Ark: Survival Evolved


Um jogo todo ele dedicado ao multiplayer, lançado originalmente para PC em 2015 deu o salto para a consola híbrida da Nintendo. Será que chegou com o mesmo desempenho e qualidade encontrada na versão original? Valerá a pena jogar na Nintendo Switch?

Para quem ainda não conhece do que se trata, este é um multiplayer ao estilo de Rust (este lançado apenas para PC). O jogador cria o seu avatar com muitas opções à sua escolha, a personalização é bastante impressionante. A seguir, é-nos dado a escolher onde queremos fazer a nossa aparição, o que gostei pois dependendo da zona da ilha, existem as dificuldades definidas, ou seja, zona fácil, normal ou difícil. Embora isto de fazer respawn seja completamente aleatório, mesmo que seja uma zona fácil, a quantidade de dinosauros que existem a divagar com níveis superiores aos nossos é enorme e pode ser impossível conseguir sobreviver. Numa grande parte dos respawns feitos, quando ainda estamos verdes no jogo, acabamos sempre por morrer sem sequer mover um pé, por se aparecer junto a dinossauros que atacam mal fazemos a nossa aparição, o que é frustrante.

O grafismo, como já seria de esperar, tem uma qualidade gráfica bastante inferior ao que se consegue no PC. O que não seria de esperar é o resto. Os bugs sem fim, a forma estranha de aceder aos menus, a posição dos botões e até os próprios tutoriais, tudo está muito confuso e o jogador é atirado aos leões (neste caso dinossauros) para sobreviver. O melhor que fiz foi descobrir tudo por mim mesmo, aos poucos, mas ainda assim parece que nada está conforme outros jogo do género apresentam em qualquer outra plataforma. Uma trapalhada.


Uma pena, porque o jogo em si é interessante, pois Ark exige que o jogador explore e sobreviva. Quando se inicia o jogo, é preciso criar algo para aquecer o nosso avatar, é preciso procurar comida e ter em atenção a tudo que o rodeia. As duas primeiras horas são de total exploração e entendimento das mecânicas de jogo, só alguém com muita paciência e interesse vai ficar agarrado. Não tenho dúvidas que haja pessoal com essa vontade, visto que Ark é um jogo que lá arranjou um espaço no coração de jogadores do género, mas isso está mais dirigido aos jogadores de PC e esta adaptação não os vai convencer a jogar na Nintendo Switch.

Outros aspetos interessantes são, por exemplo, o facto de o jogador poder domar dinossauros e “cavalgar” pela ilha livremente. Com eles, podemos atacar outros animais usando armas de fogo armando assim o nosso jogador até aos dentes. À semelhança de Rust, aqui também criamos as nossas cabanas com os recursos que conseguimos arranjar, através de árvores, plantas e palha para construir os nossos lares como verdadeiros indígenas.


Verdade seja dita, a versão Switch sofre imenso e não é apenas pelo grafismo. As quebras de frame rate vão sendo constantes, a resolução baixíssima e algum lag dificultam a experiência, é um daqueles jogos em que a optimização não existe mesmo. O jogo parece uma versão beta e mal. É engraçado dizer que existe Ark: Survival Evolved no modo portátil, mas de que serve um jogo partido? Até mesmo quem já for um fã de Ark irá certamente ficar desapontado.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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