Kunitsu-Gami: Path of the Goddess
Independentemente do que lhe chamamos, foi uma consola incrível que viu o aparecimento de tantos jogos, tantas séries, ideias completamente originais que ainda hoje são exploradas. Uma das companhias cujos jogos mais venerava na altura foi a Capcom, que, ao mesmo tempo que evoluía o que tinha criado na geração anterior, trazia coisas novas e diferentes como Devil May Cry, Monster Hunter, o icónico Okami e até mesmo Viewtiful Joe. Arriscava (regra geral com muito sucesso) e deixava-nos com vontade por ver o que trariam de novo.
Viagem ao passado feita, é neste espírito da Capcom dos anos 2000 que recebemos agora Kunitsu-Gami: Path of the Goddess, um jogo bem diferente ao que têm lançado nos últimos anos, apostando numa nova Propriedade Intelectual que vai buscar inspirações a jogos do seu passado. Quando apresentado pela primeira vez pensei que estava a ver um novo jogo de ação ao estilo Onimusha com a arte e mitologia de Okami, duas séries que parecem esquecidas. Em parte estava certo, no entanto, após embrulhar-me neste novo jogo senti que a parte de jogo de ação é, na realidade, algo secundário.
Viagem ao passado feita, é neste espírito da Capcom dos anos 2000 que recebemos agora Kunitsu-Gami: Path of the Goddess, um jogo bem diferente ao que têm lançado nos últimos anos, apostando numa nova Propriedade Intelectual que vai buscar inspirações a jogos do seu passado. Quando apresentado pela primeira vez pensei que estava a ver um novo jogo de ação ao estilo Onimusha com a arte e mitologia de Okami, duas séries que parecem esquecidas. Em parte estava certo, no entanto, após embrulhar-me neste novo jogo senti que a parte de jogo de ação é, na realidade, algo secundário.
A parte de jogo de ação surge ao controlar Soh, o protagonista e principal protetor de Yoshiro, que empunhando a sua espada enfrenta os vários demónios que nos tentam destruir. É uma tarefa árdua, mas, à nossa disposição, temos um conjunto de ferramentas para nos apoiar no combate como soldados que podemos recrutar, armadilhas e proteções que podemos erguer no cenário, entre todo um conjunto de melhorias que podemos aplicar aos soldados que nos apoiam, e não só.
Das coisas que mais me cativaram no jogo foi a estética, com raízes profundas no folclore oriental. O estilo artístico é muito bem explorado através da sua mitologia, tudo roda à volta de máscaras que são as responsáveis por transformar simples civis em soldados. É um tema bem explorado, coerente e encaixa na perfeição na história do jogo, pensado de igual modo como muitos outros clássicos da Capcom como os que já apresentei. Juntamente com os visuais há uma banda sonora que, mesmo longe de ser memorável, cumpre na perfeição o seu objetivo. O ponto mais curioso é talvez o voice-acting, ou melhor, a quase ausência do mesmo, tendo muito poucas falas no jogo o que acaba por dar um sentimento meio que retro.
Estas novidades constantes durante o jogo entreteve-me, nunca tinha um grupo de soldados fixos e ia sempre variando, de modo a lidar com diferentes tipos de criaturas e perigos. Não que tenha sentido grandes dificuldades, fora uma ou outra missão que tive de repetir anteriores de modo a poder melhorar Soh e os soldados, mas acima de tudo foi uma experiência bastante tranquila. É um jogo de estratégia tower defense puro e, apesar de tanta coisa, mantém-se bastante simples do início ao fim.
O meu tempo com Kunitsu-Gami: Path of the Goddess foi bom, bastante bom até, levou-me duas décadas atrás no tempo ao espírito de uma Capcom de então, trazendo consigo muita nostalgia. Não sei se será um jogo que vou repetir, penso que não há muito mais que ele me possa oferecer de novo, mas é um jogo que recomendo vivamente aos fãs de jogos de estratégia e, de forma geral, aos fãs da Capcom!
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 5, gentilmente cedido pela Ecoplay.