Fairy Tail 2
Sempre tive interesse em assistir Fairy Tail, no entanto, são tantos os anime e novas temporadas a chegar que acabei por deixar completamente para trás este badalado anime. Sempre ouvi dizer que é daquele género em que a amizade acaba por salvar o herói e derrotar o vilão e que as protagonistas têm os peitos extremamente largos, pois bem que tenho de concordar com esses comentários, mas, e o jogo? Este é o segundo e não desconheço como tenha sido o primeiro, mas pelo menos já posso falar-vos de Fairy Tail 2.
Daquilo que consegui entender isto é verdadeiramente uma sequela e segue os próximos passos duma série com várias temporadas e até um filme (pelo menos) e este jogo em específico segue o arco dos 12 Spriggan. Aqueles familiarizados com a série devem certamente conhecer e até gostar do arco visto que envolve 12 inimigos implacáveis que têm de ser derrubados até chegarmos ao vilão responsável por este grupo. O herói Natsu e os seus companheiros embarcam nesta viagem para os derrotar, onde não há nada mais forte que a amizade entre eles que, se já me tinham dito isso resumidamente sobre a série, pude constatar com o jogo, pois é um grupo enorme que apoia Natsu, onde podem jogar com os vossos personagens favoritos como a Lucy, Erza e o pequeno gato fofo Happy.
O grafismo é bom, mas certamente podiam estar mais polidos e como é visto em tantos outros jogos como, por exemplo o Dragon Ball FighterZ ou até a série Naruto Ultimate Ninja Storm. No entanto, é um RPG e não propriamente um jogo de luta, isto porque temos mundos semiabertos para explorar, com batalhas consecutivas e repetitivas, o qual se torna cansativo tal como os longos diálogos entre as personagens. É algo que deve ser mantido em consideração, pois caso contrário não vão certamente gostar muito do jogo em si.
Até achei razoável embora pareça um jogo de smartphone, as mecânicas são básicas, mas tem os seus momentos quando evoluímos as personagens e ganhamos novas habilidades, tanto individuais como em equipa. Estes momentos são rapidamente sugados pela exaustão e, se não fosse a música para ajudar a manter umas horas de jogo, realmente não haveria grande interesse. Portanto, sendo fãs pode aumentar esse interesse de continuar a jogar, mas não esperem algo de revolucionário aqui.
As lutas consistem em escolher certos ataques e derrotar uma quantidade de inimigos, uns especiais e eficazes contra fraquezas, mas nenhum destes inimigos representa grande perigo e o jogo parece um passeio no parque. O verdadeiro desafio está nas batalhas contra os bosses e aí já vão ter de tomar mais atenção nas fraquezas e ter as habilidades especiais em consideração para atingir os pontos fracos e provocar o maior dano possível ao inimigo. Fora isso, Fairy Tail 2 é um jogo que qualquer jogador sem ter experimentado um RPG pode muito bem começar e evoluir sem grande esforço e, se por um lado até acho que é negativo para certas pessoas poderem ter um conhecimento do que é um RPG, uma skill tree e aumentar de nível com facilidade, por outro recomendo aos veteranos do género aumentar o nível de dificuldade, para um desafio mais a sério.
Um outro pormenor em Fairy Tail 2 é que após um certo nível, o jogador poderá correr contra os inimigos e derrubar apenas com um ataque sem nunca ter de iniciar um combate por turnos, isto faz lembrar a mecânica de Metaphor: ReFantazio, embora seja apenas uma mecânica similar, pois, de resto, são jogos distintos e não comparáveis.
No mundo semiaberto vão encontrar mercadores que vendem poções, barris para destruir e obter itens e tesouros que oferecem outros itens de relevância, algo familiar nos RPGs, tal como certos caminhos estarem bloqueados e apenas certos membros do grupo de Natsu poderão efetivamente derrubar tais barreiras. Nada de novo, mas também não é assim tão básico e tão linear, fará com que regressem a certos sítios outrora bloqueados que no futuro possam ser derrubados.
Existem as missões principais e secundárias como é habitual e bem, isto ajudará a evoluir radicalmente as personagens que vai por facilitar imenso o jogo mesmo já sendo algo relativamente simples e fácil de jogar.
Fairy Tail 2 é um jogo muito direcionado para os fãs e com isto dito, é necessário sublinhar sempre o fator da repetição constante da jogabilidade, embora sejam desbloqueadas novas habilidades, parece que nada evoluiu verdadeiramente no jogo e o jogador pode cair no aborrecimento.
Nota: Análise efectuada com base em código final do jogo para a Swicth, gentilmente cedido pela Ecoplay.