Bloodroots


Bloodroots, apresentado pelos estúdios canadianos Paper Cult, mistura a ação e violência, se é que assim o podemos chamar, de títulos comos Mr. Shifty e Hotline Miami, ambientado com gráficos que fazem lembrar “Cartoons”, repleto de inimigos e coisas para serem destruídas.

O género de jogo de Bloodroots é um pouco difícil de definir. É apresentado com uma visão de cima para baixo com um grau de dificuldade que irá variando conforme a progressão nos diferentes níveis. O intuito é realmente terminar o nível, que por outras palavras significa destruir todos os inimigos presentes no mesmo. Aqui entra um pouco a mecânica de pontos, isto claro está, se o jogador pretender colocar o seu nome na lista de melhores scores por nível.

O jogador interpretará o papel de Wolf, enquanto este procura vingança contra o seu antigo “gang”, os “Blood Beasts”, todos com sobrenomes com temas de animais, como o “Boar” e o novo líder “Black Wolf”. Digamos que este novo líder não conquistou a sua liderança do grupo por meios ditos limpos. De maneira que cabe ao jogador reverter esta situação e ensinar aos seus ex colegas e ao seu novo líder quem realmente manda.


Embora este não seja um título que se prenda muita à história e dado a muitas falas, existe o suficiente para contextualizar a jogabilidade, ao mesmo tempo que adiciona profundidade a todos os adversários que se intrometerem pelo caminho.

Todos os níveis estão divididos por locais onde é necessário derrotar todos os inimigos presentes, logo em cada nível existirá algumas seções. Ao seu dispor o jogador terá um leque variado de armas e cada uma delas funcionará de maneira diferente. Por exemplo os escadotes, tanto servem para alcançar um local mais alto como para dar umas boas cacetadas nos elementos do gangue, assim como por exemplo a espada de esgrima que permite ao jogador lançar-se para a frente enquanto disfere dano.

Cada item pode ser usado até três vezes e o segredo do sucesso é encontrar uma rota repleta de armas e inimigos, para não perder o “combo score” ou o multiplicador de score. De facto, o próprio jogo incentiva o jogador a imprimir velocidade nos seus ataques em vez de o pressionar a efetuar uma jogabilidade mais defensiva. É de facto de louvar a rapidez com que todas as regras são de algum modo ensinadas ao utilizador e como referido algumas delas introduzidas no próprio design do nível com as pequenas aberturas para explorar o mapa com a ajuda de um escadote ou ganchos que puxam a personagem.


Um par de combos bem-sucedidos acaba com uma animação final que se não fosse retratado da maneira que o jogo é, seria um momento absolutamente “gory”. Neste sentido acaba por ser um momento de risada por ser tudo tão exagerado.

De referir que um toque do inimigo na personagem equivale a voltar para o início dessa secção. Um pouco à semelhança do que acontece no título, Katana Zero.

A câmara por seu sinal, não sendo perfeita, geralmente fornece uma boa visão sobre tudo o que se está a passar no ecrã, salvo poucas exceções em que certos pontos são bloqueados por elementos do mapa.  


Embora tudo geralmente funcione muito bem, a grande dificuldade de Bloodroots pode criar alguns momentos de frustração. Situações como fazer mira com armas de longo alcance, ou movimentos mais lentos, causam a repetição da mesma seção vezes sem conta. A sua enorme lista de armas tornam a jogabilidade de certa forma fresca e permitem encarar cada momento de ação de maneira diferente.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Paper Cut.

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