Teenage Mutant Ninja Turtles: Splintered Fate


Os fãs das Tartarugas Ninja têm estado ocupados com vários lançamentos estes últimos anos, já tivemos o Shredder’s Revenge recentemente, um novo filme com uma animação espetacular! Agora chega um outro novo jogo lançado para todas as plataformas.

É preciso já informar os leitores que estamos perante um roguelike e não um mero beat’em up, ou coisa que se pareça. Portanto, para começar, um jogo que podemos comparar em termos de semelhanças é o Hades e se não gostaram de Hades, TMNT: Splintered Fate talvez seja um jogo a evitar. Ou então são extremamente fãs das tartarugas mutantes e vão querer de qualquer das formas jogar este novo título.

Sendo estruturado exatamente igual ao Hades, aqueles que jogaram esse soberbo jogo já conseguem ter uma ideia de como tudo funciona, para os que não fazem ideia do que falo, talvez seja melhor irmos por partes para uma fácil compreensão daquilo que vos espera.


Se ainda não conhecem o termo roguelike é porque ainda não se depararam com um, embora nos dias de hoje seja recorrente e a quantidade de jogos do género tem crescido exponencialmente ao longo dos anos. A ideia deste género é termina-lo com as habilidades que temos ao dispor sem perder, isto significa que caso percam uma vez vão ter de voltar ao início jogar novamente todos os níveis do zero. É um estilo de jogo para os mais pacientes e aqueles que não se importam de repetir vezes sem conta os mesmos níveis, até chegarem ao boss final e assim terminar efetivamente o jogo.

Para aqueles que já ficaram assustados, relembro que existem muitas habilidades desbloqueáveis. O jogo tem uma quantidade de habilidades bastante grande para aprimorar e que vão ser o verdadeiro auxílio para seguirem em frente, com muita menos dificuldade, tornando o jogo bem mais apetecível e muito mais tolerável, mas isto apenas acontece com dedicação ao jogo. É necessário fazer muitas Runs, isto significa jogar várias vezes e obter as Dreamer Coins, Scrap (embora este seja utilizado para comprar itens como saúde e outros relevantes para as runs que estiverem a fazer) e por fim as Dragon Coin. Estes itens são os mais importantes e devem ser usados para desbloquear e adquirir novas habilidades, tanto ao nível de força como de saúde, como de técnicas especiais. Como dito anteriormente, há um enorme leque de habilidades para desbloquear, podem passar horas a fio nisto.

A narrativa é simples, mas o foco aqui é a inequivocamente a jogabilidade, tal como a experiência do jogo em si. Splinter foi raptado e os filhos do mestre das artes marciais vão atrás dos responsáveis, percorrendo vários níveis e lutar contra várias caras familiares. Leatherhead, Rocksteady e Bebop, entre outros, estarão à vossa espera para batalhas fervorosas até chegarem ao verdadeiro infame, Oroku Saki, mais conhecido por Shredder. Os diálogos entre todas as personagens e o próprio voice acting é dos aspetos mais interessantes, tudo isto adaptado aos tempos atuais e posso afirmar que cada personagem continua representada de forma excelente. Leonardo é o líder e age como tal, já o Michelangelo é, por assim dizer, o “cromo” do costume. Todas as personagens estão realmente fiéis a si mesmas.


A parte artística também é algo engraçado, embora pudessem apostar mais um pouco nos detalhes dos níveis, mas as cores e os próprios inimigos estão também fiéis ao produto original. Um pormenor que para mim faz muita diferença é o design das tartarugas, mais adulto, pois ultimamente os filmes e as séries revelam um design mais direcionado para os mais novos e o que foi escolhido para Splintered Fate agrada-me imenso.

Outro aspeto importante a referir é o facto de cada uma das tartarugas ter o seu estilo único de combate. Afinal de contas cada uma tem armas especifícas e isso faz toda a diferença e bem, portanto o alcance do bastão de Donatelo é maior que as armas Sai de Rafael, por outro lado, a sua força e outras habilidades únicas podem também fazer a diferença em combate, sendo tudo uma questão de se adaptarem ao estilo de cada tartaruga. Neste caso diria que é mais importante do que a preferência de infância, no meu caso a que me senti mais confortável em jogar e que me adaptei melhor foi o Donatelo embora sempre gostei mais do Leonardo. Portanto, é testarem e verem qual delas se adequa mais ao vosso estilo de jogo.

De sublinhar que este jogo é possível ser jogado offline a solo, mas o conceito é totalmente multiplayer, a dificuldade é elevada e uma ajudinha fará sempre diferença, seja em couch co-op ou online, TMNT: Splintered Fate apela a que joguem em conjunto com mais pessoas, embora eu tenha jogado maioritariamente a solo para não ter distrações e sentir a dificuldade como senti em Hades. Não é propriamente o recomendável, mas dá para jogar, vão é apenas repetir vezes sem conta para terminar uma única run.

Este jogo pode ser divertido com mais jogadores, será desafiante para ser jogado a solo e, embora não seja excelente, é um bom e sólido título que merece a atenção daqueles que gostam de jogos do género. Se tiverem uma paixão grande pelas tartarugas ninja, podem sempre ir jogando aos poucos até conseguirem chegar ao final duma run, o que significa muitas horas de jogo e muitas habilidades desbloqueadas. Portanto, Cowabunga meus caros leitores, o jogo é fixe!


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Playnxt.

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