Ruined King: A League of Legends Story


"Ruined King: A League of Legends Story" chegou sem grande aviso a todas as plataformas de entretenimento. Desenvolvido pelo estúdio Airship Syndicate, o mesmo responsável pelo título "Battle Chasers", une desta feita o universo extenso de League of Legends, numa visão isométrica sobre o seu mundo, com mecânicas de combate por turnos e com tudo a que um RPG tem direito.

Este título conta a história de Viego, o "Ruined King" e o seu impacto em Runeterra, o mundo de League of Legends. Tudo começa com o jogador a interpretar o papel de Sarah Fortune, mais comummente chamada de Miss Fortune, pelas terras de Bilgewater. Bilgewater não é propriamente um sitio afável… Muito pelo contrário, é marcado pela violência, ou este não fosse um ponto de encontro entre piratas dos setes mares e os seus respetivos gangs de perna de pau.

Miss Fortune quer unir os gangs rivais de Bilgewater e formar um grande grupo entre eles. Para iniciar este processo, executa o capitão do gang rival, Gangplank, ou assim o espera. No meio destes eventos a maldição que afeta Bilgewater chamada de "Harrowing", regressa com efeitos nefastos para o gang de Sarah. Esta praga consiste numa névoa fantasmagórica composta por espíritos atormentados com o intuito de massacrar os mais desprevenidos. É aqui que o jogador entra em ação, na tentativa de combater esta névoa das imediações da cidade e ir até à raiz do problema, as "Shadow Isles".




Todo o mundo entre "Bilgewater" e "The Shadow Isles" é caracterizado pelo seu belíssimo artwork que, entre cutscenes, se vai abrindo ao jogador e contando as histórias das seis personagens jogáveis.

É super interessante ver todas as interações entre personagens, que se vão conectando, entrelaçando e expandindo em breves momentos no decorrer da exploração do mapa, em ocasiões onde o grupo tira breves instantes para descansar ou para uma refeição. Quem diz que não pode haver amor no mundo de League of Legends? Ainda se torna mais interessante pelo facto de todas estas cutscenes terem voice acting.

Não é necessário ter qualquer tipo de contacto com o "Lore" de League of Legends para se apreciar a história de Ruined King, no entanto, para quem está por dentro do assunto é prazeroso em certos momentos ter certos apontamentos de personagens que não estão presentes na aventura e que consequentemente adocica os sentidos dos jogadores.

O combate, embora interessante, não apresente nada de novo ao género, apenas uma mecânica de "Lanes". No inicio de cada combate é apresentada a ação que será aplicada em cada "lane fase" que essencialmente adiciona um buff ou um debuff à batalha. É assim possível adquirir buff's de "critical change", recuperação de vida, "haste", entre outros, e debuff's de veneno que causam dano ao longo do tempo. De notar que esta "laning fase" é aplicada tanto a membros do grupo como aos inimigos, de maneira que existe toda uma estratégia por de trás do simples combate para posicionar personagem X dentro desta àrea. Do outro lado também existem habilidades que permitem a uma personagem empurrar o inimigo para fora desta área, impossibilitando-o de receber a tão esperada ajuda do buff. 




Posto isto, existem habilidades de ataque normal, habilidades mágicas que ajudam no desenrolar do combate, habilidades de Lane que como indicado anteriormente colocam o jogador dentro das áreas de Lane e a habilidade "Ultimate" que se diferencia entre as personagens, entre habilidades atacantes ou defensivas. Algumas destas habilidades usam a barra de "mana" apresentada por baixo da barra de vida das personagens e o "Ultimate" é carregado entre turnos. De facto achei que a barra de Ultimate carrega muito rápido e até mesmo em dificuldades mais elevadas não é jogo necessariamente difícil, não só por esta razão mas no seu global. 

Tal como em League of Legends, o MOBA, existem itens divididos entre defesa como armaduras, ataque como as armas, anéis e fios que possibilitam personalizar as estatísticas das personagens da maneira que o jogador pretender. Não poderia faltar as Habilidades e as Runes que ajudam a acentuar as escolhas feitas.   




As áreas estão trancadas relativamente ao nível dos inimigos, quero com isto dizer que se o jogador passar numa área que já tenha passado anteriormente, mas com o nível das personagens elevado, o mesmo não acontecerá aos inimigos que por lá divagam.  

Relativamente a coisas menos positivas, a performance na Nintendo Switch é por vezes fraca, os tempos de carregamento são de certa maneira grandes e a interface do Menu é algo confusa. Toda a vez que se abre uma aba no Menu ou até mesmo o mapa numa área diferente, aparece a pergunta: "Queres assistir ao tutorial?". Esta opção mesmo clicando no "Não" dezenas de vezes, não é desativada. É realmente algo frustrante.  




É de se tirar o chapéu o trabalho que a Riot está a desenvolver no sentido de expandir o mundo de League of Legends para diferentes horizontes e géneros de jogo. No mesmo dia de lançamento de "Ruined King" o título "Hextech Mayhem: A League of Legends Story" que se cose entre ritmo e plataformas, também foi lançado. E o que dizer do título de chapada e pontapé, "Project L" ainda a ser desenvolvido? O futuro o dirá.

Para já "Ruined King" é um título fácil de se aconselhar, tanto para repetentes do género RPG "turn based", como para pessoas que nunca sentiram a brisa de títulos da Riot. Com cenários, personagens e mapas bem construídos permitem ao jogador horas de exploração gratificantes, já que em cada recanto é possível encontrar equipamento apetecível para os encontros mais complicados. 
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Riot Games.

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