Berserk Boy

Quem já tem saudades de jogar um jogo bem ao estilo de Mega Man? Eu sei, a exigência dessa clássica série da Capcom é grande, é preciso habilidade e saber bem quais os poderes a usar para a eficácia ser efetiva, no entanto, em Berserk Boy podem contar com um jogo muito parecido a Mega Man, mas mais frenético e menos difícil. Portanto, se tiverem curiosidade, podem e devem continuar a ler a nossa análise.
Gostaria de começar por um aspeto que normalmente refiro mais perto do final da análise, mas que por ser a pessoa que é irei informar-vos de imediato que a banda sonora deste jogo é muito boa e foi composta por nada mais nada menos que o nosso lusitano Tee Lopes, também conhecido pela maravilhosa OST do Sonic Mania. Por isso em termos de música, estão perante algo vibrante uma vez mais.

Falando em todos os outros aspetos de Berserk Boy. É um jogo de plataformas 2D que é quase como um tributo ao Mega Man, porém conta com as suas diferenças, mas nota-se que bebe muito daquilo que é o nosso ciborgue azul da Capcom, desde o grafismo aos seus sprites que parecem retirados dum jogo da era da Super Nintendo, é um jogo super apelativo com personagens engraçadas.

O jogo é dividido por 6 locais e cada um deles tem 3 níveis, no qual o último terá um boss para enfrentar e tem um poder único que deve ser adquirido, um orb berserk que o nosso protagonista deverá recolher todos estes orbs os quais foram roubados. Estes orbs vão depois ser usados pelos níveis fora, se um orb inicial dá a capacidade do nosso protagonista atirar shurikens como um ninja, outro orb dará a possibilidade de voar por um determinado tempo. Todos estes poderes vão ser adquiridos sempre que derrotarem um boss específico, no entanto, ao contrário do que sucede em Mega Man, aqui não se escolhe o local de forma aleatória, mas sim de forma linear. O jogador não terá a preocupação de decidir qual o local a escolher e usar determinado poder, por isso a dificuldade diminui imenso quando comparado a um Mega Man.

Sendo assim linear, vão ter a noção de usar os poderes devidamente e isso será bem explícito, será fácil de entender que poder utilizar e os próprios níveis não são assim tão desafiantes. O jogo pode ser terminado no espaço de 3 a 4 horas conforme a vossa habilidade neste género de jogos, no entanto, uma coisa importante a referir é que para obterem o final verdadeiro, vão ter de se esforçar um pouco mais e colecionar umas medalhas as quais serão devidamente referidas no final do jogo.

Realmente é uma surpresa a qual não esperava, embora os trailers tinham-me deixado curioso em jogar, pensei que poderia ser mais um jogo a tentar imitar a série Mega Man, mas nota-se que houve um investimento bom e isso podemos ver na aposta do compositor Tee Lopes. Não podemos deixar de referir que os níveis não são excecionais e podem até ser um tanto repetitivos, os próprios inimigos podiam ser mais variados, vão acabar por derrotar todos de forma consequente do início ao fim. A única coisa que acaba por ser mais desafiante e diferente são as lutas contras os bosses, aí sim, vão poder contar com alguma originalidade e entusiasmo.

Para ajudar na longevidade, já referimos o facto de termos um fim alternativo mas também locais por descobrir mais tarde, há portas bloqueadas nos primeiros níveis os quais só podem ser abertas após obterem o orb específico para abrir, há também soldados da resistência para salvar e se conseguirem salvar 60 por cento dos soldados em cada nível, vão poder abrir outras portas que estão encerradas até que consigam esse objetivo.

É um indie que faz uma homenagem bonita a um clássico intemporal que chama tudo e todos a jogarem, aqueles que não têm prática vão certamente ganhá-la. Já os veteranos vão passar um bom tempo sem grandes frustrações porque a jogabilidade é realmente boa e acima de tudo divertida, especialmente quando progredirem, pois os poderes têm de ser trocados conforme os obstáculos que surgirem e a situação na qual se encontram!