Ace Combat 7: Skies Unknown Deluxe Edition


São anos e anos a jogar vários títulos da série Ace Combat, até repetir alguns deles. O caso de Ace Combat 7 não é diferente, pois joguei em 2020 na altura do COVID, preso no sofá através do serviço Game Pass e, mais tarde comprei, por um preço pequeníssimo para a PlayStation 4. Desta vez tive a oportunidade de jogar o mesmo jogo na Nintendo Switch, após 5 anos do seu lançamento original e com a versão da híbrida da Nintendo posso afirmar com toda a segurança que foi amor à primeira vista.

Se não conhecem Ace Combat, resumindo de forma rápida, é uma série com muitos anos de vida e que nunca teve um concorrente capaz de fazer frente. Tal não significa que não existam jogos de aviões de guerra bons, temos, por exemplo Project Wingman que há uns dois anos joguei e adorei. Façam uma pesquisa e vão encontrar alguns interessantes em diferentes plataformas, mas Ace Combat 7 é muito provavelmente o rei dos céus.

Este é o sétimo jogo da série, ou pelo menos da sua linhagem original, isto porque a quantidade de jogos Ace Combat com títulos diferentes são imensos: temos um na 3DS; três na PlayStation original sendo um deles o magnífico Electrosphere; dois na PlayStation Portable o qual Joint Assault é o meu favorito da série. Há o exclusivo Xbox 360 Fires of Liberation (sendo o Ace Combat 6), um verdadeiro exclusivo e que é igualmente um dos meus jogos de eleição. Uma breve introdução da quantidade de jogos da franquia Ace Combat por explorar fora outros como referi, se nunca jogaram nada do género, aconselho a experimentarem. Eu cá sou suspeito e fui sempre fã de aviões de guerra desde muito novo, há um certo fascínio e vício e creio que isso já seja fácil de entender neste momento.


Como nunca tivemos uma análise de Ace Combat aqui no Meus Jogos, achei por bem fazer toda esta referência à série, pois creio que merece atenção e pode ser que, depois de lerem esta análise, fiquem com boa impressão e possam vir a experimentar. Ace Combat não é uma série difícil de aprender, não requer quase experiência alguma. Se a tiverem irá facilitar imenso, caso contrário, Ace Combat 7 é um bom ponto de partida. Queria mesmo referir que qualquer pessoa pode jogar Ace Combat, pode haver um certo receio de ser complicado de pilotar, mas não é verdade, um amador irá facilmente adaptar-se a este jogo, seja ela qual for a versão. No entanto, não recomendo jogar os primeiro títulos nos dias de hoje, estão extremamente datados e merecem um remaster ou mesmo remake.

Falemos de Skies Unknown para a Nintendo Switch, façamos uma vénia a este port que está quase brilhante, sem exagero algum, está magnífico e foi um prazer gigantesco voltar a um Ace Combat especialmente na Switch! Como iremos comparar versões, a mais importante neste caso será o seu desempenho e esta versão está fenomenal, com um grafismo e frame rate idênticos às restantes consolas. Está quase igual, e sei que falta esse quase nos momentos de maior tensão, especialmente na destruição de bases terrestres, existem ligeiras quebras de frame rate, mas isto experienciei apenas no modo portátil, não posso confirmar que na TV seja a mesma coisa.

Posto de lado as quebras de frame rate que são muito raras, o grafismo para uma Nintendo Switch está belíssimo, com visuais altamente fieis às outras versões não ficando a dever nada, visto que o potencial da Switch não é o mesmo. Não há qualquer resolução desfocada, embora se colocarem na dock a performance e resolução ficam mesmo no ponto e nota-se uma ligeira e muito pequena diferença.


Diria que o fenómeno desta versão é o modo portátil e, se haviam dúvidas de que podia funcionar corretamente, posso afirmar que foram dissipadas assim que comecei a jogar o primeiro nível do modo campanha. Eu fiquei boquiaberto e até senti um arrepio por esta versão estar tão bem otimizada e perfeitamente jogável, o vício instalou-se e confesso que tem sido muito difícil deixar de jogar quando tenho outros jogos para me dedicar. Ace Combat teve esse efeito em mim e pode mesmo criar em vocês, especialmente ter a oportunidade de agora jogarem portátil, caso tenham uma Switch.

Os outros detalhes estão também no ponto, a OST é das melhores da série, podem também alterar as vozes de inglês para japonês, o qual prefiro desde a obra de arte que é o Joint Assault. Como digo, o grafismo não é tudo, mas aqui dá tudo o que pode e não se vê qualquer renderização atrasada, não senti que a experiência fosse estragada com as tais ocasiões de quebras de frame rate que surgiram numa missão em que tinha de destruir por completo uma base terrestre.

Este é o meu segundo jogo Ace Combat favorito, não se trata de termos narrativos, porque é algo que nunca foi o seu forte e não é que haja um interesse grande nesse aspeto. Aqui o importante é realmente a jogabilidade, os aviões disponíveis, os seus upgrades, a variedade de níveis e missões, há todo um tipo de situações e acontecimentos que vão refrescando a jogabilidade, desde a possibilidade de inserir a mangueira para encher o depósito do avião como descolar ou aterrar na pista. Há todo um controlo daquilo que fazemos e com tempo todos ganham a sabedoria para pilotar e contra-atacar os inimigos, sejam eles terrestres ou no ar, é verdadeiramente emotivo.


Este port é uma espécie de milagre, funciona uma maravilha e poder ter um dos melhores jogos da série e do género portátil para jogar a qualquer hora quando quiser, é praticamente impagável. Fico feliz e honestamente adorava ver tantos outros jogos Ace Combat na Switch, já o referi antes, é uma série que merece muito mais respeito e admiração. É especial e está espetacular na Switch, é a oportunidade perfeita para jogarem Ace Combat, seja pela primeira vez ou novamente, mas agora no modo portátil!


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Playnxt.

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