Potata: Fairy Flower
Potata: Fairy Flower é apresentado pelos estúdios Potata Company e conta a aventura de Potata, uma jovem bruxa que anseia por aventuras. Este é um título side-scroller de plataformas com gráficos bastante apelativos, mas com uma jogabilidade que deixa um pouco aquém das expectativas.
Potata é uma jovem bruxa, cujo interesse por fadas e flores a distrai dos deveres diários. Com um sentido de exploração bastante apurado vê-se muitas vezes em “apuros” por não conseguir conter a sua curiosidade. Depois de colher uma flor, desencadeia um sentimento de irritação dos habitantes da floresta sobre si própria, e não é vista com bons olhos. Enquanto o sentimento de Potata sobre a floresta se mantém, a própria floresta a vê como uma espécie de inimiga.
A aventura começa com um simples pedido de sua mãe para procurar na floresta ingredientes para a sopa. Isto porque, a sua amiga raposa se encontra doente e precisa de algo para a ajudar a curar. Cheia de boas intenções Potata aventura-se pela floresta pela floresta. A história desenrola-se com pequenas caixas de texto, apresentando uma protagonista bastante destemida mas algo ingênua e os eventos futuros ajudam a ensiná-la as realidades da vida como bruxa e como habitante da floresta.
Relativamente aos controlos, são bastante simples, mas com alguns problemas na sua aplicação. Por vezes os saltos não registam a personagem, falhando por exemplo escadas e outros objetos do cenário e as colisões por vezes são bastante más. Os “save points” são um pouco confusos, o que pode traduzir-se em certos momentos de frustração. A “moeda”, que é colhida durante a aventura, é utlizada para comprar “items”, como por exemplo mais vida, mas também servem para salvar o jogo entre níveis. No entanto, imagine-se que uma das secções do nível demorou algum tempo até estar concluída, e o jogador por alguma razão não salvou o seu progresso, por não ter moedas suficientes ou até mesmo por esquecimento, se, entretanto, perder todos o seu ponto de vida, terá de regressar ao último “save point”.
A nível de puzzles, este é realmente um osso duro de roer. De facto, é dada a oportunidade de pedir ajuda para a conclusão do puzzle, no entanto, é necessário usar a moeda como troca. E não é tão barato quanto isso. O problema é que não existe nenhuma instrução ou tipo de lógica para os puzzles apresentados, o que deixa o jogador completamente perdido e um pouco ao sabor da sua sorte de carregar dos locais certos.
No ponto de vista positivo, o jogo utiliza a mecânica de salto mais curto ou mais longo, com um simples toque no botão de salto ou se mantiver o botão pressionado. O que proporcionando a adaptação de cada jogador às diferentes adversidades apresentadas.
Existem também alguns níveis de complexidade adicionados à medida que os níveis são concluídos. Novas mecânicas adicionadas aos elementos outrora apresentados, como uma espada e certos objetos parecidos a bombas que permitem derrubar objetos do caminho. O que trás consigo uma breve brisa de mecânicas de Metroidvania.
Potata: fairy flower apresentada alguns problemas importantes. Tem ideias interessantes, mas praticamente nenhuma delas é muito original. Embora seja apelativo em termos gráficos, à medida que a aventura avança a monotonia é a palavra de ordem. Funciona bem como um título de plataformas, mas não oferece um sistema de puzzle funcional.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Potata Company.