Jet Lancer
Jet Lancer, dos estúdios Code Wakers e publicado por Armor Games Studios é um shooter arcade ao estilo sidescroller 2D, repleto de ação onde o jogador terá de abrir caminho por entre “waves” de inimigos e derrotando alguns “Bosses” pelo caminho.
O jogador controla um avião de caça experimental, que aparentemente
está assombrado por um estranho protótipo AI, e passa a maior parte do tempo
dentro da cabine de pilotagem do mesmo, assumindo os controlos da piloto Ashlyn.
Ash faz parte do grupo de “desajustados” que ocupam o palco
principal da narrativa que tentam perceber o porquê de tantos ladrões de metal,
estão presentes nas áreas circundantes. Mas narrativa num shooter 2D? É raro um
título com estas caraterísticas ter uma linha de texto tão extensa, mas na
verdade até é muito bem-vinda. O diálogo é todo apresentado entre linhas de
texto sem voice acting, entre e durante as operações de combate.
O grupo vê-se assim no meio de uma missão para salvar o
mundo. Foi descoberto uma base subaquática muito antiga com propriedades de
controlo de “mechs” gigantes, que estão a ser controlados por pessoas com más
intenções.
No entanto, o principal em Jet Lancer é a sua jogabilidade
que faz qualquer jogador sentir-se na pele de um dublo de filme, tal não é a
ação, explosões e acrobacias que são precisas para escapar a todos os ataques
inimigos. É bastante comum o ecrã ficar repleto de naves inimigas e nem por um
segundo se sente alguma quebra em termos de performance.
Ao seu dispor o jogador tem uma metralhadora que permite
disparar um fluxo de balas, uma arma especial com várias opções, desde misseis até
uma linha de explosivos e a habilidade de “charge weapon” que conta com misseis
teleguiados, até drones que ajudam a abater alvos inimigos. Todos estes módulos
podem ser apanhados durante a história e possibilitam personalizar a nave da
maneira que se pretender.
Todo o grafismo, ação e lutas contra “Bosses” faz com que
Jet Lancer se consiga destacar dos restantes títulos do género. De facto, estes
confrontos são o verdadeiro destaque da experiência. Embora não seja algo necessariamente
difícil, os diferentes padrões de ataque faz com que o jogador necessite de os
abordar de maneira diferente. Combates contra uma esfera gigante, ou uma
serpente mecânica que voa e consegue mergulhar no oceano exigem, claro está,
estratégias de ataque diferente que deixam qualquer sensação de repetição de lado.
Entre missões, é apresentado um mundo 3D, possibilitando o
controlo de um porta aviões e a escolha das missões disponíveis de momento. No
total é possível contar 40 missões. Embora não exista nada para além de
planícies e água, a mudança de perspetiva é de facto um toque refrescante.
Após as mecânicas de jogo estarem bem afinadas, cada missão
dura apenas alguns minutos. No entanto em situações como as de “score attacks”
podem tornar-se um pouco mais complicadas. Existem várias factores como a
pontuação que cada tipo de arma apresenta, nesta situação a perícia, o tempo e
a estratégias estão de mão dadas.
Tudo isto junto, adicionando uma banda sonora de requinte, perfeita para combater inimigos, faz transparecer uma vibe de títulos dos anos 80 mas com uma cara atual e bastante bem conseguida. Embora um pouco curto é bastante apetecível para entusiastas do género.
Nota: Análise efetuada com base em código do jogo para a PC, gentilmente cedido pela Armor Games Studios.