Bookbound Brigade


O nome Bookbound Brigade deixa logo antever uma aventura relacionada com livros e histórias. Esta aventura foi desenvolvida pelos estúdios Digital Tales e Intragames e assenta toda ela numa premissa de experiência metroidvania e aventura side scroller. 

Desde os primórdios da criação deste género em específico, que se tem visto bastante títulos criados que assentam nos mesmos alicerces, exploração em género 2D onde a ação se desenrola em jeito de sidescroller. Com isto, Bookbound Brigade marca o seu espaço introduzindo mecânicas um pouco diferentes do comum e que são bastante bem-vindas. O resultado são horas de diversão bastante agradáveis que contam ou recontam histórias de ficção e passados nos mundos em que essas histórias habitam.

O que acontece quando o Drácula, Dorothy Gale o Rei Artur e o Robin Hood se juntam? Bom, isso é o que este título quer que o jogador descubra.

O Book of Books ou B.O.B, contem todas as histórias literárias que conhecemos e estava protegido por uma espécie de feitiço que prevenia que caísse em mãos menos boas. Até ao dia ao que o mesmo foi roubado e todas as páginas foram espalhadas por diversos universos. Cabe assim à “Bookbound Brigade”, que é como quem diz ao jogador, recuperar estas páginas e volta a repor a normalidade na biblioteca Mágica onde todos os livros de histórias se encontram guardados.


A trama tem um ponto principal onde todas as personagens e pedaços de histórias serão armazenados, a Bibleoteca. Assim, é possível deslocar-se e entrar em diversos universos de histórias pela mão de um portal designado para cada localização. Muitas destas localizações estão inacessíveis ou este não fosse um título metroidvania, de maneira que é necessário realizar-se pequenas missões. Como por exemplo encontrar a lança do Dom Quixote, ou encontrar as facas de cozinha do Rei Romano Júlio César. 

É de facto bastante possível o jogador encontrar-se um pouco perdido ao inicio, uma vez que existem realmente muitos locais para explorar.

O confronto contra "Bosses" também é um ponto interessante na medida que cada um consegue introduzir mecânicas de jogo diferente que fará de tudo para dificultar a passagem do jogador.

Além do charme envolto pelo seu grafismo o que salta a vista é mesmo a mecânica interessante de controlar o “exército” de oito heróis. Sim sim, a experiência não será passada apenas com um simples herói, mas sim, com a formação de oito heróis. Todos se movem em formação, saltam e atacam juntos. Parece uma ideia um bocado complicada de digerir, mas de facto é um conceito bastante divertido e bem conseguido.


Como indicado anteriormente todas as personagens são personagens populares da história e da literatura clássica, muitas delas apresentadas ainda na escola.  

O jogador começa apenas com seis personagens, o Rei Artur sempre com a sua espada Excalibur na mão, o Conde Drácula, personagem criada por Bram Stoker, o Robin Hood o fora da lei mais conhecido por roubar aos ricos para dar aos pobres, Dorothy Gale do conto “O Maravilhoso Mágico de Oz”, Sun Wukong da fábula “Journey to the West” e por último a Rainha Vitória sempre com o seu charme meio “snob”. Este grupo será aumentado até oito personagens, que necessitaram de ser encontrados e salvos para que assim se juntem acrescentando mais um par de habilidades diferentes.  

Existe um benefício em controlar um grupo de heróis, onde os papéis desempenhados pelas “formações” são importantes para o desenlace da ação. No decorrer da história é possível desbloquear formações, permitindo assim que por exemplo, se empilhem verticalmente, possibilitando chegar a um local mais alto para abrir uma porta ou que se alinhem horizontalmente para passar por locais mais estreitos ou até formarem um circulo que permite deslocar todo o grupo mais rapidamente ao mesmo tempo que causa dano nos inimigos.  


Embora com um estilo gráfico bastante simples, este título transporta um charme visual bastante agradável, com diversos ambientes que de facto, consegue fazer com que o jogador seja transportado para o que vê no ecrã. Desde a ilha tropical, onde é necessário encontrar o refúgio do pirata, passando por uma mansão super chique e uma floresta densa cheia de inimigos. Isto tudo é acompanhado por pequenos detalhes que realmente dão vida ao mundo e aos seus personagens.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PC, gentilmente cedido pela Dead Good Media.

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