Biomorph


Visualmente apelativo, com uma premissa intrigante em volta de uma trama sci-fi, Biomorph apresenta-se na rota de colisão do género Metroidvania Plaftorming.

Ao seguir a história de Harlo, logo é percetível que esta peculiar personagem se encontra com um lapso de memória sobre o sucedido até o acordar do seu cryosleep, numa misteriosa nave espacial. Ao se reencontrar com o seu amigo, Kleio, começa a aventura para o libertar e descobrir todo o mistério em volta da zona em que aterraram e, porque efetivamente aterraram naquela zona.

Muito embora a história seja linear, abre espaço a uma jornada repleta de aliados inesperados, flashbacks de pequenos apontamentos de memória, tudo englobado em pequenas cutscenes com muito charme. 


O sistema de combate de Harlo é bastante cativante. É bastante responsivo aos controlos, apresenta combos satisfatórios e uma panóplia de combinações de ataques interessantes, que de certa forma permitem ajustar o tipo de jogo de cada jogador a uma build especifica. Tudo isto se deve à feature de Chips que podem ser descobertos no decorrer da aventura, ou comprados na loja específica para este caso, cada um com a sua habilidade especifica, que se podem desdobrar entre ataques à distância, entre outros. Estes Chips apresentam um coldown que não permite a sua utilização infinitamente. Adicionalmente aos Chips existem os Mementos que são habilidades passivas que oferecem benefícios como healing, dano crítico, aumento do dano, entre outros.

O conceito mais interessante de Biomorph está diretamente ligado ao seu próprio nome. Inspirado em mecânicas bem ao jeito de Kirby, onde é possível adquirir as habilidades de terceiros com a sua capacidade de sucção de inimigos, em Biomorph a personagem principal consegue também ela, absorver o DNA dos monstros e controlar as suas habilidades, sejam elas de ataque, ou de mobilidade como saltos maiores que permitem alcançar zonas mais altas. Outro aspeto interessante ligado a esta mecânica, é a possibilidade de se tornar mais forte no corpo de um monstro em específico, quantas mais vezes capturar o seu DNA, isto também permitirá a liberdade de transformação para essa forma com um simples pressionar de botão.


Como em todos os Metroidvanias, existem imensas zonas para explorar e muitas delas não são passiveis de serem exploradas antes de se adquirir certas habilidades, neste caso, Morph de monstros. Outro aspeto interessante é a premissa que envolve a reparação da cidade para desbloquear novas áreas, dando um sentido de comunidade a uma zona fustigada por notícias tristes e que serve de abrigo a um par de personagens interessantes.

Infelizmente os confrontos contra Bosses não são memoráveis o suficiente para marcarem um ponto importante nesta aventura. Após reconhecer o padrão de ataque de cada um é tremendamente fácil ajustar o tipo de combate.
 

Biomorph transpira um carinho especial. Desde as suas animações, cutscenes, personagens e combate bastante interessante, transformando-se assim numa experiência que agradará aos fãs deste género.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Steam, gentilmente cedido pela Lucid Dreams Studio e Keymailer.

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