The Lightbringer apresenta-nos uma história simples, onde os habitantes das terras que exploramos souberam usar a energia de monólitos com séculos de existência, até que a ganância de um clã levou um desses monólitos ao extremo e libertou uma corrupção, que se assemelha a uma espécie de viscosidade que pode ganhar várias formas, como estranhas criaturas. Pelo meio surgem os Lightbringers, escolhidos para usarem o poder de curiosos cubos luminosos que combatem essa corrupção, mas algo acontece e a irmã mais velha do nosso protagonista é tomada pela corrupção, cabendo a nós vestir o manto de Lightbringer e não só salvar o mundo como resgatar a nossa irmã.
A exploração que temos pela frente é dividida em pequenas ilhas cheias de enigmas, armadilhas e criaturas para enfrentar, onde estamos munidos com um bumerangue bastante versátil que tanto serve de arma como para premir “botões”, abrir caminho, resolver puzzles… De tudo um pouco. Um jogo que se torna imensamente acessível e ideal para quem procura uma aventura cheia de enigmas, mas sem ter de lidar com alguma pressão ou stress. O resultado é uma jogabilidade é simples, tranquila, onde até mesmo as lutas contra bosses são algo relaxadas, e os perigos que encontrei basearam-se mais em cair à água do que ser propriamente derrotado por algum inimigo. Pois por vezes não conseguia ver onde estava, embora exista uma silhueta para quando estamos detrás de alguma coisa, em várias ocasiões ela não aparecia. Ou em várias ocasiões media mal o salto, mesmo havendo um botão de correr cuja diferença é tão mínima que me esquecia de o carregar.
Foram coisas que mais depressa se queixava de aselhice minha do que propriamente o jogo em si. Há uma boa atenção ao detalhe, as ilhas mesmo que pequenas, estão cheias de caminhos para explorar, segredos e masmorras que nos fazem abrir caminho pelas ilhas. Há personagens que vamos encontrando que podem não ter utilidade, mas dão uma certa vida aos cenários. E também nunca estamos sós, pois o espírito da nossa irmã (apelidada apenas de Sister) acompanha-nos através de uma narrativa do que temos pela frente, sempre através de rimas.
Já pelo meio da aventura senti que faltava um pequeno abanão para ver se mudava um pouco o ritmo dele, mas o ritmo manteve-se o mesmo até à última. Mesmo os cenários, embora explorando temas diferentes, mantiveram-se muito em arquipélagos simples, embora eficazes. O problema é que me lembrava sempre de “uma versão light” de Legend of Zelda: Wind Waker, fosse pelo estilo artístico, o estilo de puzzles, ou até mesmo o primeiro boss ser em muito parecido um dos primeiros bosses de Wind Waker. Dito isto foi algo que consegui ignorar e apreciar The Lightbringer pelo que é.
Resumidamente, esta é uma aventura que mesmo algo curta, está recheada de coisas que nos abrem a curiosidade para o que se segue, para os cenários que nos esperam nos níveis seguintes. Ela quase que nos empurram para explorar todos os cantos dos mapas, mesmo os mais escondidos.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Mountain Giant PR