Ultra Age


Para os fãs de hack and slash, Ultra Age tenta pegar no bom do género e replicar da melhor forma possível, quase ao estilo de Devil May Cry mas numa versão indie e com uma boa jogabilidade a acompanhar.

O primeiro contacto deu para perceber de onde vinha a inspiração da personagem, um Nero de Devil May Cry, jovem e sem medo, com uma espada às costas derrotando todos os inimigos que se colocarem à frente. Na verdade, um estilo que tanto pode desiludir uns e convencer outros. Graficamente está bom, não é extraordinário e nota-se que é um jogo indie, não se pode exigir o mesmo orçamento de uma equipa que trabalhe num triple A.

Os cenários parecem um pouco despidos e os inimigos também acabam por ser repetitivos, mas a verdade é que o gameplay ajuda, além disso os bosses trazem um desafio ao jogador, as mecânicas acabam por estar afinadas e como tal, o jogo acaba por ser mais positivo que o que inicialmente possa dar a entender. Os efeitos, conforme o jogador se esquiva ou atinge com as suas espadas os inimigos, são bastante bons e vão deixar surpresas inesperadas, isto tendo em conta uma vez mais que estamos a falar de um indie e é preciso valorizar estes pequenos detalhes.

 
Como os jogos do género, Ultra Age permite ao jogador realizar ataques diversos conforme seleciona as armas, se com a Katana é rápido e responsivo, a Claymore é mais pesada mas também provoca mais danos, já a espada coberta de eletricidade será eficaz contra certos inimigos, o que é preciso ter em conta pois fará toda a diferença o uso de cada espada, além de que cada uma delas tem o seu ataque especial e cada um destes ataques terá um impacto distinto nos inimigos.

É preciso explicar que as espadas têm uma espécie de limite, uma energia que é consumida por cada uma delas, se uma das armas chegar a 0, vão ter de efetuar a troca por outro, daí incentivar a jogar e a jogar bem, trocando conforme o inimigo, saber gerir os cristais das espadas, embora nunca me tivesse acontecido, é necessário estar atento. E como seria de esperar, existe uma forma de realizar upgrades com cristais, tanto nas armas como em habilidades, que ajudam a restabelecer a saúde, usar um soco potente e aumentar seja qual for a capacidade.


Nem se falou no protagonista, mas ele é jovem, curioso, habilidoso e anda acompanhado por um amigo robot que estará sempre presente na sua jornada. Em termos de narrativa não vão encontrar nada do outro mundo e não vale a pena mencionar, isto porque o objetivo principal é revelado antes de sequer tomarem controlo de Age, além de que os diálogos são horríveis e até cómicos.

A performance na Nintendo Switch é bastante boa, não há quebras de frame rate tanto na TV como no modo portátil, o que certamente irá agradar a quem adquirir esta versão, que foi a que nos foi concedida para análise. De referir que a banda sonora não é nada de especial e a longevidade curta, no entanto com a boa qualidade deste e dependendo das vendas, pode ser que uma sequela seja desenvolvida com um orçamento maior.


O jogo não tem muito mais a apresentar, é simples, engraçado, funciona e é uma alternativa para aqueles que querem jogar um novo hack and slash, não podem esperar por algo incrível, mas podem esperar por algo com o qual dá para passar o tempo e até aproveitar e apreciar a qualidade que um jogo indie pode ter e o potencial que demonstra para uma sequela, seria interessante ver algo mais no futuro com um investimento maior, pois Ultra Age é um bom jogo.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Dangen Entertainment


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