Sword of the Vagrant


Um surpreendente jogo que chegou à Nintendo Switch e ninguém deu conta, bem ao estilo de Odin Sphere e Dragon’s Crown, jogado em 2D side scroller, Sword of the Vagrant é um indie de imensa qualidade com um grafismo belíssimo e uma narrativa de qualidade, caso estejam a ler esta review, este é um jogo que não devem perder.

Jogamos com a protagonista Vivian, em busca de vingança pelo passado traumatizante e irá encontrar tanto inimigos como aliados em todo o tipo de cenários igualmente detalhados e npc’s com as suas histórias para contar, este é um jogo com fundamento, algo que para mim faz toda a diferença depois de jogar centenas de jogos em que a narrativa ou até as personagens contam as mesmas histórias dezenas de vezes, aqui tudo empolgante e vibrante, é disso mesmo que espero de um jogo.

Falando na jogabilidade, temos um action RPG com qualidade, não se trata apenas de premir os botões, há todo um tipo de comandos e ataques especiais a executar, é um gameplay recheado, embora como é evidente, inicialmente o jogador terá de evoluir para obter tais poderes, no entanto é precisamente isso que acaba por ser satisfatório, começamos com pouco e acabamos com imenso, poderes novos que vão servir para derrotar os inimigos especialmente os bosses fantásticos que este jogo apresenta.



Não só tem uma jogabilidade fenomenal como o seu grafismo, isto jogado numa OLED no modo portátil da Switch é brilhante, claro que num ecrã enorme também mantém o seu brilho mas este é um daqueles jogos que está estonteante, apesar do tema obscuro que representa, existe um brilho no grafismo sensacional, as próprias cutscenes que mesmo sendo imagens estáticas, têm uma qualidade enorme e causa de imediato uma excelente impressão no jogador.

Cada sector por assim dizer tem muito para explorar, há bónus por todos os lados, personagens e a sensação de evolução é gratificante, além de que é um jogo que pode ser jogado por todos. A própria banda sonora é genial, é no fundo um jogo épico em ambos os sentidos, é uma jornada que conta com momentos dramáticos.

Quanto aos pontos negativos, sinceramente não posso apontar muita coisa tendo em conta que é um indie e que os pontos mais importantes estão limados, a jogabilidade e a narrativa estão realmente boas e assim sendo, não há algo que se possa considerar de má qualidade, excepto o facto de que um orçamento maior provavelmente faria com que o jogo estivesse perfeito, e claro a performance, 30 fps em vez de 60 fps que seria um ponto extremamente positivo.



De sublinhar que sendo um action RPG em 2D, pode tornar-se repetitivo com longas sessões, isto porque não estamos num mundo 3D e o jogo conta com uma boa dose de horas para finalizar. No entanto, como dito anteriormente, a narrativa e o grafismo ajudam a “colar” no jogo por isso certamente irá depender da pessoa, estando na Switch e especialmente na OLED como eu testei, foi algo que me impressionou e deixou agarrado a jogar para progredir na história e obter os upgrades para a personagem e novas armas.


É um jogo viciante especialmente se dominarem bem a jogabilidade, não é um jogo verdadeiramente difícil mas minimamente desafiante, há um sentimento de aventura que tem faltado em muitos jogos que tenho jogado nos últimos anos e a diversão é garantida, podem não ser fãs de action RPGs, mas este é um que devem experimentar.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Rainy Frog

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