Primeiras Impressões: Fire Emblem Engage


Sei que a percepção da passagem do tempo é por vezes uma coisa estranha…, mas passaram-se apenas 4 meses que Fire Emblem Engage foi anunciado, com lançamento já dia 20 de janeiro! O mais recente título da série de RPG tático que acompanha a Nintendo há mais de duas décadas, onde tenho investido o meu tempo recentemente. Estas vão ser as minhas primeiras impressões do jogo, com base nos primeiros capítulos, onde já me sinto preparado para todas as horas de jogo que terei pela frente.

Horas que se desdobram no dobro ou triplo ao jogar no modo Classic como a série é conhecida, onde a morte das personagens é definitiva. O menor descuido e ficamos sem aquela personagem favorita, levando-nos a recomeçar o combate de novo. Dito isto, e como não quis todo este stress para começar o ano, acabei por jogar em Normal e escolher o modo Casual onde não morre ninguém, algo que já não é propriamente novidade na série. Nesta nova aventura acompanhamos Alear, o Divine Dragon cujo design de contrastes azuis e vermelhos é bastante moderno, mas este é um jogo mais clássico ou tradicional da série, quando comparado com os mais recentes títulos.


Tradicional pois o foco em Engage são mesmo os combates, eliminando muito da exploração ou atividades secundárias como tínhamos em Three Houses. Cada capítulo conta com uma batalha, seguido por uma pequena área onde podemos conversar com as várias personagens e apanhar preciosos itens. Pelo meio surgem combates e capítulos adicionais, preciosos para subir o nível das nossas personagens. O combate é tal e qual como o conhecemos, com o sistema “pedra papel tesoura” nas armas, arcos e flechas que destroem qualquer coisa que voe e a magia continua a eliminar tudo ao mínimo esforço. A grande novidade e ponto principal deste título são os Emblems: 12 heróis retirados dos outros jogos da série, que garantem poderes únicos a quem os equipa.

Lembra-se dos Mirages de Tokyo Mirage Sessions #FE, que unia Shin Megami Tensei a Fire Emblem? Têm isso aqui, agora com personagens que não passaram por transformações radicais. São os Stands de JoJo Bizarre Adventure ou os Personas de… Persona. Espectros voadores que combatem ao lado dos seus portadores onde podemos usar a mecânica Engage para fundir o Emblem com quem os tem equipado, mudando o seu aspeto e dando-lhes habilidades especiais bastante fortes, que podem então ser usadas uma vez enquanto invocados. Ao final de alguns turns esta fusão termina, podendo mais tarde voltar a fazer Engage e não há quaisquer motivos para não os fazer. Tudo isto acaba por tornar o jogo bem mais fácil, sendo que pelo menos nestes primeiros capítulos ainda não tive uma única personagem derrotada, mas, para um maior desafio, temos sempre a dificuldade Hard e o modo Classic.


Também ajuda o facto que são sempre muitos os combates adicionais em cada capítulo, com bastante experiência, itens e dinheiro para comprar ou melhorar o nosso arsenal de armas, batalhas que tenho aproveitado até porque, sem elas, os recursos são algo escassos. Não que sejam obrigatórios, mas qualquer ajuda para evitar que as nossas personagens percam em combate é valiosa. Mesmo o dinheiro é um recurso muito escasso se nos focarmos apenas na história principal e, se forem como eu e gostarem de ter cada personagem munida de diferentes armas e poções, vão precisar bem destes combates extra.

Há muito a dizer ainda e isso guardo para a análise em si, mas Fire Emblem Engage tem-me dado horas a fio entre combates e história, que com a sua estrutura linear e praticamente sem exploração aproxima-o muito aos jogos da série que encontramos na Game Boy Advance, com algumas novidades pelo meio.

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