Sparklite


Quem não gosta dos velhos clássicos de aventura e ação tal como o brilhante The Legend of Zelda: A Link to the Past? Sparklite é um novo indie bastante inspirado neles e, por isso mesmo, irá agradar aos fãs deste género, com alguns elementos RPG à mistura, já disponível para todas as consolas e PC via Steam.

Esta é uma aventura da personagem Ada e o seu companheiro robot, que por sinal também é jogável por um segundo jogador depois de se derrotar o primeiro boss. A arma principal de Ada é um martelo, mas irá obter na progressão do jogo outras de longo alcance, como por exemplo um arco.

O jogo começa sem ter propriamente um tutorial, levando a aprender os botões logo numa situação um tanto crítica. A nave em que Ada viaja começa a desfazer-se aos bocados, o que obriga a tentar reparar os danos devido ao temporal, até se ter de escapar numa cápsula de emergência para fugir à morte. Assim que aterra em terreno firme, a apresentação rapidamente faz recordar o clássico da SNES. Um mundo aberto mas apresentado por zonas, de câmara fixa vista de cima. A terra vai mudando de cada vez que o jogador visitar a superfície, isto porque na verdade, a base de operações fica no céu, embora vão encontrar personagens espalhadas na terra e até com os seus próprios lares.


A nossa Ada pode esquivar-se, tem o ataque mediano e forte e, ainda possui atributos especiais que vão ser recolhidos pelo jogo fora. Embora seja um jogo de acção e aventura, conta com uma componente "rogue-lite" além da geração dos mapas onde, cada vez que o jogador perder em combate, ser-lhe-ão retirados os itens conquistados. Já o nosso robot servirá para limpar a gosma que vão encontrar pelo caminho, que dará acesso a outras áreas do jogo antes bloqueadas ou então desenterrar tesouros, portanto um papel importante.

Para além dos itens disponíveis para ajudar nas batalhas, o jogador tem também os consumíveis que vão dar jeito pois o jogo inicialmente parece uma brincadeira no parque, mas ainda tem que se lhe diga. Para ajudar, existem upgrades para a saúde e força, por isso será necessário recolher uma data de cristais que os inimigos deixam quando são derrotados. Estes cristais vão servir não só para fazer os tais upgrades como também para construir lojas, que vão ser úteis para upgrades às próprias armas e perks.


O grafismo e design estão bons e ajudam a dar um charme ao Sparklite. Este é um jogo que se adapta bastante bem a uma Nintendo Switch pois por vezes convém fazer um pouco de farm para obter os cristais e conseguir ajudar construir a base de operações, o que faz da portátil uma boa opção. Existem missões secundárias que obrigam o jogador a explorar a planície e com isso, adquirir mais cristais e abrir tesouros para obter os itens que ajudam a realizar os upgrades.

Os bosses acabam por ser a fatia do bolo mais deliciosa, empolgantes e exigem alguma habilidade em controlos e especialmente paciência. Fora isso, os inimigos comuns não oferecem grande desafio. Inicialmente o jogador pode vir a sofrer com algumas perdas em combate mas nada comparável a tantos outros jogos punidores, além que de os upgrades ajudam bastante.


A história é boa, a jogabilidade e os elementos RPG tornam este jogo deveras interessante, mesmo que não seja propriamente revolucionário. Simplesmente poderia ter sido melhor aproveitado, pois tanto a banda sonora como os próprios cenários poderiam ter maior variedade, mas nem por isso deixa de ser uma boa escolha para os fãs do género.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Evolve PR.

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