Rune Factory 5


Rune Factory 5 deu o salto de plataforma para nova geração de consolas e com isso todo uma nova perspectiva de jogo. Isto porque passou de um top down para um mundo 3D. Começar um JRPG pode ser uma situação algo frustrante para quem tem pouca paciência. Iniciamos o jogo e temos logo um livro extenso de instruções sobre mecânicas de jogo, mecânicas de relacionamentos com NPC's, pontos de interesse, etc.


A história deste título começa quando o/a protagonista cai de forma desamparada de um portal nos arredores da vila de Rigbarth e sem qualquer tipo de memória do sucedido. A comunidade desta vila junta-se para receber de braços abertos esta nova personalidade misteriosa, dando uma posição na organização S.E.E.D. como o novo ranger. O trabalho de um membro da S.E.E.D. é essencialmente o de ajudar os membros da comunidade. Neste sentido as suas tarefas distribuem-se entre efetuar pequenos recados ou tarefas deixados pelos habitantes no board comunitário, proteger a vila dos inimigos/monstros que aparecem aleatoriamente transportados por uma espécie de portal e ainda a possibilidade de cuidar de uma farm enorme e cultivar vários tipos de plantações. Dito isto, existe sempre algo para fazer em Rune Factory 5, mas mesmo assim esta aventura rapidamente se transforma num mistério preparado para ser desvendado pelos jogadores, que envolve criaturas poderosas, pessoas que aparecem misteriosamente com amnésia e cutscenes bem ao jeito de um anime.

Toda a história desenrola-se em diferentes ambientes, como zonas de gelo, passando por um vulcão e até mesmo diferentes tipos de inimigos o que torna tudo muito mais fresco e visualmente cativante, uma vez que a cada nova passagem no mesmo conjunto de dungeons existe um pequeno update para evitar assim a repetição de situações.



Como na maioria dos Farm Simulators existe a possiblidade de fazer amizades, passando por toda uma linha de conversas extensa bem como a oferta de presentes e o que poderá culminar no casamento e até ter filhos. Existe uma panóplia grande de personagens, todos com diferentes traços de personalidades e art style (as opções Furry estão presentes e muito bem representadas). É super interessante o modo como cada personagem é apresentada ao jogador, por meio de custscenes animadas e com o toque de anime. Embora pequenas estas cutscenes são de facto um toque super especial. Rune Factory 5 nunca deixa o jogador completamente perdido neste sentido. Com isto, a cada novo desbloqueio de conversa com uma personagem, aparecerá no mapa o ícone para o próximo passo a ser efetuado.

O combate é simples mas com alguns problemas associados à performance na Nintendo Switch. O protagonista tem ao seu dispor um vasto arsenal, desde espadas de uma mão, a espadas ou martelos mais pesados e com isso a necessidade de utilizar ambas as mãos. Mecânicas como bloquear os ataques inimigos, a habilidade de desvio e a habilidade de efetuar feitiços ajudam a manter o combate variado, embora neste último caso seja necessário ter um nível alto porque os tempos de cooldown tendem a ser relativamente altos.



Infelizmente Rune Factory 5 apresenta alguns problemas associados à sua performance na Nintendo Switch. A consola pode estar longe de ser a mais poderosa no mercado, mas mesmo assim já nos presenteou com títulos bastante agradáveis ao olho e sem estes problemas associados. Este jogo é incapaz de manter uma performance estável tanto docked como em handheld. O mundo parece vazio e os seus elementos aparecem e desaparecem de maneira aleatória. Alguns inimigos aparecerem exactamente à frente do jogador sem qualquer aviso prévio. Este problema é acentuado quando se sai de uma área fechada, como uma casa, para o mundo aberto. No aspeto mais prático, no momento de combate contra inimigos podem existir alguns períodos de input lag a ajudar à festa.


No geral Rune Factory 5 é competente dentro do género de JRPG e farming simulator e os fãs deste tipo de género podem retirar várias horas de diversão. Desde as interações entre personagens, passando pela experiência de cultivar novas plantações e o combate. Infelizmente para mim, foi uma experiência algo enfadonha e problemática associada essencialmente pela sua performance. Os fãs de Rune Factory que me desculpem, mas infelizmente ainda não houve outro título do género que conseguisse superar a diversão que retirei de Stardew Valley.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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