Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin (PlayStation 4)
Se há pouco tempo tivemos a análise ao primeiro jogo do spin off de uma das séries mais acarinhadas da Capcom, agora continuamos a jornada com a sequela que embora possa até não parecer uma continuação direta, a narrativa é, na verdade, ligada ao seu antecessor.
Se Monster Hunter Stories era um exclusivo Nintendo 3DS, Monster Hunter Stories 2 também chegou a ser por vários anos um exclusivo das consolas na Nintendo Switch, inclusive tinha comprado o jogo relativamente há pouco tempo e foi com surpresa que recebi para análise esta versão, o que deu para realizar uma comparação direta com ambas as versões.
Para deixarmos já de lado esta questão das versões, resume-se a duas coisas importantes que podem até definir a escolha de um jogador visto que o Wings of Ruin, visto que a versão Nintendo Switch pode ainda ser a opção para os leitores. As diferenças são simples: na Switch o jogo corre (no máximo) a 30 fps e é notável a diferença quando jogado na PlayStation 4 e 5, sendo que a Switch tem a vantagem da portabilidade da consola quando comparada com as restantes, a não ser que tenham uma Steam Deck, ao que este jogo é "Deck Verified".
Eu sou um amante dos jogos a correr a 60 fps, mas também confesso que me faz muita diferença ter vários jogos portáteis, facilita imenso especialmente nos dias de hoje em que temos bem menos tempo para sentar e jogar por horas a fio devido às nossas responsabilidades. No entanto cabe a vocês a escolha e como dito antes, a diferença entre as versões é simples, não há qualquer melhoria gráfica, apenas performance. As vozes podem ser em inglês ou japonês e no fundo, tudo é exatamente o mesmo, inclusive o facto de nas lutas podermos aumentar a velocidade a que estas decorrem.
Embora eu ache sempre importantíssimo qualquer jogo ter uma boa banda sonora ou bons sons, o Wings of Ruin também conta com uma OST espetacular e ponderada, cada situação conta com um tema em específico e traz aquela tensão ou aquele sentimento de exploração, então creio que seja um dos aspetos positivos e que considero sempre importante num videojogo. Um outro aspeto é o grafismo cell shading, tal como dito na análise ao primeiro jogo e aqui será sublinhado, de que um jogo em cell shading fica a ganhar muito, isto porque não fica datado facilmente.
Tal como no primeiro jogo, somos um Monster Rider e não um Monster Hunter, cavalgamos monstros e não os capturamos. O conceito é diferente tal como a jogabilidade, daí ser o spin-off Stories, que conta com uma narrativa plausível e aqui há uma linha a seguir, bastante interligada com o primeiro jogo, daí recomendar que terminem o primeiro e depois passem para o Wings of Ruin. Claro que não são obrigados a tal, podem jogar diretamente o segundo capítulo, no entanto, volto a frisar que não será a mesma coisa e seguramente é mais interessante começarem com o primeiro jogo. Até por uma questão de hábito no que diz respeito à jogabilidade, mesmo esta sequela incluindo novidades na jogabilidade, a forma base é a mesma, é um RPG por turnos como se estivéssemos a jogar pedra papel tesoura, um pouco mais elaborado.
As caravanas dos gatos também surgem neste título com o intuito de serem utilizados como pontos de fast travel e até de gravação, que diria ser sempre importante, pois vamos encontrar bosses que vão dar algum trabalho a derrotar. Mais complicado que o seu antecessor e mais interessante, pois vamos ter a opção de mudar de armas durante o combate e há todo um arsenal para ser utilizado e experimentado contra os monstros X ou Y. Há então aqui todo um estudo para obter o conhecimento adequado a cada um destes oponentes, além disso, vamos contar com a ajuda duma colega que estará sempre a cuidar bem de nós, demasiado bem acrescentaria.
Para resumir e fechar, Monster Hunter Stories 2: Wings of Freedom na versão PlayStation 4 e 5 foi lançada para aqueles que não jogaram previamente, ou então aqueles que compraram para Nintendo Switch e quiserem jogar uma versão mais fluída. A opção de repetir o jogo é vossa, mas aqueles que não jogaram têm aqui uma excelente nova oportunidade de jogar em mais formatos. Joguem na Switch, PC ou PlayStation 4 ou 5, aconselho a jogarem, pois o jogo é muito bom e interessante!