Cathedral


Pouco mais de um ano depois de ter saído para a Nintendo Switch, da qual fizemos review, acabamos por receber agora a versão PS4/PS5 deste simpático indie. Trata-se de Cathedral, um "metroidvania" que está à altura de muitos outros no mercado e por isso mesmo, é um grande jogo para os fãs do género.


Não existem diferenças relevantes desta versão para a Switch, o que faz com que seja uma versão apenas para aqueles que antes não possam ou não queiram jogar na Nintendo. Este é, por isso, um lançamento pensado principalmente em quem ainda não o tenha jogado.

Como muitos jogos do género, o conceito aqui é de exploração, o jogador veste a pele de uma personagem sem nome e acorda num castelo sem saber como ou o porquê do sucedido, assim sendo, terá como objetivo progredir até obter respostas num jogo que pode tornar-se cansativo devido ao seu género de raiz, metroidvania, apesar de certos detalhes como a repetição da música podiam estar melhor trabalhadas.


Há imensas salas em que o jogador se pode perder mesmo tendo o mapa, salas estas repletas de inimigos que nascem de forma aleatória, obstáculos e armadilhas pela qual terá de se esquivar, pensar em estratégias de como chegar a certa plataforma e muito mais, este é um jogo que revela uma total inspiração em jogos clássicos de 8 bits, embora o grafismo esteja polido como é evidente. Há realmente muito a explorar e embora possa parecer complicado inicialmente, ainda assim, devemos referir que o mapa ajuda a entender o que falta descobrir, no entanto as salas parecem muitas vezes as mesmas, são realmente muito semelhantes umas às outras.

Os inimigos são variados e o mais desafiante e divertido são os bosses, no entanto pouco depois de enfrentar o primeiro boss, o jogador obterá tanto armas novas para progredir como um companheiro de nome Soul que guiará o nosso herói de volta a casa, aos poucos torna-se mais interessante, tem é um começo um tanto lento mas pouco depois, o jogo começa a ser bem mais envolvente.

A espada é a arma principal mas claro, há mais em Cathedral, o lança flechas a partir do braço, armaduras novas e até um escudo que vão fazer parte da jornada para derrotar os 5 guardiões que têm em sua posse orbs para abrirem a porta que dá acesso ao boss final, típico de um clássico.


É preciso sublinhar que não é um jogo para todos e pode mesmo ser cansativo principalmente devido à música repetitiva e como costuma ser em jogos do género, muito backtracking de sala para sala, subindo as mesmas escadas trás para a frente, por isso Cathedral é direcionado a jogadores que gostam deste género.

No entanto, puzzles estão presentes e missões secundárias para alargar ainda mais a longevidade que já de si, é bastante boa e claro, com a conclusão de níveis e a derrota dos bosses, o jogador terá sempre um mimo para avançar e visitar salas que outrora tinham o acesso negado pois um item ou um upgrade faziam falta ao nosso protagonista. Nas aldeias o jogador poderá também interagir com os npcs, fazendo uma pausa na ação constante.

Falando nos problemas que me impediram de ter uma experiência melhor, casos em que ficava sem setas e teria de recuar no cenário para obter pois eram locais que tinha de obrigatoriamente ter de usar e, por alguma razão, não havia qualquer monstro que deixasse setas em vez de ouro para ajudar na progressão, obrigando sempre a voltar atrás cenários o que não era agradável pois para além disso ainda teria de eliminar os inimigos novamente e mais, caso ficasse sem setas, adivinhem, repetir o processo. Os saltos são fáceis de executar e funcionam perfeitamente mas, os saltos sobre plataformas que fazem o jogador pular mais alto é que parecem não ser responsivos e isso origina um maior número de mortes desnecessárias nas várias tentativas.



A minha segunda experiência com Cathedral foi relembrar que o jogo é sem dúvida especial dentro do género mas, com sempre com a atenção daquilo que vão encontrar. Afinal, nem toda a gente é fã de metroidvania e, neste caso específico é preciso realmente gostar do género.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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