The Wild at Heart


Artigo por Bruno Ferreira.

Por vezes existem jogos que como vindos do nada nos surpreendem bastante. Foi o que aconteceu com o The Wild at Heart, não necessitamos de grande conhecimento ou entendimento do mesmo porque assim que começamos a jogar somos de imediato transportados para uma experiência realmente especial. No decorrer de todo o jogo, o jogador depara-se com várias inspirações provenientes de jogos como Legend of Zelda: Breath of the Wild, Pikmin ou até do velhinho Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are).

The Wild at Heart segue a história de dois amigos que fogem de casa devido a infâncias atribuladas. Tudo começa com um rapaz chamado Wave, com o qual o jogador terá de se aventurar num misterioso lugar chamado Deep Woods, no desenvolver de todo este conto de fantasia sobre guardiões, magia e, o mais importante, a amizade. Conforme o jogo for avançando e a história do mesmo for sendo revelada, as Deep Woods irão aumentando e desvendando vários dos seus mistérios e façanhas, o que obrigará o jogador a usar o recurso mais importante deste jogo: os Spritelings.



Os Spritelings, estas pequenas criaturas serão como o companion dos personagens deste jogo, os quais podem ser utilizados tanto para desvendar novas áreas e resolver vários puzzles que sejam apresentados, como também irão servir para combater os diversos inimigos com os quais o jogador se vai defrontando, para além de que podem ser também utilizados para descobrir tesouros e diversos itens no decorrer do jogo.

No início o jogador poderá reunir um pequeno exército destes pequenos personagens e ao ordená-los, pode lançá-los para realizar várias funções como construir pontes, juntar engrenagens e peças mecânicas, queimar algas, e limpar caminhos venenosos. Podendo ainda escolher quantos Spritelings de cada tipo  tem ao mesmo tempo. Também é fácil alternar entre estes tipos com o clique de um botão.



Irão existir ocasiões onde o jogador sentirá uma jogabilidade repetitiva (como uma espécie de grinding) ao revisitar o mesmo local várias vezes, mas esta mesma sensação será colmatada no momento em que tenha à sua disponibilidade Spritelings suficientes ou tenha encontrado um novo tipo destes monstrinhos e um novo caminho deste jogo se abra o que enviará o jogador numa nova aventura e descoberta.

Tal e como mencionado antes o design artístico e gráfico assemelha-se a alguns títulos já bastante conhecidos, mas para além disso iremos encontrar algo único e especial neste mesmo título, sendo que poderemos ver que os diferentes ambientes são belos, e os estranhos e maravilhosos Guardiães e criaturas fazem de The Wild at Heart um jogo em que vai adorar perder-se.



Para além de todo o que já mencionamos acima existe ainda uma última mecânica que merece uma menção, sendo esta algo similar ao que acontece em Dying Light, onde ao anoitecer todo o ambiente do jogo piora. Em Wild at Heart a coisa não difere muito, pois ao anoitecer monstros assustadores começam a povoar as Deep Woods, pelo que se torna fundamental regressar ao acampamento e dormir até amanhecer novamente.

Um detalhe que cabe ressaltar sobre esta mecânica é que anoitece um pouco rápido demais causando isto ao jogador um pouco de moléstia, pois é necessário regressar ao acampamento quando o jogador poderia estar na iminência de descobrir algo novo.



Em resumo, The Wild at Heart é um belo jogo, com puzzles inteligentes e uma história envolvente Existem algumas mecânicas que podem por vezes ser frustrantes, mas em geral este é um jogo bastante cativante e divertido de se jogar.



Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Moonlight Kids.

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