Swordship


Os títulos roguelike sempre tiverem um cantinho especial no conforto do meu comando. Swordship não foge à regra, equipado com um pack de gráficos simples mas bastante vibrantes e mecânicas de jogo pouco vistas. Sendo assim este título é mais um caso bastante positivo numa linha um pouco diferente de roguelikes.

Em Swordship o jogador controla uma nave que flutua sobre a água e onde o objetivo principal será capturar contentores. Toda a ação ao estilo arcade fast-paced desenrola-se entre 3 localizações diferentes com cerca de 4 níveis diferentes entre eles. Sim, não é uma aventura grande, mas a sensação de replayability está bastante vincada, já que existem upgrades para a nave, novos inimigos e até mesmo diferentes estados de tempo meteorológico para desbloquear. Todos estes exemplos têm efeitos diretos no decorrer de cada run. Um bom exemplo disso são os trovões, que tanto afetam o jogador como os inimigos, deixando assim espaço para uma adaptação a cada nova run. 


Não é uma experiência difícil, mas demora um pouco a entrar no seu ritmo frenético. Não existem armas de fogo para combater os inimigos, de maneira que toda a destreza de dedos do jogador será posta à prova. Entre tiros e explosões é necessário encontrar maneira de evitar sofrer dano, isto porque tudo o que tocar na nave causará a sua explosão, até mesmo se tocar nas paredes ou nos inimigos. Todas as máquinas que aparecerem pelo caminho terão um gosto especial de parar a rebelde nave amarela, tanto por meios de armas de fogo, lança chamas ou até mesmo lança granadas. No entanto, também não estão a salvo. Para abater os inimigos é necessário usar as suas armas, levando-os a falhar os tiros e a dispararem contra os seus. Com um simples pressionar de botão é possível submergir a nave, evitando assim o disparo inimigo, ou se se preferir, executar uma manobra zigue-zagueante. Essencialmente é encontrar a melhor opção de fuga, onde o ideal é evitar ser atingido e levar com que o disparo falhado acerte noutra máquina. Por cada inimigo abatido é atribuído uma pontuação que será acumulada até se chegar ao fim do nível. 



Como referi anteriormente, o objetivo será o de chegar ao final da run com o maior número de contentores possível. Cada contentor aparecerá aleatoriamente e o jogador será alertado pelo meio de uma linha amarela deslizante sobre a água, dando tempo ao jogador para se adaptar à situação circundante. Após a captura do contentor, é possível usá-lo como explosivo para limpar o ecrã, ou bancá-lo, o que significa esperar pela plataforma especifica para este efeito e sobrevoa-la por uns breves momentos. O objetivo parece simples à primeira vista, mas esperem para ver o ecrã cheio de inimigos enquanto tentam sobrevoar a plataforma por uns "breves" instantes.


Adoro como tudo se mistura super bem em Swordship, desde os gráficos low-poly, à sensação de velocidade incutida na nave, passando pelos inimigos e os seus diferentes padrões de ataques, finalizando com a banda sonora up-beat que deixa qualquer um colado ao ecrã. O único ponto negativo será o seu loop bastante pequeno. Ainda que a dificuldade vá aumentando, três cidades com apenas algumas diferenças entre elas sabe de facto a pouco. Isso e o facto de não ser possível dinamizar a nave em aspetos gráficos. Quem sabe em futuros updates?

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Thunderful Games.

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