Barcelona Games World 2018


Tenho de começar por dizer que foi um fim de semana em cheio, longo e cansativo, mas super recompensador. Quem nos segue na nossa conta do Instagram teve a oportunidade de assistir à loucura que este evento foi, principlamente no que diz respeito ao Retro Gaming. Após estes dois dias trago informações acerca do que esteve presente neste evento, que ao contrário do Madrid Games Week 2018, teve apenas uma quantidade razoável de novidades.


O Barcelona Games World (BGW) estava dividido em 2 pavilhões. Um deles continha um stand da Nintendo com apenas o tão aguardado Super Smash Bros. Ultimate, o qual tive oportunidade de jogar duas partidas e tenho a dizer que fiquei maravilhado, mas para falar disso haverá uma análise por parte do nosso Telmo Couto para breve.

Neste mesmo pavilhão, o Pavilhão 1, estavam instalados vários comes e bebes, sempre repletos de gente, mesas que não terminavam e filas longas (ainda bem que levei a minha lancheira). Além disto existia uma secção com um jogo de corridas que não consegui identificar, ao qual as pessoas aderiram imenso. Um pouco mais a frente havia um multiplayer VR, um shooter que contava com 4 jogadores num espaço obviamente largo para se poderem movimentar e a ideia era eliminar monstros que atacavam esta equipa, de acrescentar que o VR tem estado em força em todos estes eventos (pelo menos aqui por Espanha). Neste mesmo pavilhão havia um Escape Room de Resident Evil, parecia enorme pelas dimensões, isto porque eu não entrei devido a estar constantemente uma fila que levava horas até poder participar, o que me fez desistir da ideia de participar. O problema destes eventos ao fim de semana é sempre a quantidade de gente que levam.

O segundo pavilhão já era bem maior e muito completo. Posso começar por referir a ausência de um stand da Xbox One, o qual gostaria imenso que estivesse presente para experimentar o próximo jogo da franquia Metro, que estava presente no Madrid Games Week mas lá não tive oportunidade de o experimentar. Quanto ao resto, sim, a PlayStation estava novamente em grande destaque. Algumas das demos disponíveis eram as mesmas que joguei em Madrid e muitos dos nossos leitores puderam testar na Lisboa Games Week. No entanto e, daquilo que sei, aqui quantidade de consolas era uma vez mais incomparável e, mesmo assim, as filas levavam horas para se poder experimentar 15 minutos de cada demo. Aqui se vê uma grande vantagem (para o público) do maior evento de Portugal.


Voltei a experimentar a demo do Resident Evil 2 Remake, levei duas horas da minha vida na fila até que pudesse jogar, mas aqueles efémeros 15 minutos deliciaram-me tanto que acabei por sair com um enorme sorriso esboçado na face. O jogo está realmente belo, ou diria brutal. Como esperei tanto tempo para jogar RE 2 Remake, não me atrevi a jogar novamente o Kingdom Hearts III, pois já o tinha experimentado. O Hitman 2 também estava disponível, mas é um jogo cuja análise eu próprio escrevi e podem ler aqui (link). Outro jogo em grande destaque era o Marvel's Spider-Man.

Num ponto negativo, por incrível que possa parecer, a fila para Days Gone roubou-me 30 minutos de vida e sentí-me de facto roubado, isto porque foi o jogo que mais me desiludiu ao jogar. É claro que estamos em Dezembro e o jogo tem data de lançamento para Abril mas verdade seja dita, a versão final tem de sofrer muitas alterações e melhorias, até mesmo nas animações. O Playstation Talents estava presente, com vários jogos de estúdios indie espanhóis para serem testados. Infelizmente, não consegui encontrar lá o Out of Line, vencedor deste ano na edição portuguesa.

E para terminar a parte que diz respeito à PlayStation, desta vez era possível jogar Tekken 3, Rayman e Super Puzzle Fighter Turbo II na PlayStation Classic, que já se encontra disponível nas lojas.


Passando para outros stands, a Bandai Namco trouxe tudo aquilo que tinha trazido a Madrid, o jogo da série Boku no Hero Academia, One Piece: World Seeker, Ace Combat 7, Soul Calibur VI e um jogo muito aguardado pelos fãs da animação japonesa, Jump Force. Este último contava com uma fila gigante para jogar, ao contrário do que sucedeu em Madrid.

Havia um pequeno stand com o Just Cause 4, no entanto não tive a oportunidade de jogar pois sempre que por lá passava a entrada estava encerrada. Um outro stand de indies da Catalunha situavam-se ali perto, com imensos jogos, todos eles para experimentar, como outros estúdios de outros países que marcaram presença no evento.

As tradicionais tendas de venda de comidas com sabores asiáticos e as secções de acessórios anime estavam a preencher uma parte do pavilhão. Figuras e roupas para todos os fãs das animações japonesas em grande escala, tal como vários cosplayers. Mais ao fundo do pavilhão 2 estava a secção dos jogadores PC e as competições de LOL e até jogos mobile. Ali perto era possível encontrar a loja GAME, montada exatamente da mesma forma que estava em Madrid, por momentos tive um sentimento de Deja Vu.

Neste mesmo pavilhão existia o Horror Box, diferente do Escape Room de Resident Evil 2 Remake mas dentro do mesmo género, em que participei e estive igualmente cerca de 2 horas na fila para participar em 3 minutos se tanto. Este Horror Box foi engraçado, embora muito curto e escuro igualmente. Assim que entrei tive de escapar a alguns "zombies" que me agarravam e empurravam, entre insufláveis e alguns zombies manipulados via remoto. O que apreciei mais no Horror Box foi sem dúvida o terem usado a música original do jogo quando estamos em Racoon City, como eu joguei umas 30 vezes o jogo e passo a passo continuo a jogar e a ouvir a sua banda sonora, é evidente que a música me saltou ao ouvido. Fora isso, podia estar melhor pelo tempo de espera que sofri.


A melhor parte deixei para o fim, sem dúvida alguma um enorme espaço dedicado ao Retro Barcelona, aqui as delícias eram supostamente dirigidas aos mais velhos, mas dei por mim a ver todas as faixas etárias e géneros envolvidos no retro gaming, deixando-me honestamente muito feliz. Esta parte estava recheada de consolas retro, desde as arcades às mesas de bilhar e matraquilhos como também Spectrum e o raríssimo Virtual Boy, tendo também algumas mais recentes como a PS2, N64 e Dreamcast. Tudo aquilo que possam imaginar do mundo retro estava ali para todo o público recordar, ou para os mais novos aprenderem um pouco da história e evolução dos videojogos. Esta foi na minha opinião a secção mais fascinante. Ainda por cima assistir a um ecrã enorme com o TMNT Turtles in Time para ser jogado, foi alucinante!

A minha primeira experiência na Barcelona Games World não podia ser melhor, senti-me extremamente feliz, mas também completamente exausto, mas eventos destes são assim mesmo. Para o ano há mais!

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