Vengeful Guardian: Moonrider


Começamos o ano da melhor maneira: Vengeful Guardian: Moonrider é um espetacular indie inspirado no clássico Ninja Gaiden com uns sprites belíssimos e uma banda sonora impactante, este é já um dos meus jogos favoritos do ano.

Para que possamos falar bem, temos de apontar já o que está menos bem neste fantástico side scroller que, como é costume neste tipo de jogos, é algo que sabe a pouco. É um jogo curto, bastante curto e muito rápido de passar, é claro que há todo um replay value para obter todos os itens que servem de auxílio ao jogador, no entanto é apenas isso, é um jogo realmente curto, começam um novo jogo e quando dão por ela estão no boss final num piscar de olhos. Agora que falamos na parte mais negativa se é que podemos apontar o dedo como tal, passemos ao que realmente tem de muito bom e especial este Vengeful Guardian: Moonrider.

Antes de mais nada gostaria de pedir aos leitores para assistirem ao trailer de lançamento do jogo, é brilhante, para aqueles que viveram os anos 80 e 90, o anúncio é fascinante e nostálgico, é um obrigatório ver pois é uma homenagem do mais pura que há àquilo que vivemos nesses tempos áureos daquela mistura de ninjas com samurais e ciborgues com música eletrónica bem patente dos 80’s, maravilhoso, é ver para crer:



Como qualquer outro filme ou videojogo dessa época dourada da cultura pop, somos um ciborgue que tem de derrotar 8 bosses que também são ciborgues e que têm o intuito de conquistar, o objetivo é simples, evitar que isso aconteça. Tal como um Mega Man, temos primeiro o nível, vamos ter pelo meio um Mid-Boss, no final encontramo-nos com o boss final, assim que terminarmos, segue a sequência. Referido anteriormente, é exatamente como o clássico Mega Man, temos as caras dos 8 bosses a eliminar, cada um tem o seu atributo especial que ganhamos para equiparmos e seguir caminho até ao final do jogo.

A ideia é essa, desde o início, não há que enganar, uma homenagem aos clássicos desafiantes, e é aqui que posso deixar uma crítica da minha parte, embora seja inspirado em todos esses jogos do qual passamos horas a fio para ver o final, em Vengeful Guardian: Moonrider a dificuldade normal só será um desafio para aqueles que não costumam jogar muitos videojogos, talvez com algum treino até consigam ultrapassar o pior dos piores que é na verdade o boss final e mesmo assim, o desafio não é grande, isso pode desapontar alguns fãs do género, no entanto há a sensação real de progressão, também não se deseja a frustração que tivemos ao tentar passar o primeiro Mega Man ou o próprio quase imbatível Ninja Gaiden da NES. Portanto, este não é um jogo difícil, bastante equilibrado e simples, os mais veteranos vão passar isto sem dificuldades.


No que diz respeito aos níveis, todos eles são variados, é algo que aprecio imenso, geralmente, a originalidade já não é o que era, já joguei tanta coisa que é muito difícil impressionarem-me, há que haver um esforço, algo que me cative, tal como aconteceu com o indie Fashion Police Squad, o que quero dizer com isso é que efetivamente este cumpre os requisitos e os níveis estão fabulosos, se existe o típico nível na água, podem aguardar por um em que vão ter de andar de mota e a disparar contra os inimigos que vos perseguem, vão até ter de correr por um nível com um mecha que disparar constantemente rockets enquanto avançam entre tiros e obstáculos com inimigos, até pelo ar, tal como acontece em outros jogos retro, em que o jogador tem de estar atento e ser paciente para dar cada salto sem tropeçar.

Há pelos níveis os itens escondidos que são na verdade os micro chips. Estes micro chips servem para o jogador ter por exemplo a possibilidade dar um salto duplo, uma armadura para receber menos danos, um chip que possibilita o jogador ganhar saúde com cada inimigo que aniquilar, o aumento de MP de forma gradual, o que na verdade mantive os dois primeiros que mencionei pois questões sobre a saúde ou o MP não foram críticos pois o jogo para além de ser relativamente fácil também conta com muita saúde e MP espalhados pelos níveis.


 
Os visuais são belíssimos, a banda sonora estrondosa, especialmente para a parte final, parece que somos transportados para os anos 80, tudo está impecável em termos de estética e som, o próprio design dos inimigos está muito bom, alguns mais genéricos que outros no entanto no geral, é realmente bom, nesse aspeto, os jogadores vão ficar apaixonados e tomara que todos os jogos baseados nestes clássicos tivessem o mesmo aspeto.

Para resumir o que foi dito em poucas palavras, é um jogo que bebe imensa inspiração nos clássicos mas com a produção do presente, juntando o melhor de dois mundos, a qualidade visual mais perfeita possível da era dos 16 bits com uma banda sonora marcante e uma jogabilidade rápida e fluída sem deixar o jogador frustrado, este é um indie imperdível para tudo e todos.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela JoyMasher & The Arcade Crew

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