Call of Duty: Vanguard


Todos os anos a franquia COD traz um novo jogo, seja a Treyarch, Infinity Ward ou a SledgeHammer, que é o caso deste ano, uma equipa mais focada Segunda Guerra Mundial. Eis o novo Call of Duty: Vanguard, em busca de deitar abaixo o “império” Nazi que tentou conquistar o mundo. Será que este tema está mais que batido, ou até acaba por ser um novo sucesso?

Sabemos que COD não muda muito e este não é exceção, embora tentem inventar algo para uma lufada de ar fresco, o gameplay e o grafismo será o habitual, com algumas novidades na narrativa a acompanhar, onde cada personagem terá direito a contar o seu passado e levar o jogador a viver esses momentos. Caso para dizer que a história no "presente" é apenas a sobremesa.

Tudo começa com uma equipa de soldados unida numa missão com muita intensidade até que os nossos heróis encontram um general nazi e os captura. Após serem capturados, vão sendo interrogados, conforme o interrogatório, joga-se uma missão ou duas dessa personagem, ao estilo do que acontecia em Gears of War: Judgment da Xbox 360. Não estou a dizer que ficou mal, pelo contrário, penso que a ideia foi boa para mudar um pouco a forma como a narrativa é contada num jogo COD, além de que é a oportunidade perfeita para dar a conhecer as personagens. Cada personagem tem uma especialidade, por exemplo Polina, a nossa personagem feminina Russa, carrega uma Sniper e terá de derrotar os inimigos a longa distância, a própria campanha é muito focada nisso, já outras personagens terão por exemplo a especialidade nos explosivos, comandar a equipa ou até pilotar aviões de guerra onde vão realmente sobrevoar o oceano derrotando japoneses no Pacífico.


No que diz respeito aos níveis, grande parte deles são bons e os momentos tensos existem, no entanto a campanha é como sempre, muito curta, com uma duração de 5 horas tal como a maior parte dos jogos da franquia. Se há algo fantástico neste novo jogo é mesmo a banda sonora, há muitos anos que a série COD não tinha uma tão elaborada, mas claro que podem esperar “mais do mesmo”, é bom sim, mas não é revolucionário, tudo continua scriptado com checkpoints perto dos acontecimentos importantes e é, como referido antes, mais um COD.

O jogo não tem a magia de outros dedicados à Segunda Guerra Mundial. Os nazis, por exemplo, pouco falam em alemão, foi um pormenor que me saltou ao ouvido quando comparado com jogos anteriores da série, ver os russos entre si falarem em inglês foi um pouco desapontante e seria mais fiel ouvir em Estalinegrado a língua russa. Isto são detalhes que para alguns pode até nem significar muito mas, como fã da série, não deixa de ser desapontante.


Passemos ao modo multijogador, no qual gira um pouco em torno do mesmo, o que aqui acontece é a possibilidade de destruir algumas paredes com as balas o que dará vantagem a muitos dos jogadores para se aproveitarem destes locais de forma a atingir os seus inimigos. Já os modos, um que terei de destacar é o Control Mode, onde uma equipa terá de estar a ocupar um determinado espaço ambulante, ou seja, é necessário ocupar um círculo e torna-lo da nossa cor e mantermo-nos dentro desse círculo enquanto este avança lentamente para outras direções. O modo multiplayer resume-se a mais do mesmo, se gostam dos anteriores, vão gostar deste. Mas há uma grande novidade.

Eis que temos um novo modo Zombie, um modo que por mais vezes que jogue nunca deixa de ser divertido. Aqui, os jogadores vão ter sempre uma “sala” que neste caso se trata de uma praça de encontro com os jogadores da sua equipa. Aqui, o jogador deve efetuar upgrades às armas e à própria personagem com perks, isto conforme vão eliminando os inimigos e ganhando assim pontos para tal efeito. Agora os jogadores têm de atravessar portais para outros níveis com objetivos específicos como manterem-se vivos por um determinado tempo numa sala pequena, ou então derrotar os zombies e recolher um número de "rune stones" que é pedido. No fundo, é um modo para derrotar zombies sem conta, mas perde algo interessante de outros "modos Zombie", que era o desbloqueio gradual de níveis atrás de níveis e novas armas com base na pontuação.



Para os fãs desta série, o novo Call of Duty: Vanguard não irá, certamente, desapontar, mas infelizmente também não vai surpreender. Falta-lhe algo para entusiasmar as pessoas como alguns COD conseguiram no passado.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PlayStation 4, gentilmente cedido pela PlayStation Portugal.

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