Os Nossos Jogos de 2022


Jogos do ano há muitos, mas poucos são aqueles que realmente nos marcam, por um ou outro motivo. Por isso mesmo, convidamos toda a equipa do Meus Jogos a revelar quais foram os que, pessoalmente, mais gostaram de jogar em 2022, independentemente da plataforma e se os jogaram para fazer uma análise ou não. Algumas das escolhas podem surpreender os nossos leitores!


Elden Ring

Bruno Santos

Foi um ano cheio de jogos e com muitas adições ao backlog, de indies a jogos grandes. Houve muitas aventuras e histórias, mas a menção especial do ano não poderia deixar de ser para o Elden Ring.

Ainda me lembro do entusiasmo com que abri o jogo, a 1a vez que morri e de muitas outras. Joguei-o com amigos e sozinho e até o "acabar" não pensava em muito mais nem jogava mais nada. Das histórias de tudo naquele universo, ao combate difícil, às experiências com armas e às gargalhadas com amigos foi definitivamente uma experiência que me marcou e que levou a arte dos videojogos para a frente. A mais Elden Rings.


Tunic

Gonçalo Martins

TUNIC foi para mim o melhor jogo que joguei em 2022. Alheio a tendências, influências ou prémios, TUNIC estabeleceu-se com inteira justiça como um dos melhores jogos que saiu em 2022. E isso não foi tarefa fácil dado ao caudal de “GOTY’s” que existiu na nossa indústria no ano transacto.

É uma ode aos jogos de outra época onde a mecânica principal que complementa a exploração e combate presentes no jogo acaba por ser colecionar as páginas do manual de instruções do mesmo e à medida que o vamos completando, vamos começando a saber o que fazer e para onde nos iremos encaminhar.

TUNIC junta a exploração de Legend of Zelda com o combate de Elden Ring e apesar do seu aspecto fofinho e meio infantil é desafiante e desafiador na sua exploração e incita a que o jogador explore um mundo livre de barreiras linguísticas ou preconceitos mecânicos. Nele exploramos, aprendemos, deduzimos, lutamos e no fim aprendemos, mais uma vez, que a melhor parte de uma história nem sempre é a sua conclusão mas sim a viagem que fazemos até à mesma.


God of War Ragnarök

Henrique Adão

Vamos começar com o óbvio. Em qualquer lista dos melhores jogos de 2022, certamente encontrarão God of War Ragnarök. E a minha lista não é exceção. God of War Ragnarök não só foi o meu jogo preferido de 2022, como é um dos meus jogos preferidos de sempre (top 3, muito provavelmente). Ragnarök conta com uma das narrativas mais bem contadas de sempre, um sistema de combate perfeito e gráficos que personificam a nova geração. É uma verdadeira montanha-russa emocional, repleta de momentos que me fizeram chorar, sorrir, festejar e refletir.

Horizon Forbidden West foi o outro título que me deixou boquiaberto em 2022. A sequela do aclamado Horizon Zero Dawn pode não ser tão impressionante como Ragnarök ou Elden Ring, mas a continuação da história de Aloy entreteve-me durante mais de 70 horas, que culminaram na minha 20º platina. Em Forbidden West não temos apenas uma grande história e um sistema de combate que acrescenta àquele que já tinha sido revolucionário em 2017, como temos também, na minha opinião, o jogo mais bonito de 2022. Tudo neste jogo é merecedor de admiração e até eu, que nunca fui esse tipo de jogador, me senti obrigado a fazer bastante uso do photo mode para capturar um vislumbre do belo mundo criado pela Guerrilla Games.

Quero acabar com uma menção a dois jogos que, ainda que não sejam tão grandes como Ragnarök ou Forbidden West (um deles nem é bem um jogo), marcaram o meu 2022. Começo com Stray, o jogo que finalmente me converteu numa cat person. Mas Stray é muito mais do que “o jogo do gato”. E enquanto que, para muitos, esse será o aspeto mais atrativo do jogo, o que os manterá agarrados à consola será a história extremamente comovente que o Blue Twelve Studio conseguiu criar, apesar de (ou, talvez, devido a) um gameplay simples e intuitivo e da ausência de personagens humanas. Termino com algo que, tecnicamente, nem é um jogo, mas sim uma DLC para um dos meus jogos preferidos de 2021. The Isle of Bigsnax, a expansão lançada este ano para Bugsnax, marcou, para mim, um regresso necessário à Snaktooth Island. Quando joguei Bugsnax em 2021, ele foi uma fonte de alegria, diversão e, sobretudo, escapismo durante um momento difícil e, este ano, The Isle of Bigsnax não foi diferente. Pode não ser a maior expansão de sempre, mas é mais de um jogo que eu adoro, e foi totalmente gratuita. Além disso, a platina de Bugsnax continua a ser aquela que mais me diverti a obter.


Yu-Gi-Oh! Master Duel

Ivo Silva

Não foi apenas um, mas dois os jogos que mais do que me divertirem, fizeram-me viajar pela memory lane. O primeiro deles foi o mais recente lançamento da série Yu-Gi-Oh, o chamado Master Duel. Já não jogava Yu-Gi, em qualquer uma das suas formas, há quase dez anos, quando me deparei com Master Duel na Switch. A nostalgia depressa se abateu sobre mim, à medida que rapidamente me apercebia de que as mecânicas do jogo tinham evoluído de forma exponencial. Foi interessante aprender os novos padrões do jogo(a última vez que joguei um jogo competitivo, as fusion cards ainda eram relevantes) e testar-me contra outros jogadores espalhados por esse globo afora.

O outro título que me fez viajar ao passado, fê-lo de uma forma ainda mais profunda, transportando-me para as distantes manhãs da minha infância. Captain Tsubasa Rise of the New Champions, permitiu-me rever velhos amigos e, via o seu story mode, reviver, agora comigo no controlo directo dos acontecimentos, a epopeia do jovem Tsubasa e da seleção Japonesa, na sua caminhada rumo ao Mundial de Juniores. Mais do que isso, deu-me a oportunidade de jogar pela primeira vez um jogo baseado nesta licença, uma vez que infelizmente nunca tinha tido a oportunidade de jogar os que saíram na NES e SNES em virtude de estes terem sido títulos exclusivos do Japão.


Elden Ring

Nuno Mendes

Este foi um ano que me deixou bastante feliz, recheado de imensas aventuras ideias para perder centenas de horas, ou milhares até, houvesse tempo! Desde jogos mais populares no início do ano como God of War para PC ou Pokémon Legends: Arceus, ao indie Chained Echoes que me tem acompanhado agora no fim do ano, não houve um único mês que não pegasse num RPG, nem que fosse intercalando com a minha visita habitual a Final Fantasy XIV: Endwalker.

Além destes, um dos primeiros que me marcaram foi Triangle Strategy, um jogo onde a narrativa é o mais importante, com imensas escolhas que moldam a história e o final deixa-nos com vontade de começar de novo e tirar partido das mecânicas que desbloqueamos ao terminar. Tal como Live A Live a SquareEnix apresenta-se bem capaz de mostrar que estes jogos mais clássicos ainda nos conseguem dar excelentes surpresas! Saltando para algo mais moderno Xenoblade Chronicles 3 marcou-me mesmo muito, pela história e principalmente as personagens, que vão muito além da equipa de 6 heróis, ou até pela sua banda sonora viciante.

No meio destes grandes jogos aquele que mais me surpreendeu, e agarrou por completo foi Elden Ring, que de vez em quando tenho saudades de o jogar! Nunca fui dos maiores fãs dos Soulsborne, admito, mas este entregou algo de extraordinário. Um mundo aberto recheado de surpresas, de ilhas flutuantes a masmorras e cavernas que nos parecem levar ao centro do planeta, com imensos desafios “impossíveis” mas que nos dá as ferramentas necessárias para os ultrapassar, convidando qualquer fã de jogos de aventura a explorar as Lands Between. Termino com uma deixa, já que saiu este ano em todas as plataformas, joguem Persona 5 Royal, outro RPG “à antiga” que espero que vos marque tanto como a mim.


Fashion Police Squad

Patrício Santos

Assim que fui desafiado a falar num jogo de 2022 que faça parte dos melhores, eu não podia ignorar a maior surpresa de sempre: o indie Fashion Police Squad. Um jogo que me deu uma nova vida, um sorriso gigante de alegria, um prazer que já não sentia há mesmo muito tempo, apesar de ter sido um bom ano, eu não tenho qualquer dúvida que poucos são os jogos que coloco a frente do brilhante Fashion Police Squad. Sei perfeitamente que é muito difícil a grande maioria dar-lhe uma oportunidade, especialmente por ser um indie que não recebeu a atenção desejada e que merecia, ainda por cima por não estar em consolas sendo totalmente exclusivo PC.

Se tiverem oportunidade, aproveitem e joguem um dos melhores do ano, a diversão está garantida de início ao fim, o desafio é de mestre, a originalidade é brilhante, as referências são de luxo, Fashion Police Squad é uma dádiva da indústria dos videojogos que deveria estar no topo dos Top’s de 2022.


Marvel Snap

Pedro Almeida

E lá se passou mais um ano de muita jogatina à mistura. Um ano que embora para mim não tenha trazido títulos memoráveis, ainda foi capaz de me fazer agarrar nuns quantos que vou passar a partilhar, sem nenhuma ordem especial de favoritismo. A título mobile, embora também possa ser jogada na Steam, o Marvel Snap agarrou-me pelos colarinhos e manteve-me colado ao monitor do meu telemóvel com o seu conceito simples mas eficaz de dar umas boas cartadas contra pessoas de todo o mundo. Ainda que muito longe de ser um expert na matéria de montar bons decks, todas as combinações possíveis entre cartas, as cartas variants de artistas que vou acompanhando na rede social azul, e a vertente de subir no ranking é uma mistura impossível de dizer não.

Outro título que não posso deixar passar é o Chained Echoes, pelo sua genialidade em termos de pixel graphics, uma história interessante que promete manter entretido quem por lá passar um bocadinho de tempo. A jogabilidade turn-based também vem sendo uma vertente que cada vez mais me tem interessado e nessa medida, não fica atrás de títulos do mesmo género.

Pentiment, apareceu um pouco aos trambolhões no meio de tanta apresentação de Triple A's, mas que surpreendeu toda a gente pelo lado positivo. Uma história repleta de mistério com apontamentos que retratam momentos da história da humanidade de maneira sublime e super interessante.

Gostaria de deixar a ressalva a títulos como A Plague Tale: Requiem, nunca antes me sentira tão desconfortável a jogar um jogo como me aconteceu com este (mas joguem que é muito bom), Return to Monkeys Island e toda a nostalgia envolta na sua aventura Point & Click e Metal: Hellsinger que deveria sem dúvida ter ganho o prémio de melhor banda sonora.


Xenoblade Chronicles 3

Telmo Couto

As pessoas têm um certo vício por ciclos, e o fim de um ano puxa sempre pela retrospetiva... Num ano recheado de novos pokémon para capturar, multiversos de bruxas a lutar, sequelas épicas de grandes títulos e outros completamente originais, Xenoblade Chronicles 3 foi o que mais me marcou em 2022. Um memorável JRPG que, à primeira vista, pode desmotivar pelos imensos tutoriais e informações no ecrã de batalha, mas fica na memória pelo seu fantástico elenco de personagens e uma surpreendente história sobre a vida, os ciclos da vida... onde até os NPCs têm histórias tão envolventes como as dos vários protagonistas. Isto para não falar da fantástica jogabilidade com o seu complexo, mas muito viciante sistema de combate!

No meio de tantos AAA de alto gabarito, porém, houve também um indie que me deu um enorme prazer a jogar, desde os primeiros momentos até aos créditos finais. Chama-se Lost in Play e é uma verdadeira delícia para quem gosta de aventuras gráficas e contos infantis, parecendo mesmo um filme de animação.

Finalmente, não posso deixar de mencionar um jogo que me tem acompanhado quase diariamente desde o seu lançamento, há cerca de dois meses. Sim, é verdade, ando viciado no Marvel Snap, que tem mantido uma boa frequência de novos conteúdos e assim promete continuar... Oh, snap!



Ano Novo, Jogos Novos... quais deles nos irão marcar o ano de 2023?

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