Weird West


Não é a primeira vez que se mistura o esquisito com o velho oeste, em Weird West, tal como o nome indica, há uma combinação do sano e insano, num jogo de ação/RPG mais imprevisível do que se poderia sequer imaginar.

Em Weird West, a imaginação é o “limite”. Não se trata da mesma liberdade com as ferramentas que existe em Breath of the Wild ou um mundo tão extenso, mas há realmente muita coisa possível de se fazer desde que o jogador seja realmente criativo. À disposição, terá muitos objetos para usar e derrotar os adversários, e um mapa recheado de pontos de interesse, como cidades, locais com tesouros enterrados de mapas que encontrámos, caçar prémios e muito mais. É realmente imenso conteúdo e bom o suficiente para agarrar o jogador ao comando sem dar por ela das horas.

Há várias personagens disponíveis na campanha, cada uma com a sua história e características mas será necessário começar com a nossa Cowboy (neste caso Cowgirl), partimos para a aventura, aprendendo os básicos do jogo, pode parecer confuso inicialmente mas pouco a pouco o jogador descobrirá por si mesmo como navegar nos menus e entender a carrada de tutoriais existentes para tudo e mais alguma coisa, no caso de se esquecer de algo, tudo estará disponível no menu de pausa para uma nova verificação de algo que possa ter escapado.


É numa visão isométrica que se passa o jogo, embora por vezes tivesse a sensação que a câmara está muito afastada, praticamente tudo acaba por ser percetível, por vezes pode falhar algo à nossa vista, por causa disso mesmo, estar um pouco afastado e a quantidade de itens ou objetos espalhados no interior dos estabelecimentos, casas e minas por onde explorar o jogador, porque isto faz mesmo lembrar Fallout 2, pode-se dizer que quase tudo é possível pegar e claro, roubar, caso estejamos numa propriedade privada, ao pegar no item, contará como roubo, tal como sucede nos clássicos Fallout e precisamente a reputação desce, então podemos dizer que estamos perante um Fallout do Oeste na nova geração.

Se é possível pegar em quase tudo, também é possível disparar em quase tudo, sendo que estamos no velho oeste, as lâmpadas a óleo são comuns e são um alvo fácil para deixar lugares a arder, seja em interiores ou em descampados com relva, o lume irá alastrar e caso um bidão de óleo ou TNT esteja por perto, já podem imaginar o desastre, o jogador é incentivado a fazê-lo, isto porque poupa balas e ajuda a derrotar vários inimigos que podem sempre ser um problema.

A jogabilidade é fantástica, há realmente uma enorme liberdade e todos os detalhes contam, desde a chuva que irá deixar o jogador molhado e não poderá por exemplo criar fogueiras, como ser envenenado, pois a natureza em volta também será um dos inimigos a ter em conta e atrapalhará o jogador o quanto pode. As fogueiras vão servir para cozinhar ovos, carne e outros alimentos para restaurar a saúde, mas como dito anteriormente, é necessário ter em atenção o ambiente no qual se encontram.


Existem os kits de campismo para o jogador repousar e descansar na zona que desejar, isto restaura a sua saúde, porque vão caminhar horas (em jogo) para chegar a um destino, caso tenham um cavalo que pode ser comprado num estaleiro, a velocidade de ir de uma ponta a outra é enorme e fará diferença, tanto que a probabilidade de ser atacado por coiotes ou outros inimigos é quase nula, se forem caminhando do ponto A ao ponto Z podem ter a sorte de encontrar esses inimigos ou então mercadores que têm como intenção fazer negócio convosco.

Cada jogador tem as suas habilidades e como tal, não podiam faltar os upgrades, há realmente muito a preencher aqui, sejam estas 4 habilidades únicas como os perks que já são iguais para todas as personagens, neste último, o aumento da saúde, caminhar com mais velocidade quando de cócoras, os saltos serem maiores e melhores negócios nas casas de vendas e compras de itens.


Aqui nem toda a gente vai ser hostil, o jogador poderá criar amizades ao realizar missões secundárias em que nas situações mais complicadas, surjam do nada para ajudar o jogador a eliminar uns quantos bandidos, ou então, contratar alguém para nos acompanhar durante a jornada até que percam a vida, coisa que facilmente pode acontecer, embora a IA seja bastante competente.

O pior que posso apontar é de facto as missões de capturar ou eliminar um alvo, acabarem por ser repetitivas, sempre nos mesmos sítios e com os mesmos rostos nos posters, é uma pena e vai acabar por chatear o jogador, então fazer algumas para ganhar reputação e ganhar mais uns trocos é bom, depois continuar a progredir será de facto o mais sensato a fazer ou o jogador poderá acabar por ficar aborrecido.



Detalhes como os cactos poderem ser cortados para beber água e restaurar a saúde, atirar objetos, enterrar e desenterrar cadáveres de inimigos ou animais e muito mais, são pequenos detalhes verdadeiramente interessantes que não tinha assistido num jogo do género antes. Weird West é um dos jogos mais únicos deste ano e que deve ser experienciado por aqueles que têm interesse em algo novo ou diferente. Ainda por cima, quem tiver o Xbox GamePass, poderá experimentá-lo agora mesmo!

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Cosmocover.

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