ROG Strix G16 (2025) da ASUS


Sou franco que, quando penso em PCs para gaming, a minha atenção vai toda para as diferentes partes que compõem uma tradicional torre. Nunca considerei um portátil como um PC de gaming, mesmo quando passei anos a jogar World of Warcraft no meu MacBook ou até Final Fantasy XIV numa partição de Windows, no mesmo. Remediava, mas não tinha ali a verdadeira experiência que anos mais tarde tive com uma dita torre. Não sou cético, até porque temos cada vez melhores laptops dedicados ao prazer de videojogar que podem impressionar, algo que a ASUS tem apostado como é o caso do ROG Strix G16, onde passei um bom mês a jogar!

Começo de forma muito resumida: o ROG Strix G16 é uma verdadeira máquina! Aqui encontram um portátil que consegue rivalizar com uma tradicional torre, com um desempenho de elevado nível e que me permitiu jogar bastantes jogos sem grandes sacrifícios. Embora com algum peso e volume consideráveis (ainda mais considerando o seu grande transformador), é um excelente portátil para levar para qualquer lado, ou transportar em casa ligando a diferentes TVs e monitores, seja para jogar ou usar como dispositivo multimédia. O meu extenso uso foi principalmente ligado a um monitor externo, juntamente com teclado e rato, resultando numa experiência de PC “tradicional”, com um prático segundo monitor: o do portátil.

Entrando em mais detalhe, dei por mim a jogar diferentes jogos ligados a um monitor de 4K, sem grandes sacrifícios nos mesmos. Consegui finalmente jogar Cities Skylines II, um pesadíssimo jogo (mais do que deveria alguma vez ser) sem grandes compromissos, jogos como Baldur’s Gate III, Fallout 4 ou The Witcher 3 estavam belíssimos, as minhas aventuras por Azeroth em World of Warcraft ou Eorzea em Final Fantasy XIV, jogos mais datados, mas, que aqui ganharam uma nova beleza por poder jogar com “tudo” no máximo, muito acima dos típicos 60 frames por segundo. Mesmo a experiência focada no ecrã do portátil foi impressionante, do bom contraste e níveis de cor bastante elevados, suportados por uma taxa de atualização que chega aos 240Hz. Algo que atinge em jogos que não requerem grandes recursos, resultando numa fluidez que recomendo muito.

Claro que puxar pela máquina tem uma consequência, bem, neste caso duas, com uma terceira associada. Ao nível de bateria ela aguentava muito bem num uso mais casual, enquanto que quando puxei mais pelo portátil via a mesma drenar muito rapidamente, algo expectável que resolvi ao ligar à tomada, com a bateria a carregar rapidamente. O que se tornou algo incomodativo, principalmente por estarmos em pleno verão, é que o ROG Strix G16 aquecia, e aquecia bem, resultando nas ventoinhas a darem tudo para o manter o menos quente possível, ao que o portátil parecia querer levantar voo, que passado uns minutos em descanso arrefecia facilmente.

Uma máquina que vai além dos jogos

O bom desempenho não se prende apenas enquanto corria os jogos: facilmente conseguia ter várias janelas abertas sem grandes perdas, podendo ter o Discord aberto (por exemplo) em chamada enquanto jogava e, até mesmo, partilhando o ecrã. E aqui entro num ponto curioso, que poderá ser algo a considerar para muitos.

Usando Final Fantasy XIV (eu sei, jogo-o demasiado) como exemplo, para testar, consegui fazer stream do jogo usando a câmara e o microfone presentes no ROG Strix G16, ligado a um monitor externo que usava como monitor principal, tendo tudo o que era dashboard e programas de controlo da stream no monitor do portátil. E isto usando uma ligação wireless de internet, sem grandes quebras, embora recomende a ligação por cabo ethernet (viva a internet física!), tal como recomendo o uso de microfones, câmaras, entre outros periféricos externos se quiserem algo mais profissional.

Contudo, já que investem num portátil podem querer poupar noutros periféricos externos e o portátil em si já é o suficiente para começarem a fazer stream do que jogam, ou simplesmente partilhando as vossas sessões de jogo com amigos. Mesmo para edição de imagem, áudio e vídeo encontram aqui um PC portátil muito bem capaz, com excelente desempenho enquanto usam diferentes ferramentas em simultâneo. Recomendo principalmente o uso de um teclado e rato externo, por uma questão de conforto, pois (novamente) o portátil aquece bem se puxarem por ele. Embora para o uso casual, este portátil tem um trackpad bastante grande e confortável de usar e prático para trabalho, mas… não o usem para sessões de gaming.


O “bicho” em si

Este é um portátil em que se sente bem o peso e volume do seu interior. Equipado com uma placa gráfica GeForce RTX 5080 (formato para portáteis), um processador Intel Core Ultra 9 e 32GB de memória RAM, é uma máquina bem potente. Vem com memória mais do que o suficiente, até 2TB em SSD para loadings rápidos nos jogos instalados, um ecrã de 16 polegadas com a resolução 2560 por 1600, acompanhados por áudio Dolby Atmos com um som imersivo, diretamente do portátil. Surpreende, mesmo no momento que abrimos a compacta caixa e vemos o ROG Strix G16 “elevar-se”, sabemos que temos aqui um produto premium.

Premium no hardware e no valor, atenção, pois tudo tem um custo. Embora o consigam encontrar mais barato, o PVP recomendado assinalado de 2.800 € não é coisa pouca, principalmente quando por este valor conseguem ter um PC tradicional (mais monitor e outros periféricos) por valores próximos e melhor desempenho. Aqui o que ganham é a vantagem da portabilidade do portátil, podendo levar os vossos jogos para todo o lado, sem ficarem com um PC fixo num só local.

Contudo, este é mesmo um portátil que impõe respeito, dos acabamentos ao próprio toque todo ele tem um aspeto muito profissional, premium até. Dos materiais com um aspeto bem sóbrio, em tons escuros, realçado apenas pelos LEDs e alguns acabamentos a cor, com alguns detalhes muito discretos mesmo ao abrir o portátil. Tem bastantes ligações com três entradas USB 3.2 (Gen2 Type-A) e duas USB tipo C (Thunderbolt 5) para diferentes dispositivos, uma de ethernet e outra de HDMI 2.1, esta que permite ligação a resoluções mais altas como o 4K ou taxas de atualização elevadas.


Jogar (e brilhar) em todo o lado

Por muito que possa ser uma ferramenta de trabalho, edição multimédia ou criação de conteúdos, não hajam dúvidas que este é um portátil pensado para jogar. E cumpre-o muito, muito bem, onde talvez a minha maior queixa rege-se no teclado em si: as teclas mais usadas são diferentes, com destaque e transparentes, numa de focar o gaming, mas as letras em si, perdiam muito a sua leitura se não tiver num ambiente luminoso, como quando jogava à noite.

Por falar em luzes, há todo um espetáculo de LEDs a acontecer não só enquanto jogamos tal como quando o portátil descansa. Dei por mim a ver autênticas rave parties enquanto o portátil descansava, algo que podia desativar, mas, aceitei e lidei. Enquanto jogava as luzes na parte inferior do chassi não incomodavam muito até, que até bem integrado com os jogos podia ser uma experiência imersiva, com as luzes a ficarem vermelhas quando temos pouca vida… mas, isso seriam outros tantos.

E sim, voltando aos jogos, pensado para jogar o ROG Strix G16 vem já preparado com software que otimiza bem as nossas sessões de jogo, com diferentes modos de performance, botões macro, para combinações rápidas de teclas ou até poder criar diferentes perfis para situações distintas, onde aqui podemos alternar entre modos performance, turbo ou até silenciosos. Há muitos aspetos que podemos configurar para que o portátil se adeque exatamente às nossas situações, de maneira bem prática e sem precisar de grandes conhecimentos técnicos.


Concluindo

Passei umas boas semanas com o ROG Strix G16, um portátil que encostou por completo a minha torre e tornou-se no meu PC para gaming, portando-se extremamente bem para os jogos que costumo jogar, capaz de correr lindamente jogos atuais que puxem. É certo que têm aqui um investimento considerável, mas, ficam com um portátil bem atual que vos irá servir por muitos bons anos.

Seja para jogar diariamente, ser ferramenta de trabalho ou criação de conteúdos, tal como um portátil para consumir multimédia, o ROG Strix G16 serve perfeitamente para tudo sem quebras de desempenho, ou pelo menos que tenha notado durante o extenso uso. Perfeito para levar às costas para umas partidas em qualquer lugar, poder fazer aquele grind rápido em jogos online com amigos, usando o microfone interno.

O preço alto pode ser um pouco impeditivo, contudo, estando dispostos a investir num portátil dedicado a gaming têm aqui uma excelente sugestão que irá portar-se muito bem por longos anos, isto se estimarem bem o portátil. Pode aquecer durante o seu uso, mas, o sistema de refrigeração rapidamente arrefeceu o portátil em pouco tempo, mesmo após longas sessões de jogo que duraram horas.

Vantagens:

  • Um portátil de topo, com uma performance incrível para jogos atuais e futuros;
  • O ecrã brilhante de 16 polegadas e 240Hz;
  • Incrível para gaming e um potencial bom portátil para streaming;


Desvantagens:

  • O preço elevado pode afastar muitos, que estejam à procura de valores mais acessíveis;
  • Com peso considerável e de grande volume, não é ideal para o transporte diário;
  • As teclas transparentes podem dar um toque especial, mas perdem a sua leitura;

ROG Strix G16 (2025) da ASUS está disponível nos retalhistas, com PVP recomendado de 2.800,00 €.


Nota: Análise e teste do produto efetuado através do acesso ao mesmo, gentilmente emprestado pela ASUS Portugal.

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