Aragami 2


Quando foi lançado, o primeiro Aragami foi uma bela surpresa, estava eu a viver em Barcelona quando recebi o código para análise e mal sabia que a produção tinha origem precisamente nessa cidade. Agora chegou a vez de jogar o segundo capítulo, que já foi lançado noutras plataformas mas chega agora á Switch e esta é a nossa análise a esta versão.

Como dito antes, o primeiro jogo foi realmente algo inesperado, uma produção indie evidente mas que estava realmente interessante, daí ter dado uma nota positiva ao jogo. O segundo capítulo foge um bocado àquilo que este primeiro título tinha, uma narrativa linear mas entusiasmante, neste novo capítulo todo esse interesse foi-se ao saber que, apesar de ter uma narrativa, é um jogo que é dividido por missões repetitivas e a própria história deixa a desejar, dando a impressão de ser um pacote extra do primeiro jogo com missões do que propriamente um novo jogo.



Não me interpretem mal, o jogo em termos de mecânicas está muito melhor, mais aprimorado, foi mais elaborado, há aspetos deveras interessantes e a jogabilidade é bem mais fluída, nesse aspeto é de facto bastante superior, no entanto o objetivo principal que é, agarrar o jogador a Aragami 2, perde-se pouco a pouco por parecer isso, um DLC de missões.

O foco é realizar todas estas missões à base de stealth, claro que por vezes, vão ter de enfrentar os inimigos mano a mano, ou se soarem o alarme por terem sido detetados, não haverá muito a fazer senão lutar, e ao lutar podem facilmente perder porque os combates não são propriamente fáceis, especialmente se tiverem apenas mais que um inimigo para enfrentar, pois é suposto tentarem de eliminar os alvos um a um sem serem detetados.



É claro que vão existir upgrades, armas especiais e engenhocas para ultrapassar momentos mais complicados, facilitando assim os ataques seja no modo stealth ou num frente a frente. Tal como dito antes, nos combates há formas de lutar, e um truque que deve ser usado e é ensinado no tutorial é o de realizar um parry para depois contra atacar, no entanto isso não parece funcionar em condições visto que realizei muitas vezes de forma correta e o efeito não surge sempre, então nunca é garantido realizar um parry e ter a possibilidade de contra atacar o que não faz sentido nenhum e para falhar e perder é num piscar de olhos.

Há novas personagens e isso é bom já que no primeiro jogo não havia um leque grande de envolvência, por outro lado era um jogo muito mais completo, com mais diversidade que neste segundo jogo falha redondamente, é necessário repetir várias missões, os contratos são banais, assassinar X de inimigos, salvar civis e colecionar documentos e resume-se a isso, infelizmente não há nada que seja propriamente relevante e fantástico e com o tempo perde-se-lhe o gosto de jogar por ser tornar tão aborrecido.


Aragami 2 apresenta um tutorial cheio de novas mecânicas e inicialmente dá a entender que estamos perante algo que terá uma jornada memorável, assim que entendemos que é quase como um DLC coberto de missões repetitivas sem relevância para uma narrativa já um tanto fraca, pode-se dizer que nem as mecâncias interessantes são o suficiente para chegar aos calcanhares do primeiro título.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Merge Games.

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