Fight'N Rage


Um dos meus géneros favoritos é o dos jogos de luta, e por isso costumo explorar lojas online em busca de jogos digitais baratos. É comum eu encontrar alguns beat’em ups que, embora não sejam incríveis, acabam sendo minimamente porreiros. Fight’N Rage é uma exceção nesse aspeto: desenvolvido por um estúdio uruguaio de apenas uma pessoa, este jogo é algo bem acima da média em todos os níveis. Descubram porquê nesta review!

Sim, uma só pessoa criou Fight’N Rage! A única exceção é a banda sonora que foi criada por Gonzalo Varela, compositor que surge no Spotify com a OST do jogo disponível e, tocando já no assunto, é uma banda sonora que pode não estar ao nível de Yuzo Koshiro, mas aplica-se de forma fantástica no estilo de jogo que é. Começamos com um ponto a favor e ainda sem falar de todo o conteúdo que este jogo tem para oferecer.

É evidente que a inspiração vem de Streets of Rage e Cadillacs and Dinosaurs, até pelo nome ou os mutantes contra quem lutamos, tudo isto demonstra o carinho do criador por essa época dourada dos beat’em ups mas, há mesmo muita coisa a dizer pois não se resume apenas a uma simples e curta campanha.

Sendo um beat’em up, há uma narrativa que é usada como pretexto para toda a pancadaria por entre 8 níveis com um boss final em cada um desses níveis. Existe uma variedade nestes níveis mas claro que as secções clássicas existem sempre, o que quero dizer com isto é, por exemplo, a subida do elevador e as suas paragens sistemáticas para lutar contra X de inimigos, o estar numa jangada e lutar contra inimigos múltiplos que tentam-nos derrubar para fora da jangada, etc. Ou seja, um jogo com cheiro a nostalgia, até os próprios inimigos são inspirados em personagens clássicos da franquia Street Fighter e inclusive os seus movimentos especiais, tal como os nomes de certos personagens, todo o jogo em si é um tributo aos anos 80 e 90.

Podem jogar Fight’N Rage a solo ou acompanhado por mais 2 pessoas, modo co-op local para a experiência derradeira, com 3 personagens à escolha com nomes engraçados e claro, como seria de esperar, as suas habilidades únicas. Ao progredir pelos níveis vão ganhar moedas, com estas podem comprar imensas coisas, desde personagens jogáveis a modos extra, fora o replay value ser enorme pois o jogo conta com múltiplos fins, há até uma opção no meu inicial que indica qual o fim que conseguiram e os que existem por desbloquear e, tenho a dizer que são mesmo muitos.


Falando dos modos de jogo, inicialmente temos disponível a campanha e pouco mais, mas com estas moedas que conseguirmos obter na progressão da campanha, o jogador vai ter a oportunidade de comprar os modos ausentes, entre eles o modo Score Attack, Time Attack e até o modo Training, podem igualmente comprar um modo CPU Partners para ajudar na aventura, existem mesmo muitos extras que podem ser comprados, até vestimentas para as 3 personagens principais. Há uma galeria de música para ouvirem a banda sonora mas, como dito anteriormente, aconselho a passarem pelo Spotify, está lá a banda sonora completa.

Não podia falta a secção dos achievements para quem tiver interesse e até uma opção com dicas para tirarem proveito dos melhores movimentos enquanto lutam, claro que há o modo treino para ser desbloqueado mas há um modo que já existia em SOR 3 de nome Battle Mode que consiste em lutas como se fosse um fighting game. As estatísticas também estão disponíveis para o jogador verificar todo o tempo de jogo e detalhes que tenha interesse.

A campanha é o prato principal e tal como referido antes, são 8 níveis variados que contam até com caminhos alternativos para obter os tais finais distintos. De referir que são 7 modos de jogo e sem falar nas opções de TV disponíveis, podem jogar de uma forma totalmente retro ou limpa adaptada aos dias de hoje, podem mesmo usar um ecrã como se estivessem diante uma CRTV ou uma máquina Arcade, são tantas as formas de jogar que o jogador terá muito para explorar e visualizar.


Devemos referir que estará disponível no verão uma versão física do jogo incluindo até uma edição especial. Estamos perante um dos melhores beat’em ups de sempre, divertido, longevidade fantástica, múltiplas opções e com finais alternativos, que demonstra ser possível criar jogos de alta qualidade com o seu aspeto retro e jogabilidade de extrema qualidade. Concluindo, há muitos jogos do género que são divertidos e satisfazem o jogador, mas nem todos podem estar no topo com nomes como Streets of Rage ou Final Fight. No entanto Fight’N Rage é soberbo e merece mesmo um lugar no pódio.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox Series X, gentilmente cedido pela BlitWorks

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