PlayVR em Barcelona
Através do evento Nice One Barcelona conhecemos a PlayVR, uma empresa que está situada em vários países da Europa, e que talvez para breve consiga também um espaço em Portugal. Por agora, foi-nos possível jogar em Espanha, mais precisamente em Barcelona, onde abriram o novo espaço JuegaRV.
A empresa é Russa e está focada em trazer jogos de desenvolvimento próprio e também títulos famosos da indústria, com um espaço para todos aqueles que queiram organizar festas de aniversário, eventos da empresa ou simplesmente por pura diversão, alugar um espaço para jogar os mais variados jogos em realidade virtual.
Assistimos assim à inauguração do novo espaço que se situa no centro de Barcelona, em Poble Nou. Existe uma tabela de preços consoante o tempo que se deseja alugar o espaço, que são bem apelativos e confesso que vale mesmo a pena experimentar. Os jogos são variados e todos eles funcionam perfeitamente bem. Entre jornalistas, influencers e youtubers, o Meus Jogos esteve presente no evento e teve a oportunidade de experimentar alguns dos jogos disponíveis.
Para começar e porque tinha imensa curiosidade, comecei por pegar nos “sabres de luz” e jogar Beat Saber que recentemente ganhou no Game Awards o prémio de melhor jogo VR. Não é por acaso que este jogo obteve o sucesso que lhe garantiu o prémio. Foi uma experiência espetacular, enquanto movia os sabres ao som de um drum and bass ou até rock, Beat Saber é um jogo muito divertido. Embora este não seja um jogo da empresa PlayVR, no seguimento do evento, foi possível jogar um dos jogos de desenvolvimento próprio, o RevolVR. Este jogo estava em exposição no Nice One Barcelona e daí, o convite para esta inauguração.
O RevolVR foi jogado em grupos de 4, um Free for All de cowboys que na prática é muito simples mas que funciona na perfeição. Os jogadores encontram-se em trincheiras e têm como objetivo erguer-se e encontrar os adversários. É possível executar tiros críticos acertando na cabeça dos oponentes e igualmente esquivar na trincheira. Um jogo de desenvolvimento próprio que merece imenso que um lugar na indústria dos grandes jogos VR, além de que não enjoa como tantos outros jogos, o conceito simples funciona e é divertido ao máximo, era capaz de passar a noite toda a jogar.
Ainda foi possível jogar um outro jogo de desenvolvimento da equipa PlayVR. Sinceramente não me recordo do nome mas era baseado nos Vikings e foi, segundo um dos responsáveis da equipa, o seu primeiro jogo. Este inicia uma pequena jornada num barco onde tem de agarrar um arco e começar a disparar para o barco inimigo que se aproxima na lateral. Está bom e mais interessante ainda é quando os inimigos se aproximam para dar o saque ao nosso. Saltam para dentro do barco e aí largamos de imediato o arco recorrendo à espada e ao escudo. Foi aqui que senti que o jogo precisava de melhores acabamentos pois não existia nenhum impacto com a espada no escudo inimigo nem o escudo servia de muito, ficando um pouco aquém do esperado.
Entretanto, uma vez mais em equipa, jogamos o Call Of Duty russo, Pavlov VR. Este jogo estava muito bom, embora para mover a nossa personagem, tínhamos que mexer nos controlos como se fosse analógicos. Fora isso, a forma como se podia agarrar armas do chão, atirar os clipes das munições ou recarregar a arma, faz sem dúvida sentir na pele o que é ser um soldado. Adorei a experiência embora não fosse perfeita mesmo a nível de atingir os adversários, no entanto o facto de poder controlar uma arma como se fosse na vida real, já vale por si a experiência.
No fim, jogámos o famoso World of Tank, neste caso, VR. Não tinha a menor ideia de que este jogo estava disponível em VR. Controlamos como é evidente, um tanque de guerra. No ecrã inicial escolhemos qual tanque desejamos, encontramo-nos no hangar e selecionamos tudo com as nossas próprias mãos pressionando botões de um painel de controlo. Após a escolha, joga-se um pequeno tutorial que ensina o jogador a controlar o tanque. Inicialmente, toda a gente que estava a jogar teve dificuldades porque acaba por ser uma variedade imensa de botões e além disso, algumas pessoas sentiam-se um pouco enjoadas devido à mira ter de ser efetuada com a própria cabeça. Requer algumas sessões para que o jogador consiga no final, ter uma experiência positiva mas no geral, está muito fixe.
Existem também jogos para crianças, que são baseados em desenhos animados russos e, naturalmente, desconhecia por completo. Concluindo, PlayVR tem tendência a crescer pois pretende realizar o que foi alcançado no passado com os Ciber cafés e o jogo CS. A ideia é boa, principalmente para reunir um grupo de por exemplo 8 pessoas ou 4 que seja, e jogar por umas 4 horas todos estes jogos e passar um bom tempo seja em família ou com amigos.
Sempre que esta empresa tiver novidades, o Meus Jogos será informado, por isso vamos esperar que um dia o Play VR possa chegar a Portugal e que os jogadores tenham a oportunidade de passar um bom tempo com jogos como o RevolVR.