Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age
Viajamos para o mundo de Erdrea onde a grande árvore Yggdrasil é a fonte de toda a vida e também um dos pontos centrais da história. Um mundo assombrado por uma invasão de monstros e demónios que apenas a chegada do herói lendário pode resolver. Conhecido como Luminary, o nosso protagonista parte numa aventura grandiosa onde aos poucos vai ganhando aliados que o irão ajudar na sua missão, enquanto enfrenta vários inimigos entre outros perigos. Viajamos para todos os cantos do mundo onde vamos conhecendo imensos personagens, quase todos eles com um problema em mãos que nos cabe a nós resolver, para depois ser possível progredir no jogo. Para quem já conhece bem Dragon Quest esta fórmula é bastante familiar, até mesmo tradicional, mas que ainda funciona e pelo meio vamos conhecendo cada vez melhor os personagens principais e aqueles que lhes são chegados e também o mundo que nos rodeia.
Também bem familiar é o sistema de combate por turnos e toda uma quantidade de ataques e magias mais que conhecidas, agora com algumas novas que encaixam perfeitamente com as restantes. A grande novidade são os Pep Powers, poderes especiais ativados aleatóriamente onde podemos até efetuar combinações com diferentes personagens em resultados bem devastadores, ou que nos salvam de situações complicadas. Mesmo não sendo novidade na série os tradicionais random encounters foram trocados pela presença de monstros no cenário e há imensos monstros a vaguear pelas planícies, montanhas, cavernas, etc. Podemos ganhar vantagem em combate, atacando logo um inimigo no mapa, iniciando rapidamente a batalha que pode até mesmo durar breves segundos, obter experiência e diversos itens e depois continuar mapa fora.
Quase todas as mecânicas do jogo são um melhoramento do que a série tem vindo a oferecer ao longo das décadas, desde o sistema de crafting e de aprender novas habilidades através de skill points como podemos encontrar em Dragon Quest VIII ou IX, onde desta vez as habilidades estão distribuídas numa skill tree que vem ajudar imenso a planear o que desbloquear a seguir. Também podemos andar em cima de monstros especiais e dar uso às suas habilidades, como podemos encontrar na série spin-off Dragon Quest Monsters. O jogo celebra as 3 décadas da série com vários pormenores que marcam presença, uns mais óbvios que outros. Peças de equipamento que retratam outros personagens da série, partes da história que nos fazem recordar momentos de outros jogos e até mesmo irem buscar músicas bem reconhecidas ao baú. Por falar em banda sonora, este é o ponto mais fraco do jogo muito devido ao uso de músicas em MIDI e não a bela versão orquestrada que podemos encontrar na versão japonesa do jogo, ou também devido a momentos em que se torna repetitiva. Em compensação a nossa versão vem recheada de um voice acting excelente que retrata na perfeição os personagens, dando bom uso aos típicos sotaques que já é um registo habitual na série.
Dragon Quest XI é o culminar que a série tem vindo a criar, uma aventura épica não só feita para os fãs, mas convida muitos outros a se envolverem num RPG old school sem problemas. São várias as horas de jogo que nos esperam, tendo demorado cerca de 65 horas para completar o jogo, onde ver os créditos não é sinal que acabamos o jogo. É também um dos melhores jogos que a série vem oferecer e um dos jogos do ano, com muito conteúdo pela frente que facilmente se traduz em mais de 100 horas de jogo. Há um futuro risonho para este jogo, o seu lançamento na Nintendo Switch irá chegar a mais gente, talvez com mais surpresas na aventura!