The Coma 2: Vicious Sisters


O jovem estúdio sul-coreano Devespresso Games apresenta-nos a sequela de um dos seus jogos mais populares. The Coma 2: Vicious Sisters traz algumas das personagens originais de volta, mas apresenta uma nova e horripilante aventura, com uma nova protagonista.

Coma 2 coloca-nos na pele de uma jovem estudante, chamada Mina Park, enquanto esta tenta escapar de uma versão distorcida do liceu que frequenta. Do dia para a noite, Sehwa High transformou-se, de um ambiente familiar e acolhedor, para um sítio perigoso e demoníaco, com Mina a despertar no meio deste último.


Totalmente sozinha e rodeada por estranhas criaturas, Mina procura encontrar um caminho para fora da escola e um caminho de volta para o "mundo real". Para tal, Mina tem uma mochila que lhe permite guardar todos os itens úteis que ela possa encontrar no decurso da sua aventura. Desde comida e bebida, até ligaduras e spray defensivo. Muitos destes itens servem para restabelecer a barra de energia de Mina (representada por um coração) ou a sua barra de stamina (representada por pulmões).

Contudo, convém salientar que o espaço na mochila não é de todo ilimitado, estando restrito a quatro quadrados no início (as armas ocupam um espaço extra independente).

Para além disto, Mina pode ainda aceder a um mapa, assim que o encontrar, para se orientar. De igual modo, a nossa heroína terá à sua disposição, mais para a frente, um telemóvel (um resistente Nokia 3310), com o qual puderá entrar em contacto com outras personagens, que como ela se encontram presas neste pesadelo. Mina pode ainda encontrar peças, que pode usar para construir armas para se defender, e pedaços de papel, pertencentes a um diário que revela os pormenores por detrás desta história.


Felizmente, e num mundo envolto em trevas, Mina conta com um isqueiro para lhe dar alguma luz. Todavia, atenção! Por vezes (tal e qual como em Silent Hill 2), a luz não se limita a iluminar o caminho, mas também revela a nossa posição a criaturas pouco amistosas. Perante adversários contra os quais pouco ou nada pode fazer, resta a Mina fintá-los ( à custa da barra de stamina. que felizmente enche automáticamente uma vez a nossa personagem pare um pouco) ou, no caso de ser um inimigo muito perigoso, procurar um esconderijo seguro à la Metal Gear Solid.

Mesmo estando escondida, Mina pode ser descoberta, se falhar os pequenos Quick Time Events que irão surgir no ecrã. Exposta, não apenas a danos físicos, mas infecções mortíferas, Mina tem pela frente estranhas plantas venenosas, espíritos malignos ou professoras demoníacos, entre muitos outros. Num jogo com muito backtracking, convém o jogador prestar atenção às dicas que vão sendo dadas pelos poucos NPCs que Mina irá encontrando.

Os cenários são sombrios e o clima aterrador. A música ajuda e muito a acelerar a tensão no jogo. As cutscenes, ao estilo da banda desenhada, são o bom complemento às personagens, que são apresentadas com essa mesma perspectiva artística.


The Coma 2 é um survival horror e cumpre esse papel de forma exemplar, apresentando-nos uma história interessante, personagens cativantes e dando-nos uma sensação de segurança e facilidade inicial, que irá estrelhaçar, de forma progressiva, à medida que o jogo irá avançando.
Um título desafiante, com três finais distintos.

Nota: Análise efetuada com base em código final para PC via Steam, gentilmente cedido pela Headup Games.

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