Story of Seasons: The Grand Bazaar

Será que reabrir o Grand Bazaar neste remake mantém todo o charme do original? Vamos cultivar as nossas certezas nesta fértil análise.

Chegados à aldeia de Zephyr, somos apresentados ao presidente da mesma que rapidamente nos põe a par da nossa tarefa e da nossa pequena quinta nos arredores. A singela vila é conhecida por 3 coisas: Vento, Moinhos e claro o Grande Bazaar que hoje em dia mais parece uma venda de rua. Por razões inicialmente desconhecidas, o Bazaar foi perdendo a sua fama e o seu renome, levando a que a Zephyr se encontre em maus lençóis financeira e populacionalmente. Cabe-nos a nós reviver a quinta que alimentou o Bazaar e, juntamente com o caricato elenco, fazer o nome de Zephyr voar pelos 4 ventos. Criamos o nosso personagem (que podemos posteriormente alterar tanto indumentária como ele é) e escolhemos um nome para a nossa quinta e começa a aventura propriamente dita.

Após isto, o tutorial sucede-se ao longo de vários dias, de eventos a manobrar a mais básica das ferramentas, as mecânicas vão sendo lentamente introduzidas de modo a conseguirmos organizar o nosso trabalho da maneira mais eficiente. Todas as semanas, o Bazaar abre e temos oportunidade de vender o que produzimos e encontramos.

É aí que queremos seguir as tendências da população e com a ajuda de uns amigos espirituais fazer o maior lucro possível para ajudar a crescer Zephyr (e por tabela a quinta). Há medida que avançamos vamos podendo ajudar os aldeões com variadas tarefas, algumas só prosseguem o relacionamento e aprofundam a personalidade deles, enquanto outras são necessárias para eles terem condições de abrirem as suas próprias bancas no Bazaar.

O jogo é bipartido neste sentido: gerimos a quinta e os animais (com mecânicas simples às quais a maioria dos jogadores deste género está habituado) e depois exploramos e falamos com a restante população. Não só é variada visualmente como sonoramente, tendo o jogo voice acting na íntegra, acrescentando ao charme. Vamos podendo dar upgrade às ferramentas, à quinta e à banca do bazaar, sendo que as opções vão ficando disponibilizadas com o decorrer da história e com o nosso progresso.

Os nossos amigos espíritos em troca de sacrifícios específicos também melhoram a qualidade dos recursos naturais, levando a uma bola de neve de termos sempre algo mais para fazer e alguém com quem estar e conhecer. Temos apenas os moinhos como fábricas (e a cozinha), campos de cultivo e animais, com mais alguns recursos a serem encontrados no mundo selvagem. O vento é um fator crucial, desde acelerar a produção dos moinhos como a ajudar-nos a mover com o glider e a condicionar as tempestades e como proteger as colheitas.

Há muitos eventos diferentes, de ofertas de presentes a apresentar animais e plantações para ganhar variados prémios. Aprendemos receitas novas a comer e a explorar, sendo por isso importante desenvolver as relações também. Tudo isto é acompanhado de uma gentil banda sonora e efeitos muito tranquilos. As mecânicas simples, mas estando repletas em quantidade de coisas para fazer fazem com que dias e semanas rapidamente passem a correr (e horas de jogo na vida real). No entanto, fruto de ser um remake, falta-lhe alguma qualidade de vida presente em títulos semelhantes mais recentes.

Sim, fiz um ovo cozido pela milésima vez e isso está-me a tirar tempo que eu preciso porque a vaca não entrou para o celeiro, conseguem perceber como algumas coisas repetidas sempre sem opção de encurtar se conseguem tornar cansativas. Não tem nada de novo que o permita destacar dos restantes competidores de cultivo, sendo uma opção nostálgica e fofa para quem quer revisitar ou para fãs da série. Funciona como um bom título introdutório ao género também, mas acaba aí.