UnMetal


Uma paródia do Metal Gear original lançado na NES, UnMetal é um indie fantástico completamente inspirado nos jogos da era dos 8 bits e com muito, mesmo muito humor à mistura e referências a filmes e jogos da época. Um jogo que irá deliciar os mais saudosistas nascidos nos anos 80 que viveram a ação explosiva e as frases cheesy que ficaram famosas e ainda hoje nos fazem rir e até mesmo usar expressões, é no fundo, uma viagem no tempo.

A narrativa é contada de forma original, o protagonista é Jesse Fox, de aparência, é basicamente o lendário Snake da série Metal Gear Solid, que é abatido por um capitão americano devido a este pilotar um apache russo. Assim que se encontra na sala de interrogações, Jesse Fox passa a contar o que se passou, ou seja, vão jogar e ouvir a história.


O mais engraçado é a forma como conta e, conforme vai contando, os cenários são construídos, inimigos colados em certos sítios, e há momentos em que temos de tomar decisões dentro de segundos. Por exemplo dizer, que o soldado estava com a arma apontada ou se estava na verdade a dormir, obviamente a opção a escolher é a do soldado a dormir profundamente para que possam prosseguir com o soldado a dormir, mas há imensos momentos de escolha como este. Conforme o que escolherem, será o que virá a seguir, por isso as escolhas terão de ser muito bem ponderadas.

No que diz respeito ao gameplay, é precisamente igual ao Metal Gear lançado na NES, visto de cima e em 2D. Este é um jogo de ação e que mistura uns elementos pequenos de RPG com um sistema de subida de nível e combinações de itens para no fim, obter um item necessário para a progressão. Podemos dar o exemplo dos rádios, em que vão ter de combinar peças para construir e depois fornecer ao coronel que, tal como em MGS Portable Ops, encontra-se na cela e, ao facultar o rádio, vão ter a possibilidade de comunicar juntos, surgindo um ecrã verde ao estilo do codec tal como nos jogos da franquia MGS. 


Os movimentos e botões de ação são simples e isso ajuda a qualquer pessoa jogar sem receio de complicações, tornando-se num jogo indie acessível a todos e sem puzzles demasiado confusos para não andar às voltas. Vão poder dar socos nos inimigos, revistar os inimigos e também pegar nos corpos e esconder num local seguro sem dar nas vistas.

Vão enfrentar vários bosses de forma estratégica e divertida como original, faz algum tempo que não tinha jogado um indie tão bom que me agarra seja na TV como no modo portátil, embora os pontos de gravação até que são recorrentes e esses, encontram-se na casa de banho, mais precisamente nos urinóis, onde o jogo poderá ser gravado, até porque o jogo tem uma longevidade de 8 a 10 horas o que é excelente porque o jogo é realmente bom.


Há muito a falar sobre UnMetal e o quão bom está, é um jogo que merece aplausos por todo o trabalho e empenho a olhos vistos de toda a sua inspiração, seja na jogabilidade, na inovação, na diversão, no próprio grafismo e as cutscenes, a forma como nos é narrada a história, é um jogo que irá marcar qualquer jogador, principalmente alguém que tenha vivido de forma mais intensa os anos 80, porque referências, são quase infinitas e fazem toda a diferença para progredir sem acabar aborrecido com o jogo.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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