disintegration tem uma história simples mas interessante, controlamos Romer Shoal, um piloto deste veículo de nome Gravcycle, resumindo, um veículo anti-gravital, que está carregado de armas de fogo e até de restauro de saúde. Romer, juntamente com o seu pequeno grupo de resistência, pretendem recuperar a sua humanidade devido a Romer e os seus comparças terem sido submetidos ao processo de Integration. Este processo consiste em retirar o cerbero de um ser humano e preservar o mesmo em armaduras robóticas. A narrativa não é de todo complexa mas, apesar de simples, é realmente algo de interessante e qualquer jogador vai gostar de conhecer o final da história.


A jogabilidade é um tanto básica mas com uma boa experiência. O jogador apenas controla o seu gravcycle e o objetivo é manter-se vivo disparando contra os inimigos de nome Red Eyes e dar apoio aos seus companheiros de equipa. Cada personagem tem os seus atributos, uns mais direcionados para a força e outros para a sua proteção. É aqui que a jogabilidade se torna interessante, apesar dos personagens de equipa terem a sua independência, é importante Romer indicar os movimentos e prioridades. Existem inimigos de maior força, os quais requerem, como seria de esperar, um maior poder de ataque para os derrotar, logo o foco deve ser derrotar estes inimigos antes que se tornem uma enorme ameaça. Assim sendo, é necessário Romer disparar, comandar as tropas e ajudar a recolher saúde para sair vitorioso.

Alguns caixotes podem ser encontrados pelos níveis e estes têm de ser abertos pelos aliados dando o comando para tal. Uns itens serão salvage que servem para aumentar o nível de Romer, outros servirão para restaurar a saúde. Romer não tem a capacidade de saltar fora do seu Gravcylce, logo todos estes comandos só podem ser realizados pelos colegas de equipa, comandados pelo jogador. Abrir portões cerrados, destruir geradores que bloqueiam o Gravcycle impedindo deste ter a possibilidade de disparar e como dito anteriormente, todos os caixotes com chips de upgrade e inimigos que o jogador tome como prioridade, estará ao encargo de Romer indicar e tomar as rédeas da equipa. O mesmo vai para o uso dos ataques especiais da equipa, que após a sua utilização, levam um determinado tempo a recarregar para que possam voltar a ser usados.


O jogo conta com alguns pequenos bosses mas que não são de facto muito difíceis quando jogado no normal. Os próprios inimigos podem causar alguns problemas se estiverem aglomerados e a disparar balas e mais balas contra o nosso Gravcycle, já a nossa equipa pode também perder a vida em combate mas temos cerca de 30 segundos para os ressuscitar, simplesmente têm de passar pelos seus cerberos que se encontram no chão e estes regressam ao campo de batalha em 5 segundos. Não posso dizer que tive muitas dificuldades pela campanha, no entanto diverti-me imenso e apesar de tudo, é realmente um bom jogo, o maior problema é a sua falta de conteúdo, mesmo no interlúdio de cada missão, a única coisa possível é falar com as personagens que nos dão pequenos desafios para a missão seguinte ou então contar-nos a sua história enquanto humanos e com algumas piadas à mistura.


Já o modo Multiplayer, conta com 3 modos para além do quick play. O Zone Control destina-se à captura de um território em manter essa zona em específico, no entanto os Gravcycle não podem capturar estas zonas, apenas a nossa equipa que se encontra na superfície. O modo Collector consiste em obter o máximo de “brain cans” antes que o tempo termine, simples e direto, aquele que obter mais no final da partida, vence. Por fim o modo Retrieval tem como objetivo adquirir núcleos, de um lado haverá uma equipa a defender os núcleos, do outro uma que pretende adquirir os núcleos. Existem 9 crews distintas e cada uma delas tem as suas vantagens e desvantagens para que todos os jogos online sejam equilibrados. Infelizmente tem sido difícil encontrar jogadores para uma partida.


No geral, a campanha embora fraca de conteúdo, não deixa de ser uma experiência boa e foge um pouco daquilo que se tem jogado ao longo deste ano, valendo a pena uma passagem, no entanto não há um replay value e no modo online não se encontra facilmente alguém disponível para umas partidas. Disintegration foi lançado em versão digital para as plataformas PC, PlayStation 4 e Xbox One.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Private Division.

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