Absolum
A Dotemu, sobejamente conhecida por ajudar trazer à ribalta, não só sequelas mas também novas visões de franquias “do antigamente” tais como Streets of Rage 4 ou Metal Slug Tactics, junta-se à Guard Crush Games e à Supamonks para criar algo muito “suis generis”.
Absolum é um “rogue’em up” que mistura o saudoso espírito dos velhos beat’em ups com a estrutura dos roguelites mais modernos. Fico sempre surpreso com a capacidade das pessoas de meterem tudo em caixinhas e depois inventar nomes para elas, mas a verdade é que “rogue’em up” soa bem e faz sentido.
Mais do que qualquer coisa, Absolum aparenta surgir da vontade de reinventar o género e transformar o simples ato de andar à bofetada em algo mais tático e acrescentar desafio.
A história de Absolum leva-nos a Talamh, um reino onde a magia foi proibida após um cataclismo e onde o tirano Azra reina com mão de ferro (ai malandro!). Encarnamos o papel de um dos “Filhos de Uchawi”, uma tribo de guerreiros que luta para libertar a magia e devolver equilíbrio ao mundo.
Não é um argumento que ganhe muita tração inicialmente, mas vai ganhando força à medida que a história do jogo se vai desenvolvendo e a moralidade do mundo em questão começa a não ser apenas ditada pelo “bem” e pelo “mal”.
A parte mais visual deste jogo impressiona, o combate é muito satisfatório, pois sente-se o peso das nossas ações no comando e natureza roguelite do jogo empresta todas as vantagens e desvantagens do género. Por um lado temos o desafio, o replay value, o prazer da aprendizagem e a procura daquela "run perfeita" que permite avanço na história, por outro, a repetição e aleatoriedade por norma afasta algumas pessoas deste tipo de jogos. Tudo depende do gosto pessoal... no meu caso Absolum está em quase em ponto de rebuçado!