Whalien

Puxar e empurrar para resolver puzzles e salvar uma nave-baleia de uma congestão.

Ernesto acorda para mais um dia de trabalho. É o último descendente do criador de uma nave baleia flutuante, feita para salvar a humanidade de uma vida miserável nas ilhas flutuantes que compõem este mundo. A humanidade, no entanto, escapou toda, devido à invasão de umas gosmas púrpura que estão a entupir e a destruir tudo por onde passam.

Após um breve tutorial de movimento, o jogo introduz-nos às nossas primeiras ferramentas de limpeza: luvas com a capacidade de puxar e empurrar objetos próximos. Ao fim de algumas peripécias, obtemos duas pérolas de conhecimento que nos permitem conduzir as mesmas ações, agora à distância. É dividido em níveis, tendo cada um deles uma série de puzzles juntamente com segredos que nos ajudam a descortinar a história completa. Os segredos estão, muitas vezes, escondidos atrás de pistas dadas pelos homens-mola e de interações fora do desenrolar direto da aventura.

Os homens-mola são robôs criados para facilitar a vida dos (agora ausentes) passageiros, encontrando-se ainda concentrados nas suas mundanas tarefas. Os diálogos com eles são cruciais para a continuação da limpeza (e piadas à fartazana). A qualquer altura está também conosco a AI da nave, desesperada por resolver o seu entupimento. Todos os diálogos e notas de contexto que vamos descobrindo têm piadas à base de rimas e trocadilhos, mantendo a leveza durante o jogo inteiro.

O estilo esgrouviado na arte e nos sons ajuda a complementar todo este conjunto de coisas que tornam Whalien divertido. Não é um jogo particularmente longo ou complexo e é relativamente curto, com algum entalhamento ou falta de clareza nalguns dos níveis por uma ou outra coisa menos aprimorada. Para além dos puzzles e segredos, há pouco incentivo a explorar o restante e pouco restante para explorar.