Nintendo World Championships: NES Edition


Temos uma proposta especial! Fomos convidados a participar no Nintendo World Championships: NES Edition onde o desafio nos espreita e a nossa prestação é chave para a vitória. E o melhor? Tudo isto no conforto dos nossos sofás ou onde quer que seja, levando a Nintendo Switch atrás. Esta é a premissa da mais recente aposta da Nintendo, onde jogamos como se fosse 1990, piscando o olho aos amantes do retro enquanto traz as competições que surgiam, então, nessa década.


Desafio lançado, mãos à obra e toca a testar todas as nossas capacidades como profissionais de jogos da NES. As provas são várias e sempre contra relógio, coisas como apanhar um supercogumelo em Super Mario Bros., escapar de um local em Metroid ou derrotar certos inimigos em The Legend of Zelda. São provas rápidas, muitas delas de breves segundos apenas, onde acabamos por nos desafiar a nós mesmos até chegar ao melhor tempo possível e conseguir a melhor classificação possível.

E assim foi grande parte do tempo que passei com este título, jogando estes minidesafios no modo Contra o Relógio, melhorando cada vez mais a minha prestação enquanto desbloqueava desafio atrás de desafio até obter uma classificação que me agradasse, receber os louros desse feito e partir para o desafio seguinte. Coisa bem fácil de tentar pois temos sempre um replay da nossa melhor prestação a correr ao mesmo tempo que jogamos! São 13 títulos clássicos da NES à nossa disposição onde temos figuras emblemáticas da Nintendo como Donkey Kong, Kirby, os Ice Climbers, Pit de Kid Icarus entre outros como Mario, Samus e Link. Cada jogo tem uma boa quantidade de diferentes desafios que exploram bem cada um dos jogos.

Nunca somos largados às cegas nesses desafios, o objetivo é sempre bastante claro e sempre presente durante a prova, com algumas ajudas adicionais que nos dizem o que fazer quando, por exemplo, temos de rebentar uma parede em The Legend of Zelda, no desafio de encontrar uma caverna escondida e receber o tesouro lá. Mesmo antes de jogar há um pequeno vídeo que mostra exatamente o que temos a fazer, sem falhas.


Depois de já estar bastante confortável com os meus tempos em cada um dos jogos… foi tempo de desafiar o mundo! Através do modo online desafiava os tempos de outros jogadores através de fantasmas, ou seja, jogava contra os seus melhores tempos sem que estivéssemos a jogar online em direto. A sensação acabou por ser como se estivesse efetivamente a enfrentar aqueles jogadores no momento, sem quaisquer interações, até porque aqui o objetivo é mesmo ser o melhor speedrunner do sítio. Não há aqui nada de enviar itens a outros jogadores para lhes dificultar a vida, enfrentar os vários tempos ao milissegundo já é desafio que chegue.

Caso o online não seja muito a nossa cara, até 8 jogadores podem criar um campeonato local através do modo multi jogador! Basta uma consola para tal, usando o split-screen do jogo e temos a festa feita, acumulando pontos com cada prova onde, no final, um jogador é sagrado campeão. Podemos enfrentar desafios específicos, tentando melhor a nossa prestação em conjunto, ou atirar-nos a grupos temáticos com vários desafios seguidos. Na prática, este é um modo onde vemos quem é o melhor speedrunner da sala, o que acabou por ser mais interessante do que alguma vez pensei.


Até porque nem sou speedrunner, nem nunca tive propriamente prazer em tentar obter os melhores tempos em jogos que adoro… Mas todos os pormenores que acompanham este jogo tornam a experiência bastante boa. Desde o modo como passamos de desafio a desafio muito rapidamente, poder recomeçar aquela prova com um simples atalho nos botões, a audiência simulada através de sons, que parece estar a torcer pelos nossos feitos… Talvez seja por ser verão, mas um peculiar paralelismo que senti a jogar é como se estivesse nos Jogos Sem Fronteiras, versão jogos da NES e sem quantidades absurdas de água e esferovite. Se calhar fui só eu (espero mesmo que seja só parvoíce minha), mas foi algo que tornou o jogo um pouco mais especial para mim.

Pois além destes modos todos contra-relógios e desafios semanais a ver quem é o jogador mais rápido do mundo, não há muito mais que o jogo ofereça. Tendo sido viciado nos NES Remix para a Nintendo 3DS e Wii U, senti falta das brincadeiras adicionais que esses jogos trouxeram, que iam além de simplesmente ser um speedrun. Aqui os jogos apresentados são tal e qual como os originais, atirando-nos diferentes tarefas para cumprir os seus objetivos, e entendo isso, mas gostava de ver algo mais.


Ou até mesmo ser a oportunidade perfeita para incluir no jogo títulos como Super Mario Bros. 35 ou Pac-Man 99, de forma a mantê-los vivos mesmo após terem sido removidos, pois se enquadram perfeitamente no espírito competitivo deste jogo, ou até F-Zero 99 que poderá ter o mesmo destino e ficar igualmente perdido. Por muito que a repetição seja a chave deste título, pois obter a melhor classificação possível não é de todo fácil, em poucas horas já havia explorado o jogo na sua totalidade. E sei que vou voltar recorrentemente a este jogo, nem que seja pelos desafios semanais e exibir o meu perfil onde, digo com todo o orgulho do mundo, que o meu jogo favorito da NES é o Dragon Warrior (também conhecido como Dragon Quest). Nota: não é, mas gostei de o poder escolher num leque enorme de títulos da NES, para apresentar na minha identificação neste jogo.


Fica assim o convite feito para o Nintendo World Championships: NES Edition e espero encontrar muitos de vós durante os desafios online. Se são amantes do retro é certamente jogo para vocês, mesmo que não sejam fãs de speedruns (como eu) e, estando localizado em português (do Brasil) fica tudo muito mais acessível, mesmo sendo um jogo que não necessite assim tanto de língua, tal como todos os jogos presentes através de desafios! E ainda, quem sabe, se num futuro não "inventam" também este jogo, mas com títulos da SNES?


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Nintendo.

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