TT Isle of Man - Ride on the Edge 2


Para os fãs de corridas de veículos de duas rodas, chegou às consolas TT Isle of Man - Ride on the Edge 2. Não se pode dizer que existem muitos jogos do género no mercado excepto o Moto GP, que neste caso acaba por ser diferente. Neste jogo em específico, não se trata de um Grand Prix mas sim corridas sobre o asfalto em estradas, não em pistas. Será mais interessante que percorrer circuitos como nos jogos Moto GP? Tudo depende do amor às motos.

Confesso que sempre gostei mas nunca fui um verdadeiro amante, prefiro corridas em 4 rodas mas, o primeiro contacto com este simulador foi deveras interessante e melhor que o esperado. Como há poucos jogos no mercado deste desporto, a escolha tende sempre para o Moto GP que tem um nome mais sonante, no entanto não significa que este título deva ser olhado de lado.

Tudo começa com um bom tutorial que, confesso, ser mais importante que pegar e jogar. É preciso sublinhar que o jogo não é fácil, os tombos vão ser imensos que podem até frustrar o jogador menos paciente, afinal de contas, isto não é um jogo arcade mas sim um simulador. O realismo pode ser fatal para uns mas importante para outros. Os fãs vão adorar e mesmo eu, admito que tenha gostado imenso da experiência embora inicialmente tenha tido dificuldades pois 2 rodas não são de todo 4, o controlo de uma moto é totalmente diferente e a velocidade é louca, por isso mesmo os fãs deste desporto que transpira adrenalina, vão ter algo do seu agrado.


Após dar os primeiro toques e de muitas quedas, resolvi entrar no jogo e participar no modo carreira que é como seria de esperar, o mais interessante. No entanto existem o modo Single Race, Multiplayer para competição online e offline e claro Time Trial. Existem 3 locais para competir, Reino Unido, Irlanda e claro Isle of Man. Assim sendo, nada de excepcional apesar de um jogo de corridas poder incluir algo mais. Falemos então no modo Carreira que embora seja o melhor para jogar a solo, é um modo que está idêntico a todos os modos carreira dos jogos de corrida atuais.
No modo carreira o jogador escolhe o seu nome e país de origem e inicia uma carreira de piloto com 3 contratos à escolha para começar a sua jornada no mundo das corridas para chegar ao topo e conquistar a famosa Tourist Trophy. Para tal, é necessário ganhar nome e subir no ranking mundial. Conforme se vai completando corridas e classificando nas posições de topo, o jogador desbloqueia perks e angaria dinheiro através de patrocinadores, tal como acontece com qualquer jogo de desporto nestes últimos tempos, o que não significa que seja mau, pelo contrário, torna o jogo muito mais interessante e viciante. As motos iniciais têm menos potência mas tudo pode ser alterado conforme se vai subindo no ranking e vencendo campeonatos.

Algo que deve agradar a todos são as licenças, Yamaha, Kawasaki e Honda são algumas das marcas disponíveis para adquirir em TT IOM. As motos podem ser personalizadas e até levar com upgrades. Os tais perks que são obtidos nas corridas servem para adicionar mais peso, melhor resposta de aceleração e uma melhor performance entre tantos outros, o que é interessante e não deixa de ser realista, ao contrário de apenas se ter de comprar novas motos ou partes para o veículo.


O modo online não sofre de qualquer lag mas é preciso referir que os jogadores vão competir com uma distância de segundos entre eles. Não se trata de corridas em que todas as motos se encontram de imediato em pista e arrancam ao sinal verde, no entanto, isso já sucede com alguns dos eventos no modo carreira. Fora isso, é perfeitamente jogável mas é sempre um pouco complicado arranjar alguém com quem jogar o que leva tempo para entrarem no mínimo 4 jogadores em pista para se iniciar a corrida.

Falando no jogo em si, o grafismo é bom, cenários pormenorizados mas não excelentes, a banda sonora durante as corridas é inexistente, o que faz sentido, e a jogabilidade embora realista vai levar imenso tempo até que o jogador se habitue. Não é um jogo fácil de se aprender, de todo. Um pequeno lancil dita a morte do artista, passar do alcatrão para a terra é o deslize para a morte do artista, a menor das inclinações é a sentença de morte, todo o pequeno detalhe conta e como tal, recomendo vivamente voltas e mais voltas nas pistas todas antes de começar o modo carreira porque as pistas são totalmente traiçoeiras e aquele que não conhecer as curvas, fará pic nic no monte ao lado.


Sinceramente, após apanhar o jeito, até eu comecei a gostar bastante do jogo, tive de correr a pista várias vezes e algumas delas são enormes, outras nem tanto. Depois de apanhar bem as curvas, sentimo-nos um verdadeiro piloto sobre 2 rodas. Ver as faíscas no chão de raspar com a lateral da moto no piso e ouvir o rasgar do vento com a velocidade no limite é de uma adrenalina arrepiante. É necessário ter em mente que não é um jogo para qualquer um e este é um título decididamente direccionado para os verdadeiro fãs do género, esse sim vão ter uma experiência bastante agradável com TT Isle of Man Riding on the Edge 2.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Upload Distribution.

Latest in Sports