LONE RUIN


LONE RUIN é mais um dos casos de novos títulos action rogue like que a industria nos tem brindado nestes últimos tempos. Ambientado sobre ruinas mágicas com uma palete de cores que se mistura entre os tons de rosa, roxo e azul, a premissa principal deste título é a de encontrar um poder antigo, enquando se vai desbravando arenas repletas de inimigos.

Na verdade, a narrativa é praticamente inexistente. O jogador é brindado apenas com pequenos excertos de cut scenes, onde é incumbido de se aventurar nas míticas ruinas para encontrar o poder mágico que se encontra no último nível. Serve apenas para apresentar o tom de todo o ambiente vibrante, embora repetitivo, em pixel art. As cores usadas são confortáveis e não cansam em demasia a vista, no entanto, por vezes é algo complicado descodificar onde estão os ataques dos inimigos, ou até mesmo os próprios inimigo, já que é bastante provável acabar-se com o ecrã bastante cheio.


Ao contrário da narrativa, o gameplay é bastante completo e o foco principal dos developers. A atenção ao replay value inerente a novas runs e novos poderes mágicos que a personagem pode disferir é sem dúvida onde se encontra toda a diversão deste título. Poderes como bolas de fogo, cortinas de picos de gelo, entre outros, fazem parte de uma panóplia interessante de combinações diferentes e que deixam em aberto toda uma estratégia que se pode delinear entre runs, pela via de escolha dos diferentes powerups.

Tal como em títulos como Hades, impossível não fazer esta referência, assim que se termina uma arena é possível escolher uma de duas portas, cada uma referente a um upgrade de uma habilidade mágica, a possibilidade de adquirir uma nova habilidade mágica, dinheiro, ou ainda habilidades passivas que ajudam o jogador na sua demanda. Como em todos os Roguelikes, a morte equivale a recomeçar nova run e a perda de todos os power ups anteriormente capturados. Cada run é uma aventura diferente, onde pequenos ajustes no aproach a inimigos fazem toda a diferença e tornam a curva de aprendizagem mais interessante.


Existem dois modos de jogo, o modo que segue uma linha de história, ainda que quase inexistente como referido anteriormente, e onde também é possível ter os encontros contra Bosses. E o modo survival onde a premissa será a de derrotar waves de inimigos que ficam cada vez mais fortes à medida que o tempo passa, até o relógio bater nos 0 minutos. Ambos os os modos têm online leaderboards e é sempre possível comparar os scores com amigos.

Aqui talvez esteja o tendão de Aquiles de LONE RUIN, a sua durabilidade. Ainda que apresente o modo survival, o modo história acaba de maneira bastante abrupta apresentando apenas 3 bosses diferentes e uma variedade de inimigos um tanto ou quanto escassa. Em cerca de 30 minutos foi-me possível chegar aos créditos na dificuldade média. De longe me considero um jogar hábil, ainda que roguelikes estejam num cantinho bastante quente do meu coração. Portanto um jogador dito "mediano" também não terá quaisquer problemas em fazer tal proeza. Algo que é realmente possível melhorar com alguns updates quem sabe no futuro e que tornem este um título ainda mais variado e divertido.
 

LONE RUIN é divertido para sessões de jogo pequenas já que é curto até mesmo para o seu bem e ao juntar à falta de conteúdo fazem uma combinação que deixa um pouco a desejar. A experiência de certa maneira é salva pelo loop divertido, acompanhado por uma banda sonora demarcada de batidas que ficam na cabeça.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Super Rare Originals

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